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quarta-feira, 29 de julho de 2020

Grandes Cientistas I - Galileu Galilei

1. - Introdução


Galileu Galilei nasceu em Pisa, 15 de fevereiro de 1564, e faleceu em Florença em 8 de janeiro de 1642. Ele foi um físico, matemático, astrônomo e filósofo florentino.

quadro de galileu com a toga de professor
Galileu Galilei
Galileu Galilei foi personalidade fundamental na revolução científica. Foi o mais velho dos sete filhos do alaudista Vincenzo Galilei e de Giulia Ammannati. Viveu grande parte de sua vida entre Pisa e Florença, originalmente na época de seu nascimento ambas parte do Ducado de Florença e, mais tarde, na época de sua morte, integrantes do Grão-Ducado da Toscana.

Galileu foi excelente aluno na escola dominical de Vallombrosa e teve intenção de ingressar no monastério. Seu pai não permitiu e inscreveu-o na Universidade de Pisa para estudar medicina. No entanto desistiu de estudar medicina dois anos depois e decidiu estudar matemática com Ostilio Ricci, discípulo do famoso Niccolò Tartaglia. Seu pai tampouco desejava que o filho estudasse matemática clássica e assim Galileu abandonou a universidade em 1585, sem obter o título e foi para Florença, onde deu aulas particulares para sobreviver e continuou os seus estudos de matemática, mecânica e hidrostática.

Em 1588, com o apoio de Guidobaldo del Monte, matemático e admirador da sua obra, Galileu foi nomeado para a cátedra de matemática na Universidade de Pisa.

Galileu Galilei desenvolveu os primeiros estudos sistemáticos do movimento uniformemente acelerado e do movimento do pêndulo. Descobriu a lei dos corpos e enunciou o princípio da inércia e o conceito de referencial inercial, ideias precursoras da mecânica newtoniana. 

Galileu melhorou significativamente o telescópio refrator e com ele descobriu as manchas solares, as montanhas da Lua, as fases de Vénus, quatro dos satélites de Júpiter, os anéis de Saturno, as estrelas da Via Láctea. Estas descobertas contribuíram decisivamente na defesa do heliocentrismo. Contudo a principal contribuição de Galileu foi para o método científico, pois a ciência assentava numa metodologia aristotélica.


Galileu é considerado o pai da ciência moderna.


2. - Metodologia aristotélica x Metodologia científica


O método indutivo aristotélico refutado mais tarde por Francis Bacon é, como vimos, a indução por enumeração, a generalização a partir de poucos exemplos, que são escolhidos para comprovar a conclusão.

O Método Científico

A grande diferença introduzida pelo trabalho de Galileu Galilei foi a importância dada a Observação de um fenômeno, a elaboração de uma hipótese testável, a comprovação na prática dos resultados previstos pela Teoria.  


diagrama explicativo do método cientifico usando a comprovação experimental para validar a afirmaçao teórica



3. - Algumas das experiências de Galileu Galilei


a) Experimento de corpos caindo em queda livre (Torre de Pizza)



A suposta experiência feita por Galileo Galilei visava demonstrar que a velocidade de queda de um corpo independe de seu peso, Corpos de peso diferentes chegariam ao solo ao mesmo tempo. Isso verdadeiramente poderia acontecer se a experiência fosse realizada no vácuo.



(vídeo produzido pela BBC 2, por Brian Cox, comentado em português por Leão Carvalho)



b) Experiência do plano inclinado (Inércia) 


Galileu verificou e enunciou a seguinte observação, "Na ausencia de uma força externa todo corpo tende a continuar seu movimento retilíneo e uniforme ou se ele estiver em repouso, continuará em repouso".

Experiência do plano inclinado - Editora Galera




c) Movimento do pêndulo


Galileu descobriu através de experiências que o período de um pêndulo (o tempo que ele faz uma oscilação completa) não depende da massa do corpo ou da amplitude inicial do movimento. Ele depende basicamente do comprimento do pêndulo.

Experiência do Pêndulo Univesp / USP



d) Astronomia



Através de suas observações no telescópio que ele aperfeiçoou ele constatou manchas solares, as montanhas da Lua, as fases de Vénus, quatro dos satélites de Júpiter, os anéis de Saturno, as estrelas da Via Láctea. Com isso ele concluiu que a Terra não poderia ser o centro do Universo e todas as estrelas orbitarem em torno dela e passou a defender o sistema de Copérnico onde a terra e os demais planetas girava em torno do Sol.


quadro mostrando Júpiter e suas luas Io, europa, Ganimedes e Calixto
As luas de júpiter, Io, Europa, Ganímedes e Calisto


4. - A teoria heliocêntrica e a condenação e absolvição pela Igreja Católica


Após ter divulgado suas descobertas no campo da astronomia, em 1611, foi convocado a Roma para apresentar as suas descobertas ao Colégio Romano dos jesuítas, onde se encontrava o futuro Papa Urbano VIII, de quem ficou amigo, e o cardeal Roberto Bellarmino, que reconhece as suas descobertas. No mesmo ano acede à Accademia dei Lincei.



