Todos os Anjos da Ponte de Santo Ângelo em Roma (Bernini e outros)

1. - A Ponte de Santo Ângelo

A Ponte Sant'Angelo, é uma ponte que liga a Piazza di Ponte S. Angelo ao Vaticano, em Roma.

Foi construída em Roma em 134 pelo imperador Adriano , em um projeto de um certo Demetriano, para conectar seu mausoléu à margem esquerda .

Na Idade Média, era usada pelos peregrinos que se dirigiam para a basílica de San Pietro e também era conhecida como a "ponte de San Pietro". No século VI, sob o papa Gregorio Magno, recebeu o nome de "Ponte Sant'Angelo" de Castel Sant'Angelo (originalmente o mausoléu de Adriano).

Início da Ponte de Santo Ângelo, Roma, foto HistoriacomGosto

Em 1535, o Papa Clemente VII colocou as estátuas de São Pedro e São Paulo na entrada da ponte, às quais foram acrescentadas outras estátuas representando os quatro evangelistas e os patriarcas Adão, Noé, Abraão e Moisés.

a) As estátuas de Pedro e Paulo

No início da ponte, no lado oposto ao castelo, estão as estátuas de São Pedro e São Paulo. O primeiro segura as chaves do céu e o segundo segura uma espada. Ambos os santos são frequentemente representados com esses dois símbolos. 

Em particular, São Paulo é representado com uma espada porque ele próprio, na carta aos efésios, usou essa arma como um símbolo da luta contra o mal. De fato, dentro da carta ele descreve a armadura de Deus e convida todos os homens a usá-la. No final da descrição, a espada aparece, uma alegoria da Palavra de Deus ( Ef 6,17 ).

Obs: As duas fotos da sequência são de autoria de Marie-Lan Nguyen e coletadas no Wikimedia sob a licença Commons.

São Pedro

São Paulo

As duas gravuras na base das estátuas, respectivamente, diziam: "Hinc humilibus venia" e "Hinc retributio superbis". Isso é "Dai o perdão para os humildes" "Daí a recompensa dos orgulhosos". Como se dissesse que a passagem por esse caminho obrigatório renderá aos humildes e orgulhosos o que eles merecem, respectivamente.

2. - As estátuas dos Anjos

As estátuas dos anjos foram encomendadas pelo Papa Clemente IX em 1667. Em 1669, o Papa ordenou a construção de um novo parapeito, também projetado por Bernini, sobre o qual foram colocadas as estátuas em 1670. 

As estátuas dos Anjos e suas representações

As dez estátuas foram confeccionadas representando Anjos com os instrumentos da Paixão.  

As estátuas dos anjos foram feitas pelos estudantes de Gian Lorenzo Bernini sob sua direção, exceto pelos dois anjos que carregavam a cartela do INRI e a coroa de espinhos esculpidos pelo próprio Bernini. Estes últimos, no entanto, nunca foram colocados na ponte porque foram imediatamente considerados muito bonitos para serem expostos às intempéries do tempo. Em seu lugar, cópias foram colocadas e os originais foram doados em 1729 pelos herdeiros do artista à Basílica de Sant'Andrea delle Fratte, onde ainda hoje são mantidos. 

Das estátuas anteriores, restam apenas as de Pedro e Paulo.

Sequência 01

Os anjos na ponte mostram aos homens as ferramentas da Paixão de Cristo .

Anjo com Flagelos	Anjo com Coluna
Anjo com coroa de espinhos

Obs: Todas as fotos da sequência são de autoria de Marie-Lan Nguyen e coletadas no Wikimedia sob a licença Commons.

Os dois primeiros mostram os instrumentos do açoite, e o terceiro mostra o anjo com a coroa de espinhos:

1. Anjo com flagelos (escultor Lazzaro Morelli , inscrição " In flagella paratus sum "/ "Estou pronto para o flagelo").

2. Anjo com a coluna (escultor Antonio Raggi , inscrição " