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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

História de Paris contemporânea (Séculos XX e XXI) - 07

1. - Introdução


Após o término da segunda guerra mundial, a maior parte da Europa, e a França incluída, estava  em uma situação econômica bastante deteriorada. Vários planos de recuperação foram feitos, o mais famoso deles foi o plano Marshall que incluiu a injeção de capital americano para a recuperação das economias dos países afetados. O Plano Marshall durou de 1948 a 1951. Paris não havia  sido destruída na parte física mas estava em uma situação onde os empregos, comércio, turismo, industria e serviços faziam parte de todo o contexto da Europa.  A sua recuperação e o seu vigor acompanharam todo o restante.

Situação Atual


Em 2020 a população estimada de Paris era de 2 148 271 habitantes em uma área de 105 quilômetros quadrados. Como já acontecia a partir do século XVII, Paris continua sendo um dos principais centros de finanças, diplomacia, comércio, moda, ciência e artes da Europa.

Um novo centro financeiro e comercial foi criado nos arredores de Paris com edifícios modernos, enquanto o resto da cidade manteve a sua arquitetura tradicional com boa conservação. Para esse distrito empresarial localizado na Grande Paris, île-de-france, se deu o nome de La Défense que é o nome de uma estátua erguida para a glória dos soldados que defenderam a cidade durante a guerra franco-alemã de 1870. O distrito localiza-se no subúrbio noroeste de Paris, no departamento de Hauts-de-Seine , nos territórios das comunas de Puteaux , Courbevoie , Nanterre e La Garenne-Colombes , no extremo oeste do eixo histórico que começa no Palácio do Louvre e continua pela ' avenue des Champs-Élysées , o Arco do Triunfo de l'Étoile  até  o Arche de la Défense.


foto do centro comercial de La Defense
Centro Comercial de La Defense, foto de StevanZZ em shutterstock.com


A cidade de Paris é o centro e sede de governo da região administrativa de "Ile  de France" que em 2020 tinha uma população estimada  de 12 278 210 habitantes, ou cerca de 18% da população da França.

De acordo com a Pesquisa de Custo de Vida da Economist Intelligence Unit em 2018, Paris era a segunda cidade mais cara do mundo, atrás apenas da Singapura e à frente de Zurique, Hong Kong, Oslo e Genebra.


2. - Eventos Políticos  / Históricos principais.


Década de 1950 a 1960


Nas décadas de 1950 e 1960, Paris se tornou uma frente da Guerra de Independência Argelina; em agosto de 1961, a FLN, pró-independência, atacou e matou 11 policiais de Paris, levando à imposição de um toque de recolher aos muçulmanos da Argélia (que na época eram cidadãos franceses).

Movimento de 1968


Em maio de 1968, estudantes ocuparam a Sorbonne e colocaram barricadas no Quartier Latin. Milhares de trabalhadores parisienses de colarinho azul se juntaram aos estudantes, e o movimento se transformou em uma greve geral de duas semanas. Os eventos de maio de 1968 no país resultaram na divisão da Universidade de Paris em 13 campi independentes. 


foto de manifestações estudantis em Paris em 1968
Manifestações estudantis de 1968, Paris, França



Mudança de status de Paris (Prefeito)


Em 1975, a Assembleia Nacional mudou o status de Paris para o de outras cidades francesas e, em 25 de março de 1977, Jacques Chirac se tornou o primeiro prefeito eleito da cidade desde 1793. A população de Paris caiu de 2 850 000 em 1954 para 2 152 000 em 1990, quando famílias da classe média se mudaram para os subúrbios.

Novos marcos arquitetônicos e culturais na cidade


A maioria dos presidentes do pós-guerra, período conhecido como Quinta República, buscaram deixar suas marcas em Paris; Georges Pompidou iniciou o Centre Georges Pompidou (1977), Valéry Giscard d'Estaing deu início ao Musée d'Orsay (1986); President François Mitterrand, no poder por 14 anos, construiu a Ópera da Bastilha (1985–1989), o novo local da Biblioteca Nacional da França (1996), o Arche de la Défense (1985–1989), e a pirâmide do Louvre, com seu pátio subterrâneo (1983–1989); Jacques Chirac (2006), o Museu do Quai Branly.

foto aérea do Museu Quai Branly
Museum Quai Branly - Jaques Chirac, foto de meunierd em shutterstock.com


Eventos Terroristas



Em 7 de janeiro de 2015, dois extremistas muçulmanos franceses atacaram a sede do Charlie Hebdo em Paris e mataram treze pessoas, em um ataque reivindicado pela Al-Qaeda na Península Arábica e em 9 de janeiro, um terceiro terrorista, que alegou ser parte do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (ISIS), matou quatro reféns durante um ataque a um supermercado judeu em Porte de Vincennes. Em 11 de janeiro, cerca de 1,5 milhão de pessoas marcharam em Paris em uma demonstração de solidariedade contra o terrorismo e em apoio à liberdade de expressão. 