Galileu não sabia porém que em 19 de abril o cardeal Roberto Bellarmino havia encarregado os matemáticos vaticanos de aprontar-lhe uma relação sobre novas descobertas feitas por "um valente matemático por meio de um instrumento chamado canhão ou melhor óculos" e que a Congregação do Santo Ofício, no dia 16 de maio, havia decidido questionar sobre as relações existentes entre Galileu e o filósofo Cesare Cremonini, acusado de outras heresias.



Em 1616, a Inquisição (Tribunal do Santo Ofício) pronunciou-se sobre a Teoria Heliocêntrica declarando que a afirmação de que o Sol é o centro imóvel do Universo era herética e que a de que a Terra se move ao redor deste estava "teologicamente" errada, contudo nada fora pronunciado a nível científico. O livro de Copérnico sobre o tema, foi incluído no "Índice dos livros proibidos". Foi proibido falar do heliocentrismo como realidade física, mas era permitido referir-se a este como hipótese matemática (de acordo com esta ideia o livro de Copérnico foi retirado do Index passados quatro anos, com poucas alterações).



quadro do Sol mostrando o sitema heliocêntrico
Sistema Heliocentrico, foto de  SumanBhaumik em shutterstock.com


Apesar de que nenhum dos livros de Galileu foi nesta altura incluído no Index, ele foi no entanto convocado a Roma para expor os seus novos argumentos. Teve assim a oportunidade de defender as suas ideias perante o Tribunal do Santo Ofício dirigido por Roberto Bellarmino, que decidiu não haver provas suficientes para concluir que a Terra se movia e que por isso admoestou Galileu a abandonar a defesa da teoria heliocêntrica excepto como ferramenta matemática conveniente para descrever o movimento dos corpos celestes. 


Tendo Galileu persistido em ir mais longe nas suas ideias, foi então proibido de divulgá-las ou ensiná-las.


quadro mostrando Galileu perante o santo ofício de Roma se defendendo das acusações de heresia
Galileu perante o santo ofício
Apesar das admoestações, encorajado pela entrada em funções em 1623 do novo Papa Urbano VIII, seu amigo e um espírito mais progressivo e mais interessado nas ciências do que o seu predecessor,  publicou nesse mesmo ano Il Saggiatore (O Analisador), dedicado ao novo papa, para combater a física aristotélica e estabelecer a matemática como fundamento das ciências exactas. 

O papa Urbano VIII,  recebeu Galileu no Vaticano em seis audiências em que lhe ofereceu honrarias, dinheiro (pensões de promoção académica e apoio científico) e recomendações. No entanto, o Papa não aceitou o pedido de Galileu de revogar o decreto de 1616 contra o heliocentrismo. Ao contrário, encorajou Galileu a continuar os seus estudos sobre o mesmo, mas sempre como uma hipótese matemática útil porque simplificava os cálculos das órbitas dos astros e significavam um avanço científico que ainda não estaria suficientemente maturo para a época.

capa do livro de Galileu, Diálogo sobre os dois principais sistemas do mundo
Livro "Diálogo sobre os dois principais sistemas do mundo"


O papa tinha sugerido a Galileu escrever um livro em que os dois pontos de vista, o helio- e o geocentrismo, fossem defendidos em igualdade de condições e em que as suas opiniões pessoais também fossem defendidas, e aceitou dar-lhe o Imprimatur caso este fosse o caso. 

Estariam assim abertas as possibilidades de levar o heliocentrismo adiante eliminando as rivalidades académicas e disputas universitárias, ao mesmo tempo que seriam possivelmente preparadas abordagens teológicas mais claras. Em 1630, com a obra terminada, Galileu viajou a Roma para apresentá-la pessoalmente ao papa. Este fez apenas uma leitura brevíssima e entrega-a aos censores do Vaticano para avaliar se estava de acordo com o decreto de 1616. 

Galileu era cristão, mas tinha um temperamento conflituoso e viveu numa época atribulada na qual a Igreja Católica endurecia a sua vigilância sobre a doutrina para fazer frente às derrotas que sofria pela Reforma Protestante. 

quadro mostrando o julgamento de Galileu
O julgamento de Galileu 


O papa sentiu que a aceitação do modelo heliocêntrico como ferramenta matemática tinha sido ultrapassada e convocou Galileu a Roma para ser julgado, apesar de este se encontrar bastante doente. Após um julgamento longo e atribulado foi condenado a abjurar publicamente as suas ideias e à prisão por tempo indefinido. 

Reza a lenda que, ao sair do tribunal após sua condenação, disse uma frase célebre: "Eppur si muove!", ou seja, "contudo, ela se move", referindo-se à Terra. 

Galileu consegue comutar a pena de prisão a confinamento, primeiro no palácio do embaixador do Grão-duque da Toscana em Roma, depois na casa do arcebispo Piccolomini em Siena e mais tarde na sua própria casa de campo em Arcetri.


A revisão da Igreja Católica


No decorrer dos séculos, a Igreja Católica reviu as suas posições no confronto com Galileu. Em 1846, são removidas todas as obras que apoiam o sistema coperniciano da versão revista do Index Librorum Prohibitorum. Em mais de três séculos passados da sua condenação, é iniciada a revisão do seu processo que decide pela sua absolvição em 1983

No ano 2000, o Papa João Paulo II emitiu finalmente um pedido formal de desculpas por todos os erros cometidos pela Igreja Católica nos últimos 2.000 anos, incluindo o julgamento de Galileu Galilei pela Inquisição.


