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segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

Diagrama de Relacionamento Século XVI - v1

1. - Diagrama de Relacionamento do Século XVI

              
     
diagrama de relacionamento entre os personagens mais importantes do século XVI
                                                       


2. Explicação 


 quadro do Imperador Carlos V
Carlos V
 1. - Carlos V herdeiro dos Habsburgos assumiu o trono da Espanha como carlos I em 1516 e foi eleito como Imperador do Sacro Império Romano em 1519. Como tal foi aliado do Papa Paulo III na defesa da cristandade tanto contra a invasão dos otomanos como contra a propagação das ideias de Lutero que questionava as atitudes da Igreja.

2. - Francisco I,  Imperador da França ambicionava ser eleito como o Imperador do Sacro Império Romano no lugar de Carlos V. Inconformado, ele passou todo o seu reinado (1515 a 1547) guerreando contra Carlos V no sentido de tomar o seu lugar.


 quadro com retrato de Suleiman
Suleiman
3. - Suleiman era o Califa / Sultão dos Otomanos e buscava a sua expansão para toda a Europa. Ele se achava o representante de Deus na Terra e portanto desafiava o Papa e guerreava contra Carlos V, o defensor da cristandade. Suleyman conquistou a Hungria em 1526 e cercou Viena em 1529 mas não conseguiu conquistar a cidade. 


4. - Lutero era padre da Igreja católica e incoformado com a venda das indulgências promulgou algumas teses na porta de sua Igreja, na Alemanha, questionando a Igreja Católica. Carlos V era aliado do Papa na defesa da Igreja e portanto ordenou a Lutero, sem sucesso, que o mesmo desistisse de defender as suas idéias.



5. - Filipe II era filho de Carlos V e recebeu o trono da Espanha da qual foi Rei de 1556 até sua morte em 1598. Ele foi também Rei de Portugal e Algarves como Filipe I a partir de 1581 no breve período em que os dois reinados foram unificados. Expandiu o domínio espanhol a Portugal, à Flórida e às Filipinas.


quadro de Joana de Castela
Joana de Castela

6. - Joana era a filha de Isabel de Castela e de Fernando de Aragão. Ela casou com Filipe de Habsburgo. Joana herdou a coroa de Castela após a morte de Isabel em 1504. Ela foi exercida por Filipe mas que também faleceu em 1506. Joana foi declarada incapaz e o trono passou para seu filho Carlos V. 




7. - Tintoretto era um pintor veneziano na época do renascimento italiano. Ele pintou muitos temas religiosos, costume da época, e também era um excelente retratista. Ele pintou quadros de Carlos V, Papa Paulo III, Isabel de Portugal (esposa de Carlos V), e da família imperial.


gravura das feições de Leonardo da Vinci
Leonardo

8. -Leonardo da Vinci foi um dos maiores pintores  e artistas florentinos na época do renascimento. Leonardo conheceu Francisco I quando esse conquistou o ducado de Milão. Francisco convidou Leonardo para morar na França e lhe deu o castelo de Clos Lucé para residir. O castelo de Clos Lucé ficava vizinho ao castelo de Amboise onde Francisco I residia.

9. - Hernan Cortês era um conquistador espanhol que conquistou o México e destruiu o império asteca de Montezuma e Cuauhtemóc em 1521. Cortês ainda permanece como um figura controversa sendo visto como um herói e um conquistador cruel que escravizava índios e os tratava com violência. O imperador Carlos V dependeu muito do ouro enviado das Américas para financiar suas guerras nas várias frentes européias. 


 quadro com o rosto de Lutero  10. - Lutero foi um monge agostiniano e professor de teologia alemão. Levantou-se veementemente contra diversos dogmas do catolicismo romano, contestando sobretudo a doutrina de que o perdão de Deus poderia ser adquirido pelo comércio das indulgências. Essa discordância inicial resultou na publicação de suas famosas 95 Teses em 1517. Para combater a difusão dessas idéias o Imperador Carlos V convocou uma assembleia na cidade de Worms em 1521 para discutir as teses de Lutero. Em 16 de Abril Lutero compareceu a assembléia e foi questionado se ele retirava todo o seu posicionamento. Em 18 de abril Lutero voltou à assembleia e perante o Imperador Carlos V manteve o seu pensamento. Essa Assembleia é conhecida como "Dieta de Worms". O Imperador redigiu o Édito de Worms a 25 de maio de 1521, declarando Martinho Lutero fugitivo e herege, e proscrevendo suas obras.