Em 13 de novembro do mesmo ano, uma série de ataques terroristas coordenados em Paris e Saint-Denis foram reivindicados pelo ISIS e causaram a mais de mais de 100 pessoas.

3. - Centro Financeiro e Comercial (La Defense)


La Défense (A Defesa) é o maior centro financeiro da cidade de Paris. Com o Grande Arco, com cerca de 110 metros de altura, a área abriga muitos dos maiores e mais altos edifícios da área urbana de Paris. Com 314.000 m², seus 72 edifícios de vidro e aço, incluem 14 arranha-céus acima de 150 metros, com 150.000 trabalhadores diários e 3,5 milhões de metros quadrados de espaços de escritórios, La Défense é o maior centro empresarial desenvolvido na Europa.


 foto do centro empresarial e financeiro de Paris
Centro Empresarial e Financeiro de Paris - La Defense, foto de andre quinou em shutterstock.com

4. - Centro Cultural - Museus (Pompidou, Orsay e Louvre)


a) Centro Georges Pompidou


Centro Georges Pompidou (Centre national d'art et de culture Georges-Pompidou) é um complexo cultural nomeado a partir de Georges Pompidou, o Presidente da França de 1969 até 1974, que encomendou a construção. Foi desenhado por um time de arquitetos composto pelos italianos Renzo Piano e Gianfranco Franchini e pelos britânicos Richard Rogers e Su Rogers, com assessoria do engenheiro britânico Peter Rice da empresa Arup

O complexo hospeda o Musée National d'Art Moderne, a Bibliothèque publique d'information (Biblioteca Pública de Informação) e o IRCAM, um centro para música e pesquisas acústicas, entre outros equipamentos culturais. Também faz parte do centro cultural o Atelier Brâncuși, que abriga esculturas do artista romeno Constantin Brâncuși em um ambiente que recria as condições de trabalho e a luminosidade de seu estúdio de criação


foto com visão frontal do Centro de Artes George Pompidou
Vista frontal do Centro de Artes George Pompidou, foto de Charles Leonard em shutterstock.com


b) Museu d'Orsay


O edifício, que actualmente alberga o museu, era originalmente uma estação ferroviária, construída para ligar Paris a Orleans, no local onde se erguera até 1871 um antigo palácio administrativo, o Palais d'Orsay. A estação foi inaugurada em 1898, a tempo da Exposição Universal de 1900. O projeto foi do arquitecto Victour Laloux. A estação foi fechada em 1 de Janeiro de 1973.

Em 1977, o governo francês decidiu transformar o espaço num museu. Os arquitetos Renaud Bardon, Pierre Colboc e Jean-Paul Philippon foram os responsáveis pela adaptação da estação. Foi inaugurado em 1 de Dezembro de 1986 pelo então presidente, François Mitterrand. 

Coleções

As coleções do museu provêm essencialmente de três locais: 

a) Museu do Louvre, as obras de artistas nascidos a partir de 1820, ou que tenham emergido no mundo da arte com a Segunda República;

b) Museu do Jeu de Paume, as obras impressionistas desde 1947

c) Museu de arte moderna de Paris, as obras mais recentes. 


 foto da ala do térreo do Museu Orsay
                                       Térreo do Museu d'Orsay, esculturas, foto de Pfeiffer em shutterstock.com


Estas colecções abrangem várias vertentes das artes plásticas tais como a pintura, a escultura, a fotografia entre outras. O Museu d'Orsay pode ser considerado o museu do impressionismo por excelência. Ele é o museu com a maior coleção e maior representatividade desse movimento espetacular da pintura. Nele estão expostas obras dos seguintes artistas:

  • Pierre Bonnard, Eugène Boudin, Gustave Caillebotte, Paul Cézanne, Camille Corot, 
  • Gustave Courbet, Honoré Daumier, Edgar Degas, Eugène Delacroix, Henri Fantin-Latour,
  • Antoni Gaudí, Paul Gauguin, Vincent van Gogh, Hector Guimard, Jean-Auguste-Dominique Ingres,
  • Gustav Klimt, Édouard Manet, Henri Matisse, Jean-François Millet, Piet Mondrian, Claude Monet,
  • Gustave Moreau, Berthe Morisot, Edvard Munch, Félix Nadar, Camille Pissarro,
  • Pierre Puvis de Chavannes, Pierre-Auguste Renoir, Auguste Rodin, Le douanier Rousseau,
  • Paul Sérusier, Georges Seurat, Paul Signac, Alfred Sisley, Henri de Toulouse-Lautrec,
  • James McNeill Whistler


c) Piramide do Louvre



A Pirâmide do Louvre é uma estrutura de forma piramidal, construída em vidro e metal, rodeada por três pirâmides menores, no pátio principal do Palácio do Louvre em Paris, França. A Grande Pirâmide serve de entrada principal do Museu do Louvre. Concluída em 1989, tornou-se um ponto de referência para a cidade de Paris.