5. Outras publicações


Temos idéia de publicar sobre alguns dos maiores cientistas de todos os tempos como exemplo:

a) Galileu Galilei
b) Isaac Newton
c) Michael Faraday
d) James Clark Maxwell
i)  Einstein

6. - Referência

Galileu Galilei - wikipedia

BBC 2 / 

sábado, 25 de julho de 2020

O Sacrifício de Isaac - Rembrandt

I. - O Sacrifício de Isaac


Sacrifício de Isaac é o nome de uma conhecida pintura de Rembrandt, que se encontra no Museu do Museu Hermitage de São Petersburgo. Notabilíssimo, pela doçura e transparência das meias tintas espalhadas no rosto do anjo, pela modelação das figuras e efeitos prodigiosos de luz. 

A tela representa Abraão prestes a cumprir uma ordem de Deus que, para provar sua obediência, exigiu que ele sacrificasse seu único filho, Isaac. Este episódio está descrito na Bíblia em Gênesis, 22. 

quadro completo do Sacrifício de Isaac mostrado no museu Hermitage
O Sacrifício de Isaac, Rembrandt, 1665, Museu Hermitage, São Petersburgo

II. - Detalhes da Pintura


A mão do Pai

O pai coloca sua mão sobre o rosto de seu filho que está nú e amendrontado para cobrir os seus olhos. A luz ilumina o corpo de Isaac que está indefeso e com suas mão atadas atrás do corpo.

É notável também, a oposição entre a brutalidade das mãos de Abraão, ao segurar o pescoço do rapaz completamente indefeso, com o leve toque que ao anjo é necessário para frear o movimento assassino.


Parte do quadro com foco na mão da Abraão sobre todo o rosto do Filho



A mão do Anjo

A mão direita do anjo segura gentilmente o pulso de um aturdido Abraão. A faca de estilo oriental está ainda voltada para a garganta de Isaac, mas ela cai ao chão. A Biblia menciona apenas que o anjo falou a Abraão, não que ele segura físicamente a mão de Abraão. Caravaggio já havia pintado a intervenção do anjo dessa maneira em 1603.

trecho do quadro mostrando a mão do anjo segurando a mão de Abraão e fazendo que ele solte a adaga e não conretize o movimento


Além disso, o anjo não puxa o braço de Abraão, mas apenas o segura que, devido ao ímpeto do movimento, solta o punhal. O anjo não poderia estar puxando o braço do patriarca dado o panejamento de suas vestes que ainda retrata o movimento de chegada. 

As fisionomias

Ressalta-se também o olhar atônito do patriarca, acompanhado de sua testa enrugada, como que se questionando o que poderia estar errado, se ele está cumprindo os desígnios de seu Deus. Essa expressão é oposta ao olhar seguro e tranquilo, assim como à suavidade da tez do anjo. Todos os gestos do quadro estão perfeitamente estudados e combinados. 


trecho do quadro mostrando as fisionomias do anjo e de Abraão



III. - Barroco 


Barroco é o nome dado ao estilo artístico que floresceu entre o final do século XVI e meados do século XVIII, inicialmente na Itália, difundindo-se em seguida pelos países católicos da Europa e da América, antes de atingir, em uma forma modificada, as áreas protestantes e alguns pontos do Oriente.

Uma das características do estilo barroco nas pinturas era o de pintar o momento exato do gesto ou ação retratada com um tom de dramaticidade. Na obra de Rembrandt, essa tendência é nítida, já que, como afirma Flavio Botton, a imagem "congela no exato momento em que o anjo se manifesta e decide-se a sorte de Isaac, assim como a de Abraão. 

Ao cabo, vemos que todo o episódio era mais uma das muitas provas de fé solicitadas por Deus nas escrituras. Salva-se Isaac do sacrifício, mas também se salva Abraão, que tem sua fé comprovada pelo Senhor. Esta passagem tem sido comparada pelos teólogos como análoga à paixão de Cristo, ou seja, em ambas se vê o sacrifício do único filho pelo pai, pelo bem maior da humanidade, segundo a teologia católica."


IV. - A cópia Rembrandt + Discípulo, Pinacoteca de Dresden


Nesta obra temos algumas peculiaridades

a) Ela tem um inscrição: "Rembrandt cambiado. Y sobrepintado. 1636"



b) É uma réplica com variantes do quadro conservado no Hermitage e concluído um ano antes, em 1635. Segundo a anotação, Rembrandt iniciou esse segunod quadro e,  posteriormente, outro o terminou. Quando verificamos com profundidade os detalhes fica mais evidente o trabalho do discpipulo.   

c) Embora aparentemente se tenha pouco de Rembrandt no segundo quadro, surpreende-se alguns aspectos como a qualidade da mão e antebraço de Abraão segurando a cabeça do filho que apresenta uma leveza maior que no primeiro quadro  

d) Está comprovado que em princípio se respeitou o traçado original e foi depois repintado por um discípulo / ajudante quando se produziram as mudanças.  




réplica do quadro de Rembrandt na pinaciteca de Dresden. É aceito que Rembrandt começou esse quadro e outro o terminou