quadro com Michelangelo
Michelangelo
11. - Michelangelo era um grande artista florentino, excepcionalmente dedicado á escultura. Ele foi chamado pelo Papa Júlio II para pintar o teto da capela sistina. Embora a princípio não quisesse aceitar a encomenda, Michelangelo realizou o trabalho entre 1508 e 1511. Entre 1534 e 1541 Michelangelo foi chamado pelo Papa Paulo III para pintar a cena do Juízo Final, por trás do altar da capela sistina.

quadro com Papa Paulo III
Papa Paulo III
12. - Papa Paulo III foi papa de 13 de outubro de 1534 até a sua morte em 10 de novembro de 1549. Em 2 de Junho de 1537, lançou a bula pontifícia Sublimis Deus, decretando que os habitantes do hemisfério sul (índios) eram verdadeiramente homens e como tais não deviam ser escravizados. Excomungou Henrique VIII de Inglaterra, por se decretar chefe da igreja da Inglaterra e casar novamente com Ana Bolena enquanto sua esposa Catarina de Aragão ainda era viva. O Papa Paulo III entretanto não conseguiu travar a Reforma Protestante. Concedeu a Inquisição em Portugal a D. João III. Lançou as bases da Contra-Reforma.

quadro com Henrique VIII
Henrique VIII
13. - Henrique VIII  foi rei da Inglaterra de 1509 até a sua morte em 1547. Por sua obsessão por ter um herdeiro homem, Henrique queria obter a anulação do casamento com Catarina de Aragão para casar com Ana Bolena. Como não conseguiu permissão do Papa para tal, Henrique usou a tese de que o Rei é escolhido por Deus e nada pode estar entre eles. Henrique então se declarou chefe da Igreja da Inglaterra e independente da autoridade do Papa. Conseguiu que a Igreja declarasse seu casamento inválido e casou novamente com Ana Bolena. Henrique é conhecido como o fundador da Igreja Anglicana. No plano externo, mais preocupado com sua causa de anulação do casamento, Henrique evitou se envolver em conflitos na Europa. Embora simpatizasse mais com Carlos V, não lhe deu nenhum suporte militar em suas guerras com Francisco I ou Suleyman.

14. - Maria I  era filha legítima do Rei Henrique VIII com Catarina de Castela. Foi Rainha da Inglaterra e Irlanda de 1553 até sua morte, além de Rainha Consorte da Espanha a partir de 1556 pois ele casou-se com Filipe II filho de Carlos V.  Catarina de Aragão, atuou como o quarto e penúltimo monarca da Casa de Tudor ela assumiu após a morte de seu meio irmão, Eduardo VI, com apenas 16 anos,  filho de Henrique VIII com Joana Seymour.

15 e 16. Filipe II apesar de casado com Maria I da Inglaterra, não foi Rei de fato da Inglaterra. Ele foi Rei Consorte através do seu matrimônio com Maria I que morreu após cinco anos de reinado. Eles não tiveram filhos.  Filipe II era neto de Joana de Castela e filho de Carlos V com Isabel de Portugal. Pela sua descendência da mãe,  o trono de Portugal passou para ele e para os Habsburgos de 1580 até 1640.

 quadro com francisco I da França
Francisco I, França
17. Na tentativa de derrubar o Imperador Carlos V, Francisco I da França fez até aliança com o Otomano Suleyman para invadir as terras de Carlos V. Apesar de solicitado pelo Papa e de se declarar Imperador Cristão, Francisco I nunca enviou soldados para combater as invasões otomanas. 

18. - Leonardo da Vinci e Michelangelo conviveram por algum tempo em Florença, apesar de Leonardo ser um pouco mais velho. Os dois não se suportavam e disputavam a glória de ser o artista mais renomado da época.


3. - Referência


Wikipédia - Século XVI

domingo, 26 de janeiro de 2020

Teste: História no Século XVI - v1

1. - O Século XVI e o Teste


O Século XVI foi marcado por grandes eventos na história. Tivemos o Renascimento na Itália, com a presença de Leonardo da Vinci, Michelangelo, Ticiano e outros. Na política tivemos a disputa pelo título de imperador do sacro império romano. Na religião tivemos as pregações de Lutero que dividiram a Igreja. Foi ainda a era das descobertas e explorações do novo mundo. Ou seja uma era que começava a mudar o mundo. 


Nesse post faremos um pequeno jogo de associar os personagens do primeiro quadro  com os eventos do segundo quadro. Coloquem os resultados nos comentários do facebook, na forma 1x, 2y, 3z, ..., 12w.