Encomendado pelo então Presidente Francês François Mitterrand, em 1984, foi projetado pelo arquiteto I. M. Pei


foto da PirÂmide do Louvre à noite
Pirâmide do Louvre à noite, foto de Kiattisak Anoochitarom em shutterstock.com


Controvérsia

A construção da pirâmide provocou uma considerável controvérsia, porque muitas pessoas sentiram que o edifício futurista, parecia completamente fora de lugar em frente ao Museu do Louvre, com sua arquitetura clássica. Alguns detratores atribuíram-lhe como um complexo "faraônico" de Mitterrand. Outros, vieram para apreciar a justaposição de estilos e contrastantes de arquitetura, como uma fusão bem sucedida do velho e o novo, do clássico e o ultramoderno.

No início realmente a colocação da pirâmide parecia uma coisa fora de lugar. Com o passar do tempo fomos nos acostumando e hoje esse confronto de estilos em um lugar tão tradicional parece ser extamente o que deveria ser feito.


5. - O Centro Comercial de Les Halles


Desde o fim do século 12, funcionou no Les Halles, no centro de Paris, o grande mercado central da capital. Após sua transferência para fora da cidade, nos anos 1960, foi construído no lugar um shopping-center sem charme com vários níveis abaixo do solo e uma estação ferroviária. Este conjunto, inaugurado nos anos 70, foi chamado Forum des Halles. A partir de então, o que era considerado “a barriga” de Paris passou a ser chamado “o coração” da cidade.

Com o passar do tempo o local, apesar de sua posição privilegiada no centro da capital, acabou se tornando um lugar genérico, feio, conturbado, tenso. Quase 40 anos depois, um novo mega projeto de reforma foi colocado em execução e promete trazer de volta à região o frescor e a convivialidade de outrora.

A primeira etapa desse projeto foi recentemente inaugurada: se trata do centro comercial – cuja parte externa de 3 níveis foi construída do zero – e sua incrível cobertura chamada Canopée (dossel em português, fazendo alusão à parte superior das florestas, formada pelas copas das árvores).

foto da Canopy do Forum de Les Halles - Canopy é a construção em forma ondulada
A Canopy (Canopée) do forum de Les Halles, foto de HUANG Zheng em shutterstock.com


Nesses 3 níveis externos, além de lojas e restaurantes, se encontram também equipamentos culturais públicos voltados principalmente aos jovens que frequentam a região: biblioteca, conservatório, centro de hip hop, ateliês, mediateca etc. (fonte: https://www.conexaoparis.com.br/o-novo-les-halles/)


6.- Grandes Magazines - (Galerias Lafayette)


a) Galerias Lafayette


Galeries Lafayette Haussmann, a loja principal, está situada no Boulevard Haussmann no 9º arrondissement de Paris, próxima da Opera Garnier, na esquina da Rue La Fayette. Uma enorme variedade de marcas está disponível na loja para todos os orçamentos, desde pronto-a-vestir até alta costura. A arquitetura da loja é art nouveau, com uma cúpula notável e uma vista panorâmica de Paris que a tornou um ponto turístico da capital francesa. A Galeries Lafayette em Paris hospeda um popular desfile de moda semanal para os visitantes. 

História

Em 1893, Théophile Bader e Alphonse Kahn inauguraram um loja de 70 m2  na esquina da rue La Fayette com a rue de la Chaussée d'Antin, que vendia presentes inovadores. Em 1896, a empresa adquiriu todo o edifício no número 1, rue La Fayette, seguido em 1903 pelos números 38, 40 e 42 no Boulevard Haussmann, bem como no número 15, rue de la Chaussée d'Antin.

Arquitetura

Théophile Bader nomeou o arquiteto Georges Chedanne para chefiar as primeiras grandes reformas, concluídas em 1907. A cerimônia de inauguração desta loja aconteceu em outubro de 1912.

Em 1932, a loja foi reformada em estilo Art Déco pelo arquiteto Pierre Patou.

foto da cúpula das Galerias Lafaiete
Cúpula da Galeria Lafayette, foto de Ruslan Kalnitsky em shutterstock.com

A cúpula 

Construída pelo mestre vidreiro Jacques Grüber em estilo “Art nouveau” ou “Art déco”, a Cúpula é uma verdadeira joia arquitetônica que atrai multidões vindas do mundo inteiro.

Os atuais vitrais assumem a forma de uma imensa flor, composta por 10 feixes em um total de 1000 m², e são um elemento que não pode deixar de ser notado

Durante a Segunda Guerra Mundial, o domo foi desmontado para evitar que fosse destruído em caso de bombardeio e, sobretudo, para não permitir que, ao se quebrarem, os vitrais ferissem as pessoas.

Na primavera de 2021, a célebre Cúpula das Galeries Lafayette Paris Haussmann completou sua reforma, encerrando um canteiro de obras de mais de dois anos de duração, um dos mais importantes que o carro-chefe do Boulevard Haussmann já viu desde sua inauguração. Esta reforma de grande porte tinha como finalidade devolver a esta joia do Art Nouveau todo o seu esplendor e atender a uma necessidade de modernização e restauro.