V. - Referências

How to read a paint - Patrick de Rinck - Ed. Thames & Hudson

Wikipedia - O Sacrifício de Isaac, Rembrandt



VI - Outros quadros de Rembrandt em HistoriacomGosto

O retorno do Filho Pródigo

Ronda Noturna

"Lição de Anatomia do Doutor Tulp"  - Exibido no Mauritshuis, Haia
https://historiacomgosto.blogspot.com/2016/04/licao-de-anatomia-do-dr-nicolaes-tulp.html


sexta-feira, 24 de julho de 2020

A História da Inglaterra - parte III (Guerra das rosas e era Tudor)

I. - Introdução



Eduardo III foi o primeiro rei inglês a reivindicar o trono da França. Sua busca pela reivindicação resultou na Guerra dos Cem Anos (1337-1453), que colocou cinco reis da Inglaterra da Casa de Plantagenet contra cinco reis da França da Casa Capetiana de Valois.

Durante a Guerra dos Cem Anos, uma identidade inglesa começou a se desenvolver no lugar da divisão anterior entre os senhores normandos e seus súditos anglo-saxões 

Os anglo-normandos se separaram de seus primos que possuíam terras principalmente na França e zombavam do primeiro por seu francês falado arcaico e bastardo. O inglês também se tornou o idioma dos tribunais durante esse período.


foto de uma recriação do exército anglo-saxão com tambores, bandeiras, vestimentas e capacetes para a guerra



O reino teve pouco tempo para se recuperar antes de entrar nas Guerras das Rosas (1455-1487), uma série de guerras civis pela posse do trono entre a Casa de Lancaster (cujo símbolo heráldico era a rosa vermelha) e a Casa de York ( cujo símbolo era a rosa branca), cada um liderado por diferentes ramos dos descendentes de Eduardo III. 


rosa branca símboloda casa de York e rosa vermelha símbolo da casa Lancaster


O fim dessas guerras encontrou o trono mantido pelo descendente de um membro inicialmente ilegítimo da Casa de Lancaster, casado com a filha mais velha da Casa de York: Henrique VII e Elizabeth de York . Eles foram os fundadores da dinastia Tudor, que governou o reino de 1485 a 1603.

II. - As Casas de Lancaster e York e a Guerra das Rosas

organograma hierárquico da dinastia Plantageneta com as duas casas de York  de Lancastersendo descndentes de Eduardo III Plantageneta

II.1 - Guerra das Rosas


Eduardo III foi sucedido pelo seu neto Ricardo II pois seu filho Eduardo o príncipe negro já havia falecido. Ricardo II assumiu o trono após um governo de conselheiros enquanto ele era menor. Ricardo não foi um rei muito popular e cinsiderado pouco hábil. Ele baniu o seu primo Henrique de Bolinger, da Inglaterra e após a morte do pai, João de Gante, Ricardo confiscou todos os bens dos Lencaster e ampliou a pena de Henrique de Bollinger. Esse retornou a Inglaterra para reinvidicar as suas terras e com o apoio dos nobres acabou reinvidicando também a coroa. Eles forçaram Ricardo a renunciar e Henrique assumiu como Henrique IV e deu origem a descendência na casa de Lancaster. 


foto de recriação dso torneios medievais mostrando dois guerreiros montados a cavalo com suas armaduras fechadas, lanças e escudo com o símbolo da casa de York



II.2 - Henrique V 


Em 20 de março de 1413, Henrique de Monmouth sucede a seu pai como Henrique V. As suas primeiras medidas foram no sentido de pacificar os conflitos internos derivados da violenta subida ao poder do seu pai. Foram emitidas anistias e reinstituídos como herdeiros os filhos de homens que se opuseram a Henrique IV e morreram por isso.  


quadro de Henrique VLivre de pressões internas, Henrique dedicou-se à política externa, nomeadamente à sua pretensão à coroa de França e à resolução da guerra dos cem anos que durava já desde 1337. A campanha de 1415 foi marcada pelo sucesso da batalha de Azincourt , onde as suas reduzidas tropas derrotaram o grosso do exército francês e dos seus aliados. Em 1417, Henrique renova as hostilidades e conquista a Normandia, enquanto os franceses se encontravam divididos pelas disputas entre Armagnacs e borgonheses. 


Ruão cai em janeiro de 1419 e em agosto Henrique acampa com o seu exército sob as muralhas de Paris. Em setembro João o Temerário, Duque da Borgonha é assassinado e a capital perde qualquer esperança de salvamento. Depois de seis longos meses de negociações, Henrique é declarado herdeiro e regente de França pelo tratado de Troyes e casa com a princesa Catarina de Valois a 2 de junho de 1420.


Henrique V foi sucedido pelo filho homónimo, então um bebé de oito meses, longe de representar o líder forte que se desejava para manter os princípios do tratado de Troyes. Assim, quando Carlos VI de França morreu poucos meses depois, o seu filho (Carlos VII) ficou à vontade para ignorar os acordos e, apesar de deserdado, reclamar a coroa francesa. Só em 1801 os reis ingleses abdicaram dessa pretensão. 