     PERSONAGENS

1. Carlos I de Espanha / Carlos V do Sacro Império Romano

2. Papa Paulo III

 3. Michelangelo

 4. Suleyman (Solimão I)

 5. Lutero

 6. Rainha Joana

 7. Hernán Cortês

 8. Ticiano

 9. Henrique VIII

 10. Francisco I

 11. Leonardo da Vinci

 12. Maria Tudor




       EVENTOS
a. Viveu seus últimos dias no palácio Clos Lucé próximo ao Castelo Amboise

b. Pintou  quadros de Carlos I e do Papa Paulo III

c. Filha de Henrique VIII que casou com o filho de Carlos I

d. Filha de Isabel e Fernando (Castela e Aragão) casada com Filipe de Habsburgo.
Mãe de Carlos I, e considerada “Louca” , após a morte do marido ficou reclusa passando o poder a seu filho.

e. Grande defensor da Cristandade guerreou contra Suleyman, e se opôs as reformas de Lutero.

f. Pintou a cena do Juízo Final encomendada pelo Papa Paulo III.

 g. Excomungou o Rei Henrique VIII e declarou em uma bula que os índios são verdadeiramente homens e não podem ser escravizados.

h. Embora católico devoto, fundou uma igreja para poder anular seu casamento com Catarina da Áustria.

i. Conquistador espanhol, destruiu o império Asteca

 j. Uma grande ameaça para a cristandade. Sua expansão foi barrada em Viena pelo sacro império romano.

k. Ao questionar entre outras coisas as ”indulgências” provocou uma divisão na igreja e entre os nobre alemães.

 l. Obcecado com a idéia de ser reconhecido como o rei mais poderoso da Europa passou a vida em guerra contra Carlos V (Carlos I). Apesar de almejar ser o Rei dos Cristãos, fez aliança até com Suleyman para tentar derrotar Carlos V (Carlos I da Espanha).

3. Complementação 


A idéia do jogo é apenas para mostrar o grande entrelaçamento entre os personagens da história do século XVI.

4. Batalha de Pavia - Ilustração

Procuramos um quadro ilustrativo das disputas do século XVI. Resolvemos usar esse que reflete as constantes disputas entre Carlos V e Francisco I.


A Batalha de Pavia, ocorrida na manhã de 24 de fevereiro de 1525, foi um acontecimento decisivo para a Guerra Italiana de 1521-1526. 

O exército Habsburgo, sob o comando nominal de Carlos de Lannoy (e trabalhando em conjunto com a guarnição de Pavia, comandada por Antonio de Levya) atacou os franceses sob o comando pessoal do rei Francisco I no grande campo de Mirabello, no lado externo dos muros da cidade.

quadro A Batalha de Pavia
Batalha de Pavia, Bernard Van Orley, 1528 a 1531


Em quatro horas de lutas, o exército francês foi dividido e derrotado fragrorosamente. Os franceses tiveram baixas elevadas, que incluíam muitos dos principais nobres de França. O próprio Rei Francisco I foi capturado pelas tropas inimigas, e levado preso ao seu contendor, o imperador Carlos V, e forçado a assinar o humilhante Tratado de Madri, em que cedia territórios significantes ao adversário.

4. Referências


Wikipedia - Batalha de Pavia / Henrique VIII / Francisco I / Carlos V

HistoriacomGosto - Dinastia dos Habsburgos 





quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Dinastia dos Habsburgos - Áustria e Palácios de Hofburg e Schobrun

I - Casa dos Habsburgos


brasão dos habsburgos
A Casa de Habsburgo é uma família nobre européia, que foi uma das mais importantes e influentes na Europa, entre os séculos XIII e início do século XX. 

A família teve origem no século XI, na Suíça, e seu nome vem de Habichtsburg, o castelo de açor, morada oficial, construída em 1020 no cantão de Argóvia.



II  A Divisão e o fim do Império Romano



Uma divisão política do Império Romano teria início no reinado de Diocleciano. Em 286, com a criação da Tetrarquia, a parte Ocidental foi concedida a Maximiano, que recebeu o título de augusto e Constâncio Cloro foi nomeado seu subordinado (césar) e por fim, também Galério foi nomeado César. Esse sistema efetivamente dividiu o império em quatro partes e criou capitais separadas, além de Roma, como uma forma de evitar agitação civil que havia marcado o terceiro século. 



No Ocidente, as capitais eram Mediolano (Milão), sob o controle de Maximiano, e Augusta dos Tréveros (Tréveris), sob controle de Constâncio. Em 1 de maio de 305, os dois augustos seniores aposentaram-se e foram substituídos .



Teodósio I, foi o último personagem que governou tanto o Oriente quanto o Ocidente por um ano. Ele iniciou em 394 e morreu em 395. A partir daí ocorreu a separação definitiva. 



Em 476, não resistindo aos ataques constantes dos bárbaros, acaba o império romano e o rei Odoacre assume o título de rei da Itália e escolhe Ravena como sua capital.