7.- Cafés e Restaurantes


a) Café Procope


O Café Procope, na rue de l'Ancienne Comédie, 6.º bairro de Paris, é considerado o café mais antigo de Paris em operação. Foi inaugurado em 1686 pelo chef siciliano Procopio Cutò (também conhecido pelo seu nome italiano de Francesco Procopio dei Coltelli e pelo seu nome francês de François Procope), e foi um local de encontro da comunidade artística e literária de Paris nos séculos XVIII e XIX. O café original fechou em 1872 e só voltou a reabrir como café na década de 1920.

 foto da fachada do Café Le Procope
Frontal do café Le Procope, foto de MarinaD_37 em shutterstock.com


b) Restaurante - Le train bleu (Gare du Lyon)


Le Train Bleu ("O trem azul") é um restaurante localizado no saguão da estação ferroviária Gare de Lyon , em Paris , França . Foi designado Monumento Histórico em 1972.

O restaurante foi originalmente criado para a Exposição Universal (1900) . Cada sala de jantar ornamentada é temática para representar cidades e regiões da França e são decoradas com 41 pinturas de alguns dos artistas mais populares da época.

Inicialmente chamado de "Buffet de la Gare de Lyon", foi renomeado "Le Train Bleu" em 1963, após o famoso trem de mesmo nome.

foto do interior do restaurante Le Train Bleue
Vista do restaurante Le Train Bleue, Gare du Lyon, Paris, foto de Ruslan Kalnitsky em shutterstock.com

Atualmente para garantir uma reserva para almoço ou jantar deve-se usar o site.


c) Brasserie du Lipp, uma brasserie ilustre em Paris


Inaugurada no final do século XIX no coração de Saint-Germain des Près, a brasserie Lipp com sua soberba decoração Art Nouveau ainda é uma verdadeira estrela germanopratina.

Este conceituado restaurante adornado com grandes espelhos rodeados de cerâmicas pintadas com motivos florais , viria a tornar-se, sob a liderança de Roger Cazes, uma das moradas preferidas do pequeno mundo da política e da literatura.

De Proust a Hemingway, ou Malraux , inúmeras celebridades passaram por aqui.

foto do salão da Brasserie Lipp
Brasserie Lipp, foto Paris Gourmand

O que certamente explica por que esta casa é conhecida em todo o mundo, daí uma boa mistura entre turistas visitantes e os parisienses mais autênticos (mas um conselho, faça o possível para conseguir uma mesa no térreo, sendo o andar reservado para anônimos e estranhos!).

Apesar desta celebridade, os preços não sobem, com entre os must-haves da casa, as cervelas remoulade, um bom pé de porco recheado, ou um clássico rum baba. Os frequentadores (e há alguns!) costumam ter seu dia favorito dependendo das especialidades do dia, como perna de cordeiro na terça, cassoulet na quinta ou bife de sal grosso à la ménagère no domingo. Carta de vinhos curta, mas com tudo o que precisa, e até alguns vinhos “a copo”.

Fonte: texto e comentários de Paris Gourmand


d) Boulangerie Utopie


Esta padaria no 11º arrondissement é uma das mais populares da capital. A fila que se espalha pela calçada na hora do almoço prova isso. Seb e Erwan, os dois padeiros até ganharam o prêmio de Melhor Padaria da França. No menu: produtos caseiros, frescos e originalidade. Por isso, não hesite e venha provar o seu pão de carvão vegetal que atrai tantos clientes. (fonte: vivre_paris.fr)

foto do balcão da Boulangerie Utopie
Boulangerie Utopie, Paris

e) Pâtisserie Yann Couvreur Marais


Agora no Marais,  na muito turística rue des Rosiers está a mais nova das lojasÉ uma loja comprida com uma decoração ao mesmo tempo cuidada e discreta, feita de madeira e plantas verdes, que deixa os trabalhos feitos nos doces mostrarem bem os seus encantos. Ao todo, oito doces são oferecidos ao longo do ano. O menu muda de acordo com as estações e os desejos do chef. Aqui, nada é muito doce ou excessivamente gorduroso, e sem corantes!

foto da fachada da Patisserie Yann Couvreur
Patisserie Yann Couvreur, Marais, Paris, foto 

Pastéis / Folhados espetaculares? O mil-folhas com baunilha de Madagascar,  em cinco folhas. Pavlova de morango. O arejado cheesecake de damasco e coentro (€5,90) ou o brioche torrado, estão bem aos seus olhos para sua escolha. fonte: https://www.timeout.fr/paris/shopping/patisserie-yann-couvreur-marais-1

8.- Referências

Wikipedia: Piramide do Louvre - Museu d'Orsay - Le Train Bleue
Paris Gourmand - https://www.parisgourmand.com/restaurant-paris/lipp.html
https://www.timeout.fr/paris/shopping/patisserie-yann-couvreur-marais-1

9. - Outras postagens da série

História de Paris, França - 01 (fundação ao século XV)
https://historiacomgosto.blogspot.com/2018/07/historia-de-paris-franca-01.html

História de Paris, França - 02 (Século XV ao Século XVII)

História de Paris, França 03 século XVII ao século XVIII

História de Paris, França - 04 (Quase cem anos de revoltas, guerras e transformações)
Esse capítulo trata do período mais tumultuado da história de Paris e da França. O período entre 1789 e 1870, que englobou a revolução francesa e todas as suas consequências.