Joana D'arc da França (1412 a 1431) - Para contextualizar, foi nesse período que Joana D'arc viveu na França e comandou o exército francês em várias batalhas. Joana alegava receber visões divinas do arcanjo Miguel, de Santa Margarida e da Santa Catarina, que a instruíram a ajudar as forças de Carlos VII e livrar a França do domínio da Inglaterra. 

quadro de Joana D'arc com armaduraO ainda não coroado Carlos VII enviou Joana junto com um exército para tentar solucionar o Cerco de Orleãs. Após apenas nove dias de ação, a batalha terminou com um resultado favorável aos franceses e Orleãs foi libertada, elevando assim a reputação de Joana a condição de heroína nacional aos olhos do povo francês. 

Seguiu-se uma série de vitórias militares para as forças de Carlos VII, que permitiram sua coroação como rei na Catedral de Reims. Como resultado, a moral da população francesa melhorou e a maré da Guerra dos Cem Anos começou a virar em favor dos franceses.


Após o fracassado Cerco de Paris, para retomar a capital da mãos dos ingleses, a popularidade de Joana dentre a nobreza francesa despencou. Em 23 de maio de 1430, ela foi capturada em Compiègne pelos Borguinhões, um grupo de franceses que apoiavam os ingleses. Eles a entregaram nas mãos do governo da Inglaterra, que colocaram seu julgamento nas mãos do bispo Pierre Cauchon, jogando contra ela diversas acusações de cunho religioso. Cauchon a declarou culpada e ela foi sentenciada a morte na fogueira. 



Joana foi executada em 30 de maio de 1431, aos 19 anos de idade. Sua morte, contudo, a elevou aos status de mártir e fez aumentar o fervor patriótico francês contra os ingleses.

quadro de Henrique VI

II.3 - Henrique VI,


Filho de Henrique V, era bebê na morte de seu pai e o governo foi administrado por uma comissão de nobres e um lorde protetor. Quando Henrique VI assumiu repetiu-se o acontecimento de Ricardo II. Henrique VI era inábil e dominado pela corte e por sua mulher, Margarida d'Anjou, que era francesa e com quem tinha casado em 1445. 

Henrique havia sido coroado também rei da França em 1431, na Catedral de Notre Dame, devido ao Tratado de Troyes, mas nunca foi aceitovpelos franceses e porisso não exerceu nenhum poder.

Em 1453, depois da derrota na batalha de Castillon, a guerra dos cem anos acaba com a derrota de Henrique VI. Nesse período a Inglaterra também perdeu o ducado de Aquitânia, área na França que pertencia aos Ingleses.

Em 1453 Henrique VI teve um surto psicológico/depressivo, do qual Ricardo de Iorque se aproveitou e com uma combinação com uma parte dos nobres tornou-se lorde protetor da Inglaterra. Quando Henrique VI se recuperou, em 1455, expulsou Ricardo de Iorque da Corte e e deu origem então a batalhas entre as duas casas. 

quadro de busto de Eduardo IV

II.4 Eduardo IV


Filho de Ricardo de Iorque, saiu vencedor nas batalhas contra casa Lancaster e assumiu o trono em 1461. Eduardo mostrou-se um rei consensual e após a sua subida ao trono não houve ameaças imediatas ao seu poder. Ao contrário do seu antecessor, tinha ideias muito próprias quanto ao que fazer e não era facilmente influenciável. Entretanto depois de um período de calmaria Eduardo se encontrou como vítima de conspiração da própria família. Mandou executar por conspiração o seu irmão Jorge, Duque de Clarence.

II.5 Ricardo III 


Em 1483, com a morte de Eduardo IV, o seu irmão Ricardo tomou o trono do filho de Eduardo que era garoto e assumiu como Ricardo III. Existiram duas grandes rebeliões contra Ricardo III, a segunda começou em agosto de 1485, liderada por Henrique Tudor e seu tio Jasper Tudor. Henrique partiu de Pembrokeshire com um pequeno contingente de tropas francesas, marchando pelo País de Gales recrutando soldados e arqueiros. Ricardo III morreu na Batalha de Bosworth Field, e Henrique assumiu como Henrique VII.

III. - Os Tudors


III.1 - Henrique VII (1485 a 1509)


quadro de Henrique VII o último rei da Inglaterra a ganhar o seu título em batalhaHenrique VII foi o último rei da Inglaterra a ganhar o seu trono em Batalha (batalha de Bosworth). Henrique era bisneto, por parte de mãe, ilegitimo e depois legitimado, de João de Gante (Elisabeth). Mas para fortalecer sua pretensão ao poder, prometeu casar-se com Isabel de Iorque, filha de Eduardo IV de Iorque e irmã de Eduardo V, que desapareceu nas mãos de Ricardo II. Após ganhar a batalha, com a morte de Ricardo II, e o casamento com Isabel (Elisabeth) de Iorque, Henrique VII dá início a dinastia Tudor, mostrando uma união das duas casas Lancaster e Iorque, e pondo fim a guerra das rosas em 1485. 