III - O Sacro Império Romano - Coroação de Carlos Magno


pintura de Carlos Magno feito por Albrecht Durer
Carlos Magno por
 Albrecht Durer, 1512

Carlos Magno, monarca guerreiro, expandiu o Reino Franco através de uma série de campanhas militares, em particular contra os saxões pagãos cuja submissão foi bastante difícil e muito violenta (772-804), mas também contra os lombardos na Itália e os muçulmanos da Península Ibérica, até que este se tornou o Império Carolíngio, que incorporou a maior parte da Europa Ocidental e Central. Durante o seu reinado, ele conquistou o Reino Itálico.



A Itália durante muito tempo ficou dividida entre o império bizantino e o reino lombardo. Sofrendo pressão dos Lombardos, o papa Estêvão II - sucessor de Zacarias que morreu em 752 - veio em pessoa pedir ajuda militar a Pepino (pai de Carlos Magno)  contra os lombardos e o seu rei Astolfo que ameaçavam Roma.


O papa Leão III que havia assumido em 795, sofreu um atentado em 25 de abril de 799, e estava sendo também acusado pelos nobres de adultério e perjúrio.  Ele solicitou ajuda ao Rei dos Francos, Carlo Magno que veio a Roma, prendeu os seus atacantes, procedeu um julgamento baseado nas afirmações de Leão III de inocência. Carlos Magno também concordou em devolver ao papado parte das terras italianas que estavam em poder dos Lombardos.

 coroação de Carlos Magno presidida pelo Papa Leão III
Coroação de Carlos Magno, Friedrich Kaulbach, 1861

Em reconhecimento a ajuda do Rei Carlos Magno e das suas intervenções em favor da fé católica, em 25 de dezembro de 800, durante a missa de Natal em Roma, o papa Leão III coroou Carlos Magno como imperador do Ocidente.

O reinado de Carlos Magno deu origem ao Sacro Império Romano de Nação Germânica, que durou mil anos, até seu ocaso em 1806.

A dinastia Carolingia, iniciada com Carlos Magno ficou no poder do sacro império romano até 899 com Arnulfo I. 

A partir daí tivemos o poder ocupado por Luís III da dinastia bosônida (901 a 905) e Berengário I da dinastia Unruochidas (915 a 924). E então o poder passou para a dinastia Otoniana a partir de 962.

IV - Sacro Império Romano-Germânico (962 a 1024) (1273 - 1308 )(1440 - 1814)

IV.1 - Dinastia Otoniana (962 a 1024)



A dinastia otoniana, foi uma dinastia de reis da Germânia que governou entre 962 e 1024. Recebeu esse nome devido ao nome do seu primeiro imperador (Otão I), mas também é conhecida como dinastia saxônica devido à origem da família. 



Os governantes otonianos também são consideradas como a primeira dinastia do Sacro Império Romano-Germânico e como sucessores da dinastia carolíngia e de Carlos Magno, que é normalmente visto como o fundador original de um novo Império Romano.

IV.2 - O Primeiro Habsburgo em uma posição de Destaque



O primeiro Habsburgo a ocupar um trono de destaque foi Rodolfo IV de Habsburgo, que reinou como Rei dos romanos de 1273 a 1291 como Rodolfo I. Em 1278, o imperador obteve os ducados da Áustria e da Esrtíria, que deu em feudo aos filhos. Um herdeiro foi assassinado em 1308, sendo os Habsburgos afastados do poder.  Como ele nunca foi coroado pelo Papa ele não consta na lista oficial como Imperador do Sacro Império Romano Germânico. Entretanto a partir dos seus ducados a família passou a ocupar uma posição privilegiada. 



Afastados pela poderosa Casa de Luxemburgo, os Habsburgos foram excluídos dos assuntos do Império até 1378. A partir de 1440 apenas herdeiros da dinastia dos Habsburgos foram eleitos pelos príncipes na chefia do Sacro Império. 



A eleição de Frederico III marcou o início de uma ascensão formidável ao poder universal, expressa na divisa AEIOU: "Austriae est imperare orbi universo" (em português, "À Áustria cabe reinar sobre o universo").


IV.2 - Uniões dinásticas - Incorporação do Reino da Espanha e suas Terras 


A partir de Frederico III, os Habsburgos desenvolveram uma política de expansão através de matrimônios dos herdeiros que lhe foi altamente favorável. 


Frederico III casou-se em Roma em 16 de março de 1452 com a infanta Leonor de Portugal, filha do rei Duarte I.

Maximiliano I (filho de Frederico III) passou a governar possessões holandesas através de seu casamento com Maria de Borgonha.