História de Paris V - Da belle époque ao período entre guerras

Essa postagem se refere ao período de ouro de Paris vivido entre 1870 a 1914 (primeira guerra mundial) e  depois o período entre as duas grandes guerras de 1919 a 1939. Foi um período de grande efervescência artística e cultural.

História de Paris, França - 06 (2a Guerra Mundial - Paris Ocupada) https://historiacomgosto.blogspot.com/2022/02/historia-de-paris-franca-06-2a-guerra.html

domingo, 20 de fevereiro de 2022

História de Paris, França - 06 (2a Guerra Mundial - Paris Ocupada)

 I. Introdução - "Entreguerras"


Entreguerras é a denominação dada ao período do século XX que se estende do fim da Primeira Guerra Mundial, em 11 de novembro de 1918, até o início da Segunda Guerra Mundial, em 1 de setembro de 1939.

O período foi marcado pela Grande Depressão, associada a graves tensões sociais e políticas, culminando com a ascensão dos regimes totalitários em alguns países europeus, o que neste período ocorreu também no resto do mundo.

Esse período entreguerras pôs fim à hegemonia do capitalismo, quando o socialismo foi colocado em prática.


Desenho de autor desconhecido representando Stalin, Mussolini e Hitler os ditadores europeus
Desenho de autor desconhecido, não consegui identificar a origem

As consequências do conflito foram sentidas durante anos. Tanto derrotados quanto vitoriosos sofreram enormes perdas. A grande guerra deixou um saldo de milhões de mortos, cidades destruídas, economias falidas e conflitos sociais. A reconstrução da Europa enfrentou dificuldades colossais: recuperação e modernização do parque industrial, carência de matérias-primas básicas e desemprego. A fome ameaçava milhões de cidadãos desempregados, muito embora a pobreza do Império Britânico tenha se reduzido. O sentimento de civismo europeu foi abalado por estas graves consequências

Estes graves problemas sócio-econômicos e políticos foram as causas da Segunda Guerra Mundial(fonte: wikipedia)


II. - Segunda Guerra Mundial  


Hitler desafiou os tratados de Versalhes e de Locarno com a remilitarização da Renânia, em março de 1936. Ele recebeu pouca resposta de outras potências europeias.  Quando a Guerra Civil Espanhola começou em julho, Hitler e Mussolini apoiaram as forças nacionalistas fascistas e autoritárias em guerra civil contra a República Espanhola, esta última era apoiada pela União Soviética. Os dois lados usaram o conflito para testar novas armas e métodos de guerra,  tendo os nacionalistas como vencedores no início de 1939. 

Em outubro de 1936, Alemanha e Itália formaram o Eixo Roma-Berlim. Um mês depois, a Alemanha e o Japão assinaram o Pacto Anticomintern, com a adesão da Itália no ano seguinte. Na China, após o incidente de Xi’an o Kuomintang e as forças comunistas concordaram com um cessar-fogo, com o objetivo de apresentar uma frente unida para se opor à invasão japonesa.


foto de soldados alemães ergeundo uma barreira

foto da Batalha de Varsóvia mostrando muitos soldados poloneses nas ruas com grandes casacos para proteção do frio do inverno
Batalha de Varsóvia

O primeiro dia de setembro de 1939 é geralmente considerado o início da guerra, com a invasão alemã da Polônia; o Reino Unido e a França declararam guerra à Alemanha nazista dois dias depois. Outras datas para o início da guerra incluem o início da Segunda Guerra Sino-Japonesa, em 7 de julho de 1937.

III. - A Conquista de Paris


A estratégia francesa de defesa estava baseada na Linha Maginot, um conjunto de trincheiras construído após a Primeira Guerra Mundial. A Linha Maginot cobria toda a fronteira entre Alemanha e França, começando ao Sul, perto da Suíça, e terminando na fronteira com Luxemburgo, nas Ardenas. Com essa linha, os franceses tinham os seguintes objetivos:

  • Evitar um ataque surpresa
  • Dar tempo para o exército francês se mobilizar (2-3 semanas)
  • Economizar forças (França tinha apenas 39 milhões de habitantes, contra 70 milhões de habitantes da Alemanha)
  • Proteger a Alsácia e Lorena e suas indústrias
  • Ser o ponto de partida para um contra-ataque
  • Forçar um ataque alemão pelos flancos (Bélgica ou Suíça)


foto de um bunker da linha marginot
Bunker da linha maginot, foto de John C. Watkins V em Wikipedia

Batalha da França, também conhecida por Queda da França, foi a invasão da França e do Belgica, Países Baixos e Luxemburgo pela Alemanha Nazista, em 10 de Maio de 1940 durante a Segunda Guerra Mundial .