A Rosa Tudor


rosa Tudor com pétalas externas vermelhas e pétalas internas brancas, simbolizando a união das casas de York e Lancaster na dinastia TudorA rosa Tudor (às vezes chamada de rosa União) é o emblema heráldico floral tradicional da Inglaterra e leva seu nome e origem da Casa de Tudor, que uniu a Casa de Lancaster e a Casa de York. A rosa Tudor consiste em cinco pétalas internas brancas, representando a Casa de York, e cinco pétalas externas vermelhas para representar a Casa de Lancaster.






III.2 - Henrique VIII - (1509 a 1547)



quadro muito famoso de Henrique VIII e trajes reais
Rei Henrique VIII
O Rei Henrique VIII é um dos mais famosos reis da Inglaterra. Isso se deu um pouco pelo seu comportamento explosivo, mas principalmente pela sua fama de mulherengo e obsessão por gerar um filho homem. Ele subiu ao trono em 1509 e, uma das principais marcas do seu reino foi  o rompimento com a Igreja Católica e a subordinação da Igreja da Inglaterra ao Rei. Isso coincidiu com a reforma de proposta por Lutero, a adoção do Calvinismo na Suíça, e por isso a igreja tornou-se primordialmente protestante.  



Henrique VIII era casado com Catarina de Aragão, filha do Rei de Aragão, mas a paixão por Ana Bolena e a ansia de gerar um filho homem levou Henrique a querer desesperadamente que o Papa declarasse o seu casamento nulo para que ele pudesse casar novamente. Diante da recusa do Papa o monarca entrou em impasse com a Igreja Católica até que resolveu assumir o comanda da Igreja na Inglaterra fazendo com que ela declarasse nulo o seu casamento.  


As esposas de Henrique

Como Ana Bolêna também não lhe deu filho homem, o Rei Henrique mandou matá-la para que pudesse casar outra vez. Assim foi que Henrique teve ao total as seguintes esposas: Catarina de Aragão (1509–1533), Ana Bolena (1533–1536) Joana Seymour (1536–1537), Ana de Cleves (1540), Catarina Howard (1540–1541), Catarina Parr (1543–1547). 



Thomas More, (Londres, 7 de fevereiro de 1478 — Londres, 6 de julho de 1535) foi um filósofo, homem de estado, diplomata, escritor, advogado e homem de leis que viveu e conviveu com Henrique VIII. Ocupou vários cargos públicos, e em especial, de 1529 a 1532, o cargo de "Lord Chancellor" (Chanceler do Reino - o primeiro leigo em vários séculos) de Henrique VIII da Inglaterra. É geralmente considerado como um dos grandes humanistas do Renascimento. Sua principal obra literária é Utopia


Sendo profundo conhecedor de teologia e do direito canónico e homem piedoso - More via na anulação do sacramento do casamento uma matéria da jurisdição do papado, e a posição do Papa Clemente VII era claramente contra o divórcio em razão da doutrina sobre a indissolubilidade do matrimônio. 


quadro de Thomas MoreContrário às Reformas Protestantes então já efetuadas e percebendo que na Inglaterra poderia acontecer o mesmo, More - arraigadamente católico - deixa seu cargo de Lord Chancellor do rei em 16 de maio de 1532, provocando desconfiança na Corte e em Henrique VIII particularmente.

Em 1534, o parlamento promulgou o "Decreto da Sucessão" (Succession Act), que incluía um juramento reconhecendo a legitimidade de qualquer criança nascida do casamento de Henrique VIII com Ana Bolena, sua segunda esposa, e  repudiando "qualquer autoridade estrangeira, príncipe ou potentado".


More foi convocado, excepcionalmente, para fazer o juramento em 17 de abril de 1534, e, perante sua recusa, foi preso na Torre de Londres, juntamente com o Cardeal e Bispo de Rochester John Fisher, tendo ali escrito o "Dialogue of Comfort against Tribulation". Inconformado com o silêncio de More, o rei determinou o seu julgamento, sendo condenado à morte, e posteriormente executado em Tower Hill a 6 de julho.

A sua cabeça foi exposta na ponte de Londres durante um mês, foi posteriormente recolhida por sua filha, Margaret Roper. 

A execução de Thomas More na Torre de Londres, no dia 6 de julho de 1535 "antes das nove horas", ordenada por Henrique VIII, foi considerada uma das mais graves e injustas sentenças aplicadas pelo Estado contra um homem de honra.

Foi canonizado como mártir da Igreja Católica em 19 de maio de 1935 e sua festa litúrgica celebra-se em 22 de junho.

Surgimento do Anglicanismo

Vários foram os motivos para que Henrique VIII rompesse com a Igreja Católica e se promulgasse chefe da Igreja da Inglaterra fundando assim a Igreja Anglicana. 


interior deuma igreja inglesa mostrando o clero anglicano com bispos e sacerdotes
Igreja Anglicana

a) Motivos pessoais

O primeiro motivo e já bastante comentado era a vontade de Henrique VIII ter um herdeiro homem, o que não seria mais possível com a sua esposa, Catarina de Aragão, devido a idade dela.