Casamento Filipe e Joana de Castela


Ao se casar com a infanta Joana de Castela, filha dos Reis Católicos (Fernando II de Aragão e Isabel I de Castela), tornou-se o primeiro membro da casa de Habsburgo a ser rei de Castela. 



Pela morte de Isabel (1504), Joana herda o trono de Castela, tornando-se Joana I de Castela. Todavia, devido à sua instabilidade mental, a regência foi entregue ao marido, Filipe, que assim se tornou, pouco tempo antes de sua morte, o primeiro monarca Habsburgo da Espanha.

Com o casamento de dois netos de Maximiliano, os Habsburgos obtiveram as coroas da Boêmia e da Hungria em 1526.

Carlos I ou Carlos V


Filipe nunca chegaria a se tornar Imperador Romano-Germânico, pois morreu antes do pai. Porém seu filho, Carlos V acabaria por reunir os legados dos Habsburgo, da Borgonha, de Castela e de Aragão.


O auge do poder aconteceu em 1519 com Carlos V que seria Carlos I, rei da Espanha e imperador do Sacro império romano-germânico. 

Carlos V foi o imperador mais poderoso da Europa.



Mapa do domínio dos Habsburgos em 1547

O mapa abaixo mostra o domínio dos Habsburgos na Europa. Não considera-se o domínio espanhol na América.


IV.3 Reforma Protestante / Invasão Turca


A reforma protestante e a invasão turca da Europa Oriental obrigaram os dois ramos dos Habsburgos a juntar forças para preservar o catolicismo  europeu durante toda a Contra-reforma e a guerra dos trinta-anos (1618-1648).

De início religiosa, desenvolveu-se um conflito com a França. Os territórios alsacianos foram perdidos para a França. O Tratado de Vestfália de 1648 consagrou o enfraquecimento do poder imperial na Alemanha.

Em 1627, a Coroa da Boêmia tornou-se hereditária em benefício dos Habsburgos, e numerosas terras foram distribuídas aos nobres que permaneceram católicos e fiéis à Casa de Áustria.

Em 1700 a  linha espanhola extinguiu-se e a herança espanhola passou aos Bourbons 

IV.4 - Maria Teresa (1717 -1780) - Dinastia Habsburgo-Lorena


O século de Carlos VI, de Maria Teresa e de José II foi a época de apogeu da monarquia austríaca. Seus reinados corresponderam ao florescimento da cultura da Europa Central, à qual se mesclavam contribuições italianas, eslavas e magiares. A unidade do império se via assegurada pela língua alemã e pela centralização do poder.

Maria Teresa
O casamento da arquiduquesa Maria Teresa com Francisco de Lorena originou a nova dinastia Habsburgo-Lorena. Maria Teresa fez eleger seu marido imperador do Sacro Império em 1745, como Francisco I. Seu reinado foi dos mais brilhantes. Reforçou a administração central, confiando a gestão das finanças a um diretório central. 

O reinado de Francisco II foi marcado pela luta contra a França revolucionária, napoleônica. A guerra declarada pela França em 1792 continua até 1815. Em 1797, a Austria perde os Países Baixos do Sul (actual Bélgica), a Lombardia, e suas últimas posses no Reno. 

O imperador se viu obrigado a tratar com Napoleão Bonaparte e a aceitar seu casamento com sua filha Maria Luísa.  A criação da Confederação do Reno, por iniciativa da França, obrigou Francisco II a renunciar ao título de imperador do Sacro Império em 1806. Mas Francisco II permaneceu imperador, pois havia tomado o título de Imperador da Áustria em 1804.


IV.5 Maria Leopoldina da Áustria


Também o Brasil foi envolvido na política de alianças dos Habsburgos. A primeira esposa do Imperador Dom Pedro I foi a arquiduquesa Maria Leopoldina de Áustria (Carolina Josefa Leopoldina Francisca Fernanda de Habsburgo-Lorena, Viena, 22 de janeiro de 1797 — Rio de Janeiro, 11 de dezembro de 1826). 

Era filha do imperador Francisco I da Áustria e de sua segunda esposa Maria Teresa das Duas Sicílias. Também foi cunhada do imperador Napoleão Bonaparte, casado com sua irmã mais velha, Maria Luísa.

A cerimônia do casamento, celebrada pelo Arcebispo de Viena, se realizou na terça-feira dia 13 de maio de 1817, data de aniversário de D. João VI. A cerimônia foi realizada por procuração, na Igreja de Santo Agostinho, em Viena. D. Pedro foi representado pelo tio de Dona Leopoldina, o arquiduque Carlos da Áustria-Teschen, grande chefe militar, herói da Batalha de Aspern-Essling, ocorrida em 1809.