Unidades blindadas alemãs atravessaram a região florestal das Ardenas, flanqueando a Linha Maginot e derrotando os defensores Aliados. A Força Expedicionária Britânica foi evacuada no que ficou conhecido como a Batalha de Dunquerque na Operação Dínamo, e muitas unidades francesas juntaram-se à Resistência ou passaram ao lado dos Aliados.

A Itália declarou guerra à França em 10 de junho. Paris foi ocupada em 14 de junho, e o Governo Francês fugiu para Bordeaux no mesmo dia.

Em 17 de junho, o Marechal Pétain anunciou publicamente que a França iria propor um armistício, que foi assinado pela França e a Alemanha em 22 de junho, quando se deu a rendição do Segundo Grupo do Exército Francês. O armistício entrou em vigor a 25 de junho. Para o Eixo, a campanha foi uma vitória espetacular.


IV. - A Ocupação de Paris


Paris sofreu a ocupação alemã entre 14 de junho de 1940 e o 24 de agosto de 1944. Esta ocupação é caracterizada pela escassez de alimentos, pela ditadura do ocupante e pelos ataques aos judeus.

foto do exército alemão desfilando na Champs Elysées em Paris com o arco do triunfo ao fundo
Exército alemão desfila na Champs Elysées após conquista da cidade


Os alemães marcam seu território simbolicamente substituindo as bandeiras francesas pela bandeira nazista nos prédios públicos, nas sedes da República, como a Assembleia Nacional e o Senado. A Wehrmacht marcha na Champs-Élysées. Desde o início, existe essa "força declarada de ocupação”, embora uma das preocupações do ocupante alemão seja manter a paz civil.  Os residentes estão proibidos de sair. Os soldados alemães, por sua vez, receberam ordens de se comportar bem sob pena de sanções;  

Visita de Hitler à Paris


Continuando sua viagem vitoriosa pelas capitais europeias, Adolf Hitler visitou Paris , cidade que o fascinou, pela primeira vez em 18 de junho de 1940. Essa visita foi muito rápida e ele praticamente visitou as tropas e voltou para Munique.  
foto de Htiler e seus generais no Trocadero com a torre Eiffel ao fundo
Presença de Hitler em Paris após a conquista da cidade

No dia 23 ou 28 de junho   visitou  a capital francesa uma segunda vez, sempre de forma breve e discreta (três veículos) na companhia do escultor Arno Breker e dos arquitetos Albert Speer e Giesler, principalmente para se inspirar no seu planejamento urbano (ele havia dado a ordem de poupar a cidade durante as operações militares)A partir das seis horas da manhã, vindo do aeródromo Le Bourget , desce a rue La Fayette , entra na Ópera , que visita em detalhe. Ele pega o boulevard de la Madeleine e rue Royale , chega a Concorde , depois ao Arco do Triunfo . A  comitiva desce a avenida Foch , depois vão ao TrocadéroHitler posa para os fotógrafos na Esplanade du Trocadéro, de costas para a Torre EiffelEles então vão para a escola militar , depois para os Invalides e meditam longamente diante do túmulo de Napoleão I. Hitler quis posar como o novo Napoleão da Europa. Nesse dia Hitler praticamente visitou os principais monumentos da capital francesa. 
   

V. - A Vida na Paris ocupada


a) Paris não era mais a capital dos franceses livres


O acordo firmado pelos alemães e o então presidente francês François Lebrun dividiu a França em duas: a zona ocupada pelos nazistas e a zona não ocupada (zona livre),  governada pelos franceses e com a capital na cidade de Vichy, ao sul.   Nos termos do acordo, o exército francês deveria ser dissolvido. Além disso, a França deveria arcar com o custo da invasão alemã.

b) Trânsito de veículos civis proibido


Carros particulares, Taxis e Ônibus foram proibidos de circular pela cidade, sendo permitido somente o trânsito de veículos militares ou com autorização especial dos nazistas.

c) Transferência de obras do Louvre


Em 1938, quando Hitler invadiu a Áustria e parte da Tchecoslováquia, autoridades francesas, prevendo o pior, iniciaram a operação de transferência das obras de arte do Museu do Louvre para castelos fora de Paris, longe do alvo dos alemães. Usando empresas de transporte, milhares de obras de arte, embaladas em caixas de madeira seguiram, sem nenhuma escolta ou segurança, para o Vale do Loire. Um total de 5.446 caixas foram transferidas em mais de 200 viagens.

foto de corredor do Louvre vazio dirante a guerra
O Louvre durante a guerra


d) Funcionamento dos Cinemas


Depois da tomada de Paris pelos alemães, todos os cinemas foram fechados. No dia 25 de junho, depois da assinatura do armistício, sessenta cinemas reabriram suas portas em Paris, dos quais quatro ficaram reservados às tropas alemãs.  A partir de julho, foram reabrindo outros cinemas. Apesar do clima tenso, os cinemas, bares e cabarés viviam cheios durante a ocupação, porém os filmes americanos e ingleses foram banidos, assim como o jazz, pois, de acordo com um jornal que colaborava com a ocupação, tinham um sabor “negro-judeu”. 