O papa não concordou em anular o seu casamento e excomungou o soberano inglês, em 1533, após o divórcio de Henrique VIII com Catarina de Aragão.

b) Motivos políticos e econômicos


Ao se separar da Igreja Católica e se declarar chefe da Igreja, o soberano confiscou todos os seus bens como terras e mosteiros. Assim, em 1534, Henrique VIII proclama o Ato de Supremacia, no qual o Parlamento o reconhece como Chefe da Igreja da Inglaterra.
Igualmente, começa a perseguição aos católicos e ao clero, o que leva à instabilidade política do país.

c) Motivos doutrinais

Com relação às práticas religiosas, o rei Henrique VIII se via como um devoto, apenas discordando da liderança do papa e do clero na Inglaterra. Por isso, num momento inicial, a Igreja da Inglaterra, posteriormente chamada de Anglicana, não modificou a doutrina católica substancialmente.

As principais mudanças foram a impressão e distribuição de Bíblias em inglês. 

Somente durante o reinados de seus filhos, Eduardo VII e Elizabeth I, a igreja Anglicana teria uma identidade própria.

III.3 - A descedência de Henrique


O rei Henrique VIII teve os seguintes descendentes: Maria I de Inglaterra, filha com Catarina de Aragão,  Isabel I (Elizabeth I) de Inglaterra, filha com Ana Bolêna, e Eduardo VI de Inglaterra, filho com Joana Seymour.


a) Eduardo VI (1547 a 1553)


quadro de Eduardo VIEduardo VI (12 de outubro de 1537 – 6 de julho de 1553) foi o Rei da Inglaterra e Irlanda de 1547 até sua morte. Filho do rei Henrique VIII com Joana Seymour, Eduardo foi o terceiro monarca da Casa de Tudor e o primeiro rei inglês criado como protestante. O país foi comandado durante seu reinado pelo Conselho Regencial, já que ele nunca atingiu a maioridade, liderado primeiramente por Eduardo Seymour, 1.º Duque de Somerset, e depois por João Dudley, 1.º Duque de Northumberland.

O reinado de Eduardo foi marcado por problemas econômicos e agitações sociais que levaram a tumultos e rebeliões em 1549. Uma guerra contra a Escócia, inicialmente bem sucedida, terminou com uma retirada do país e de Bolonha-sobre-o-Mar em troca da paz. 


A transformação da Igreja Anglicana num órgão reconhecidamente protestante também aconteceu no reinado de Eduardo, que se interessou muito por assuntos religiosos. Apesar de Henrique VIII ter rompido a ligação entre a Igreja da Inglaterra e Roma, nunca permitiu a rejeição à doutrina católica ou suas cerimônias. Durante o reinado de Eduardo estabeleceu-se o protestantismo pela primeira vez na Inglaterra com reformas que incluíam a abolição das missas e a reformulação da eucaristia. O arquiteto dessas mudanças foi Tomás Cranmer, o Arcebispo da Cantuária.



b) Maria I (1553 a 1558)


Maria I  foi Rainha da Inglaterra e Irlanda de 1553 até sua morte, além de Rainha Consorte da Espanha a partir de 1556. Sendo filha de Henrique VIII com sua primeira esposa, Catarina de Aragão, atuou como o quarto e penúltimo monarca da Casa de Tudor.

quadro de Maria I filha de Henrique VIII com Catarina de AragãoEm 1533, quando seu pai decidiu anular o casamento com sua mãe para se casar com Ana Bolena, ela foi declarada como filha ilegítima do rei e excluída da linha de sucessão, sendo substituída por sua meia-irmã, Elizabeth; no entanto, retornou à mesma através de uma lei aprovada em 1543. 

Ela havia sido restabelecida como a herdeira do trono atrás de seu meio-irmão, Eduardo VI, cujo reinado aplicou a Reforma Protestante na Inglaterra, proibindo também que o catolicismo — religião seguida por Maria — fosse praticado em todo o reino. Quando teve conhecimento de sua iminente morte, movido pela diferença religiosa com sua meia-irmã, Eduardo assinou um documento onde escolhia sua prima, Joana Grey, como sua legítima sucessora. No entanto, Maria reuniu forças no reino e conquistou o apoio popular, depondo-a nove dias depois de sua ascensão.

Em seu reinado, Maria reverteu as reformas religiosas implantadas por Eduardo e o protestantismo passou a ser proibido na Inglaterra.


c)  Elisabeth I (1558 a 1603)


Foi a Rainha da Inglaterra e Irlanda de 1558 até sua morte e a quinta e última monarca da Casa de Tudor.

quadro de Elizabeth I também chamada de rainha Virgem porque nunca se casouElizabeth sucedeu Maria em 1558 e passou a reinar com um bom conselho. Ela muito dependia de um grupo de conselheiros de confiança liderados por Guilherme Cecil, Barão Burghley. Uma de suas primeiras ações como rainha foi o estabelecimento de uma igreja protestante inglesa, da qual tornou-se sua Governadora Suprema. A Resolução Religiosa Isabelina mais tarde desenvolveu-se na atual Igreja Anglicana.


Entretanto, nunca se casou apesar de vários pretendentes. Isabel (Elizabeth) ficou famosa por sua virgindade enquanto envelhecia.

No governo, Elizabeth foi mais moderada que seu pai e seus meio-irmãos. Um de seus lemas era video et taceo ("Vejo e digo nada"). Era relativamente tolerante em questões religiosas, evitando perseguições sistemáticas. 