Maria Leopoldina e Pedro receberam uma bênção nupcial em 6 de novembro de 1817, no Rio de Janeiro, quando do desembarque da princesa no Brasil.

Ela tornou-se Imperatriz Consorte do Império do Brasil de 1822 até sua morte, também brevemente sendo Rainha Consorte do Reino de Portugal e Algarves entre março e maio de 1826. Seu casamento com Pedro I e sequente independência do Brasil fizeram com que se tornasse a primeira imperatriz consorte do país e a primeira imperatriz do Novo Mundo.


V - Fim do Sacro Império => Início do Império Austríaco (1814 - 1867)


Em 1814-1815, o Império Austríaco estava entre os vitoriosos. O congresso de paz se reuniu em Viena, regido pelo príncipe Metternich, que dirigia sua diplomacia desde 1809. 

Matternich tentou efetivar um equilíbrio europeu durável e evitar o retorno das ideias revolucionárias: a Santa Aliança de 1815 entre a Áustria, a Rússia e a Prússia estava disso encarregada. O tratado de Viena restabeleceu o poder da Áustria na Alemanha e na península Itálica, onde criou-se o Reino Lombardo-Vêneto, confiado aos Habsburgos. 

O Sacro Império não foi restabelecido, mas criou-se uma Confederação Germânica que reunia os Estados alemães sob presidência austríaca.


V.1 - Francisco José I (1848 a 1916)


Francisco José I (Viena, 18 de agosto de 1830 – Viena, 21 de novembro de 1916) foi o Imperador da Áustria e Rei da Hungria, Croácia e Boêmia de 1848 até à data da sua morte. 



De maio de 1850 a agosto de 1866, também foi presidente da Confederação Germânica. Reestabeleceu a ordem no império e restaurou o domínio da Áustria na Confederação Germânica. 



Seu reinado, que durou 68 anos, é o terceiro mais longo da história europeia, depois de Luís XIV de França e de João II de Liechtenstein. É o mais famoso monarca europeu do Século XIX, atrás apenas de Napoleão I da França.



O imperador impôs a língua alemã na administração de todos os territórios e apoiou-se fortemente sobre o exército e a Igreja Católica, que recuperou certa liberdade. Mas os fracassos da Áustria em política externa acarretaram uma reorientação do regime. Os Habsburgos foram expulsos de duas regiões onde sua presença era antiga: a Itália e a Alemanha. Isolada diplomaticamente, a Áustria foi vencida pelo rei da Sardenha-Piemonte em 1859. A derrota marcou a unidade italiana e acarretou para o império a perda da Lombardia.


V.2 - Imperatriz Elizabeth ( 1854 ~1898 ) - A Sissi da Austria e Hungria


Isabel Amália Eugénia da Baviera (em alemão: Elisabeth Amalie Eugenie von Bayern; Munique, 24 de dezembro de 1837 — Genebra, 10 de setembro de 1898) apelidada de Sissi foi a esposa do imperador Francisco José I e Imperatriz Consorte da Áustria e seus demais domínios de 1854 até sua morte. 



Além disso, ela foi Rainha Consorte de Lombardo-Vêneto entre 1848 e 1866. No mundo germanófono é mais conhecida como Isabel da Áustria.



Em agosto de 1853, a tia materna de Sissi, a arquiduquesa Sofia, esposa do segundo filho do imperador Francisco I da Áustria, convidou a irmã, Luísa, a visitá-la em companhia da sua filha Helena, a irmã mais velha de Sissi. 



O objetivo da arquiduquesa com esse encontro, ocorrido numa estância de Verão em Ischl, era casar o filho, o imperador Francisco José I, com a prima, de dezessete anos. Contudo, Isabel, de quinze anos, foi também ao encontro e acabou conquistando o imperador. Até hoje, acredita-se que foi amor à primeira vista.



No dia 24 de abril de 1854, na Igreja de Santo Agostinho, em Viena, Sissi, com dezesseis anos, desposou o seu primo Francisco José, então com quase vinte e quatro anos. Isabel teve dificuldades em se adaptar à estrita etiqueta da corte dos Habsburgo. O casamento gerou quatro filhos:


Sissi sofria de depressão por causa do seu casamento infeliz e da rígida vida na corte austríaca. Não tinha um bom relacionamento com a sogra, a arquiduquesa Sofia nem com a aristocracia da corte, que desprezava a sua informalidade. A arquiduquesa escolheu o próprio nome para a primeira filha de Sissi, sem a consultar. Além disso, Sofia impedia-a de ver a criança, que morreu dois anos depois durante uma viagem a Budapeste.