Durante a exibição dos filmes de propaganda do poder instalado ou do jornal cinematográfico alemão – que era exibido em versão francesa com o título de “Actualités Mondiales” – os espectadores vaiavam e a projeção continuava com a sala semi-iluminada (foto acima), a fim de que a polícia municipal pudesse identificar melhor os manifestantes. Nas salas de espera, os exibidores colocavam cartazes pedindo ao público que não vaiasse, porque o cinema poderia ser fechado caso isso ocorresse.

e) Publicações de Jornais, Livros e Revistas


Toda a publicação de jornais, livros e revistas era censurada e submetida a aprovação dos nazistas para a sua publicação. Algumas livrarias e editoras eram autorizadas a imprimir e vender livros desde que aceitassem a determinação dos nazistas. Alguns autores eram "proibidos /  vetados" e sua permanência na cidade desaconselhada.

f) Férias e Divertimento para os Nazistas (Paris, a festa continuou!?)



foto da capa do livro Paris a festa continuou
Permanecer em Paris era um prêmio para os oficiais alemães. Para eles Paris era uma colônia de férias. Festas e mais festas aconteciam regadas ao bom vinho e champanhe frances. 


g) Os Filhos da Ocupação


Depois do fim da guerra, estatísticas apontavam pelo menos 200.000 “filhos da ocupação”, que eram crianças nascidas dos relacionamentos de mulheres francesas com oficiais alemães neste período. Estas mulheres foram reconhecidas como “nacionalmente indignas” e sofreram, além da degradante humilhação em público, penas de seis meses a um ano de prisão, seguida da perda total de direitos civis por mais um ano, quando ainda eram violentadas e insultadas nas ruas. Muitas tinham a cabeça raspada e outras humilhações.  Muitas, não suportaram a vergonha daquela situação e sucumbiram cometendo suicídio.

fonte: https://parissempreparis.com/12-coisas-que-voce-nao-sabia-sobre-ocupacao-nazista-em-paris/


VI. - Perseguição aos judeus - Episódio do Vel d'hiver

No acordo de rendição os franceses se comprometeram a entregar todos os judeus aos alemães. Em 1942 as medidas contra os judeus na França se intensificaram. Em maio, os judeus foram forçados a usar a Estrela Amarela e, em junho, a SS se reuniu com oficiais franceses para coordenar operações em todo o país.

O velodrome d'hiver (O velódromo de inverno)


O Vel d’Hiv foi o nome dado ao Velodrome d’Hiver (Pista de Ciclismo de Inverno). Este foi o local em Paris onde entre 7.000 e 13.000 judeus estrangeiros e apátridas, 3.000 deles eram crianças, foram concentrados após as detenções em toda a cidade em 16-17 de julho de 1942 pela polícia e oficiais franceses. Após cinco dias, os prisioneiros foram transferidos para campos de trânsito e depois para Auschwitz, onde a grande maioria deles foi morta.

Na França e em Paris algumas organizações anti-semitas já existiam antes da chegada dos alemães, lógico que não era na escala de violência adotada.

foto do velódromo d'hiver, ou velódromo de inverno de Paris,  no evento Nunca Mais, que marcou uma rememoração do acontecido no local
                                         Episódio de recordação do evento ("Nunca mais 16/07/1942)

Mais recentemente, em 16/07/2017, o Presidente Emmanuel Macron reafirmou neste , ao lado do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, a responsabilidade da França na chamada "rafle du Vel' d'Hiv'" (ataque ao velódromo de inverno), que levou à deportação de judeus sob as ordens do governo colaboracionista francês em julho de 1942. O presidente afirmou que "foi a França que organizou a rafle" e que o regime de Vichy, "apesar de não representar todos os franceses, era o governo da França" naquele momento.


VII. - Resistência francesa


Resistência Francesa, chamada na França de La Résistance, designa o conjunto de movimentos e redes que durante a Segunda Guerra Mundial prosseguiu a luta contra o Eixo e os seus delegados colaboracionistas desde do armistício do 22 de Junho de 1940 até à Liberação em 1944. Seus membros eram conhecidos como partisans ("partidários", em francês).

foto de um soldado e um civil armado mostrando a resistência francesa
Resistência Francesa
A Resistência foi um movimento formado por franceses que não aceitavam a submissão do Estado Francês ao poder nazista, e que se encontravam desiludidos com Pétain e com a política colaboracionista. A instauração da Revolução Nacional pôs fim aos partidos e aos sindicatos, para servir os ditos interesses "patriotas", forçando os dispersos grupos de resistência a unirem-se na luta contra o inimigo comum, para alcançarem a libertação do país.