Seu reinado é conhecido como Período Elizabetano, famoso acima de tudo pelo florescimento do drama inglês, liderado por dramaturgos como William Shakespeare e Christopher Marlowe, além das proezas marítimas de aventureiros ingleses como Sir Francis Drake. Alguns historiadores são mais contidos em suas avaliações de Isabel. Eles a representam como uma governante temperamental, às vezes indecisa e que teve muita sorte.


Shakeaspeare


Shakespeare nasceu e foi criado em Stratford-upon-Avon. Aos 18 anos casou-se com Anne Hathaway, com quem teve três filhos. Entre 1585 e 1592 William começou uma carreira bem-sucedida em Londres como ator, escritor e um dos proprietários da companhia de teatro chamada Lord Chamberlain's Men, mais tarde conhecida como King's Men
quadro do escritor ShakeaspeareShakespeare produziu a maior parte de sua obra entre 1590 e 1613. Suas primeiras peças eram principalmente comédias e obras baseadas em eventos e personagens históricos, gêneros que ele levou ao ápice da sofisticação e do talento artístico ao fim do século XVI. A partir de então escreveu apenas tragédias até por volta de 1608, incluindo HamletRei Lear e Macbeth, consideradas algumas das obras mais importantes na língua inglesa. Na sua última fase, escreveu um conjuntos de peças classificadas como tragicomédias ou romances, e colaborou com outros dramaturgos.


Christopher Marlowe

Christopher Marlowe (batizado a 26 de fevereiro de 1564 — 30 de maio de 1593) foi dramaturgo, poeta e tradutor inglês, e viveu no Período Elizabetano. É considerado o maior renovador da forma do teatro do período com a introdução dos versos brancos, estrutura que será empregada por Shakespeare.


Sir Francis Drake


quadro de Fracis Drake capião inglês que venceu a armada espanhola até então considerada imbatívelFrancis Drake foi um capitão inglês, vice-almirante do Reino da Inglaterra, corsário e um navegador famoso, e um político da era elisabetana. Elizabeth I da Inglaterra condecorou Drake como cavaleiro em 1581. Ele foi o segundo em comando da frota inglesa contra a Invencível Armada em 1588, subordinado apenas a Charles Howard e à própria rainha.  



Essa tentativa fracassado dos espanhóis, em 1588, de tentar conquistar a Inglaterra, com a sua Invencível Armada associou Isabel a uma das maiores vitórias militares da história inglesa. Isso conferiur enorme prestígio a Drake.

Suas façanhas eram lendárias, tornando-o um herói para os ingleses, mas um pirata para os espanhóis, a quem ele era conhecido como El Draque, 'Draque' sendo a pronúncia espanhola 'Drake'. Seu nome em latim era Franciscus Draco ("Francis the Dragon"). 

O rei Filipe II ofereceu uma recompensa por sua vida de 20 000 ducados, cerca de £4 000 000 (EUA $ 6,5 milhões) pelos padrões modernos. Entre outras coisas, é famoso por ter sido o primeiro inglês a realizar uma volta ao mundo, em 1577-1580.

IV - Estilo Arquitetônico Tudor



O estilo arquitetônico Tudor é o último estágio da arquitetura medieval durante o período Tudor (1485–1603) e é predominantemente inglês; é uma adaptação inglesa para a arquitetura gótica. Surge durante o primeiro reinado da dinastia Tudor, entre os reinados de Henrique VII e Henrique VIII.

casa com estilo arquitetônico Tudor, casas com muitas colunas e vigas de madeira em meio à alvenaria conhecido também como estilo eixamel



“Tudor” tornou-se uma designação para estilos como o enxaimel que caracteriza os poucos edifícios que sobreviveram antes de 1485 Nesta forma, o estilo Tudor. manteve por muito tempo o gosto inglês.

V. Estilo Arquitetônico Elizabetano


Arquitetura elizabetana refere-se a edifícios de ambição estética construídos durante o reinado da rainha Elizabeth I da Inglaterra e da Irlanda de 1558-1603. Historicamente, a era se situa entre a longa era do patrocínio arquitetônico dominante dos edifícios eclesiásticos pela Igreja Católica, que terminou abruptamente na Dissolução dos Monastérios em 1536, e o advento de uma cultura de corte de ambição artística pan-europeia sob Jaime I (1603-25). 



castelo no estilo chamado de elizabetano


Estilisticamente, a arquitetura elizabetana é notavelmente pluralista. Ele veio com o chamado  estilo perpendicular na construção da igreja, a fenestração, técnicas de abóbada e projetos de treliça aberta.

VI. Referências


Wikipédia - Historia da Inglaterra / Tudors / Guerra das Rosas

Séries Televisivas - The Tudors

A série "Os Tudors" enfoca basicamente o reinado de Henrique VIII, a sua obsessão pelo filho home, a sua briga com Thomas More,  as várias esposas, ...,.




Filme - Elizabeth a idade de ouro

O filme Elizabeth, a idade de ouro, tem o foco na rainha Elizabeth, a virgem, os seus problemas, a batalha contra a armada espanhola, o relacionamento com Francis Drake, ...,. O figurino é fantástico, ganhou o Oscar. A rainha é interpretada po Cate Blanchet, Francis Drake é interpretado por Cliv Owen. belíssimo filme, disponível em quase todos os serviços de streaming.