O marido estava quase sempre ocupado com a política do império, o que contribuiu para a sua solidão.

Alcançou o seu único objetivo político em 1867, quando ela e o imperador Francisco José foram coroados rei e rainha da Hungria. Dez meses depois, nasceu a sua outra filha, a arquiduquesa Maria Valéria. Isabel foi impedida de exercer qualquer influência sobre os seus filhos mais velhos. Eles foram criados pela avó, Sofia, que se referia a Isabel como "a vossa tola mãe". Após o nascimento de Maria Valéria, o casamento começou a se deteriorar, aumentado pelo comportamento errado de Isabel. 

A sua dificuldade de adaptação às rígidas regras da corte de Viena e a sua preferência pela Hungria chocaram a Áustria e isolaram cada vez mais Isabel da vida familiar e dos compromissos oficiais, que procurou abandonar desde o seu casamento, por detestar o protocolo e as obrigações impostas pelo título do marido.
Coroação de Sissi como rainha da Hungria
A coroação de Sissi como rainha da Hungria

Isabel, então, começou uma vida de viagens, visitando a ilha da Madeira, Hungria, Inglaterra e Corfu. Não ficou conhecida somente pela beleza, mas também pelo seu gosto pela moda, dietas e exercícios físicos, paixão por cavalgadas e vários amantes.

A 10 de setembro de 1898, em Genebra, Suíça, Sissi foi assassinada por um anarquista italiano, Luigi Lucheni. Inicialmente, o anarquista não tinha intenção de assassinar a imperatriz, mas sim qualquer personalidade que se encontrasse na cidade. Irritou-se quando soube que o príncipe d'Orleans, herdeiro do trono da França - o alvo perfeito - havia saído de Genebra na véspera.


VI - Império Austro-Húngaro (1867 - 1918)


Em 1886,  irrompeu a guerra entre a Prússia e o Império Austríaco, cuja derrota provocaria o fim da Confederação Germânica e abriu o caminho para a formação de uma "pequena Alemanha" dominada pela Prússia de Bismarck. 

O Reino da Itália, aliado oportunamente à Prússia, obteve o Vêneto. Francisco José I hesita entre duas políticas opostas, a centralização e o federalismo.  As minorias, é claro, sobretudo os húngaros, recusaram a centralização. O ministro Schmerling reagiu com violência e dissolveu a dieta húngara, mas foi forçado a se retirar em 1865. 



Francisco José I começou negociações com os húngaros, que resultaram no compromisso de 1867, que levou à instauração de uma monarquia dualista que agrupava dois Estados, a Cisleitânia ou "Império Austríaco" e a Transleitânia ou reino da Hungria, sob a direção única de Francisco José I, no chamado Império Austro-Húngaro. Os Habsburgos continuaram a governar a Áustria até 1918.


VII - Fim do Império - 1918


Abalada pelas lutas de nacionalidades que uma política deliberadamente federalista não conseguiu evitar, a Casa dos Habsburgos perdeu esplendor e influência. Em matéria de política externa, sua decisão de se alinhar à política germânica foi determinante para o futuro do império, pelo apoio dado pela Alemanha no momento da ocupação da Bósnia  e da Herzegovina em 1878.


República da Áustria
A ambiciosa política balcânica da Áustria-Hungria fez crescer o antagonismo do Império Russo e da Sérvia, e depois, pelo jogo das alianças, desembocar na Primeira Guerra Mundial. 

Com a morte de Francisco José I em 1916, Carlos I assumiu o poder em um Estado sem forças, perto da dissolução. A pressão checa e iugoslava e as ambições territoriais dos aliados não permitiram ao jovem imperador qualquer esperança. 

As derrotas militares de 1918 e a fuga de Carlos I para o estrangeiro, que renunciou a participar dos assuntos do Estado, marcaram a derrubada da dinastia e o fim da monarquia na Áustria.


VIII - Palácio de Hofburg  



O Hofburg Palace foi a residência oficial e centro do poder dos Habsburgo, soberanos do Ducado da Áustria entre 1278 e 1918, que o usaram como sua principal residência de Inverno, enquanto o Schloss Schönbrunn era o seu palácio preferido para o Verão. Entre as personalidades históricas que nasceram no Hofburg destaca-se Maria Antonieta, em 1755. 



Com mais de 2600 salas e ocupando uma área de 20 hectares, a sua grandiosidade arquitectónica e os seus grandes jardins dominam a paisagem da região central de Viena.