A 18 de junho de 1940 o General de Gaulle apelou (pela rádio) aos franceses com competências militares para se juntarem a ele em Londres. Os que responderam ao apelo são classificados como membros da «France libre» (França livre) ou resistentes do exterior.

foto do general Charles de Gaulle
De Gaulle
A resistência do interior diz respeito aos homens e mulheres que, em França, seja na zona ocupada (chamada zona Norte), seja em zona livre (zona Sul, não ocupada até novembro de 1942), se organizaram para perpetrar ações contra as forças da Alemanha nazi, portanto contrárias à legalidade do invasor ou do governo de Vichy.


Em sua origem (1940), a França livre criou diversas redes de informação na metrópole, e os primeiros contactos com os movimentos de resistência interiores foram estabelecidos em finais de 1941. A unificação das duas resistências sob o comando do general de Gaulle foi principalmente dirigida por Jean Moulin, em 1942-1943. Foi como simbolismo dessa resistência comum entre a «França cativa» e a «França livre» que esta última foi renomeada em julho de 1942 para «França combatente».


VIII - Colaboracionismo x Resistência


Esse episódio da Ocupação alemã e do colaboracionismo com o ocupante nazista, simbolizado pelo general Henri Philippe Pétain (1856-1951) e o governo de Vichy, e a atuação da resistência francesa para a libertação, se perpetua na história francesa gerando sempre discussões sobre os papéis de um ou outro, e o que poderia ter sido feito em oposição.  

IX. - Libertação e Paris salva da destruição total - (Dietrich von Choltitz)


foto do exército americano desfilando pelas Champs Elysées comemorando a liberação de Paris
Liberação de Paris, foto de Jack Downey, U.S. Office of War Information, fonte Wikipédia


Quando os aliados invadiram a Normandia no chamado “Dia D” e as tropas aliadas chegavam perto de Paris, Hitler deu a ordem para deixar Paris arrasada por explosões de dinamite nas pontes e grandes edificios e bombas incendiárias nos bairros centrais. O General alemão Dietrich von Choltitz, um amante das artes e consciente do que Paris representa para o mundo, interrompeu as comunicações com o alto comando alemão e negou-se a deixar tudo em ruínas. Desta forma as pontes históricas, o Louvre, e tantas outras edificações se salvaram intactas.

foto do General Dietrich von Choltitz que evitou a destruição de Paris descumprinod as ordens de Hitler
Dietrich von Choltitz
Dietrich von Choltitz, recebeu no dia 23, o seguinte telegrama: 
“A cidade não deve cair nas mãos do inimigo, a não ser que esteja devastada”. Conta-se que Hitler telefonou para Choltitz perguntando aos berros: “Brennt Paris?” (“Paris está em chamas ?”). 

Para alguns historiadores, a decisão de manter a Cidade Luz intacta nasceu de uma conversa com o prefeito parisiense, Pierre Taittinger. O francês disse ao alemão que ele voltaria ali algum dia e pens... pensaria que teve o poder para destruir tudo aquilo, mas decidiu preservar a cidade. 

Choltitz de fato voltou ao hotel Meurice, o local do diálogo, em 1959. Reconhecido pelo barman, pediu para visitar seu antigo quarto. Foi ao balcão e olhou para as Tulherias. Depois de um longo silênc... 


Leia mais em: https://super.abril.com.br/historia/o-inimigo-que-salvou-paris/


X. - Referências


https://parissempreparis.com/12-coisas-que-voce-nao-sabia-sobre-ocupacao-nazista-em-paris/

https://super.abril.com.br/historia/o-inimigo-que-salvou-paris/

https://aboutholocaust.org/pt/facts/o-que-aconteceu-no-vel-d-hiv

Wikipedia: Ocupação de Paris


XI. Outras Publicações da Série


História de Paris, França - 01 (fundação ao século XV)
https://historiacomgosto.blogspot.com/2018/07/historia-de-paris-franca-01.html

História de Paris, França - 02 (Século XV ao Século XVII)

História de Paris, França 03 século XVII ao século XVIII

História de Paris, França - 04 (Quase cem anos de revoltas, guerras e transformações)
Esse capítulo trata do período mais tumultuado da história de Paris e da França. O período entre 1789 e 1870, que englobou a revolução francesa e todas as suas consequências.

História de Paris V - Da belle époque ao período entre guerras

Essa postagem se refere ao período de ouro de Paris vivido entre 1870 a 1914 (primeira guerra mundial) e  depois o período entre as duas grandes guerras de 1919 a 1939. Foi um período de grande efervescência artística e cultural.

História de Paris, França - 06 (2a Guerra Mundial - Paris Ocupada)
https://historiacomgosto.blogspot.com/2022/02/historia-de-paris-franca-06-2a-guerra.html

História de Paris, França 07 - Paris contemporânea (Séculos XX e XI)