Palácio de Hofburg
O Palácio Hofburg
Atualmente, o vasto complexo abriga a Biblioteca Nacional Austríaca, a Escola Espanhola de Equitação, os gabinetes do Presidente da Áustria e Museus, dentre os quais se destacam as alas preservadas dos antigos aposentos imperiais, as salas usadas durante o Congresso de Viena e a coleção de tesouros sacros e obras de arte acumuladas pelos Habsburgo durante os quase sete séculos de reinado.



Escola espanhola de equitação






Quem visita Viena não deve deixar de assistir pelo menos uma vez a um espetáculo da famosa Spanische Hofreitschule — Escola Espanhola de Equitação da Corte.



Trata-se de uma escola de equitação que trabalha com a raça de cavalos Lipizzaner, cujas origens se encontram no fim do século XVI, por volta de 1580.


Museu Sissi


Desde 2004, o Museu Sisi está instalado nos apartamentos Stephan, assim nomeado após o arquiduque Stephan Viktor. Aqui, numerosos itens pessoais que pertenceram a Elisabeth são usados ​​para ajudar a ilustrar a verdadeira personalidade da imperatriz freqüentemente incompreendida.  






Imperial rooms


O cerimonial da corte determinou que cada membro da família tivesse seu próprio apartamento ou suíte em uma das numerosas alas do palácio. Enquanto a maioria desses apartamentos hoje abriga uma série de museus, além de escritórios, ministérios e chancelaria presidencial, a Ala da Chancelaria Imperial e a Residência Amalia, que continham os apartamentos de Franz Joseph e Elisabeth, estão hoje abertos ao público.








- Biblioteca Nacional Austríaca





O State Hall, o coração da Biblioteca Nacional da Áustria, é um dos salões de biblioteca mais bonitos do mundo. É a maior biblioteca barroca da Europa.


A antiga Biblioteca do Tribunal foi criada na primeira metade do século XVIII como uma ala particular da residência imperial de Hofburg. O Imperador Karl VI. ordenou a sua construção. A biblioteca foi construída por Joseph Emanuel Fischer von Erlach, de acordo com os planos de seu pai, Johann Bernhard Fischer von Erlach.



O impressionante salão estadual da biblioteca tem quase 80 m de comprimento e 20 m de altura e é coroado por uma cúpula magnificamente decorada com afrescos do pintor da corte Daniel Gran. Mais de 200.000 volumes são exibidos aqui, entre eles a abrangente biblioteca do príncipe Eugênio de Sabóia, bem como uma das maiores coleções dos escritos de Martin Luther da Era da Reforma.

Entre as exposições estão dois requintados globos barrocos venezianos: um para a terra e outro para o céu, cada um com um diâmetro de mais de um metro.

IX - Palácio de Schonbrunn


O Palácio de Schönbrunn (em alemão, Schloss Schönbrunn), é um dos principais monumentos históricos e culturais da Áustria. Está localizado no Hietzing, o 13º distrito de Viena. 



O seu nome deriva de uma frase atribuída ao imperador Matias, que teria "descoberto" um poço enquanto caçava por ali, exclamando "Welch' schöner Brunn" ("Que bela nascente").


Palácio de Schonbrunn, foto HistóriacomGosto


Construído como residência para a imperatriz Leonor Gonzaga entre 1638 e 1643, foi severamente danificado durante o segundo cerco turco a Viena, em 1683. Em 1687, Leopoldo I encomendou a Johann Bernhard Fischer um novo edifício representativo para o seu sucessor, José I.



O palácio e o parque só foram reconstruídos e expandidos para a sua forma atual em 1743, sob a imperatriz Maria Teresa, por Nikolaus von Pacassi e Johann Ferdinand Hetzendorf von Hohenberg.



O palácio barroco foi residência de verão da família imperial austríaca desde meados do século XVIII até ao final da Segunda Guerra Mundial. Nesse período, o edifício foi habitado quase continuamente por várias centenas de pessoas da vasta corte, tornando-se num centro cultural e político do império Habsburgo. 

Em Schonbrunn nasceu e viveu até 1817, data de seu casamento com o futuro imperador brasileiro Pedro I, a arquiduquesa D. Leopoldina de Habsburgo, que teve tão grande papel na independência do Brasil.


Palácio de Schonbrunn, foto HistóriacomGosto

O Interior do Palácio (fotos do site oficial)


a) Salão Oficial de Recepções

salão oficial, grand gallery, foto: site oficial 


b) Sala de Convivência

sala de convivência, foto site oficial



c) Quarto de Dormir

quarto de dormir, foto site oficial

X - Referências


Wikipédia - Habsburgos / Hosfburg Palace / Scohnbrunn Palace / Maria Leopoldina 

Série Carlos, Rei Imperador com 17 capítulos -
https://www.nowonline.com.br/series-programa-de-tv/carlos-rey-emperador/1002611806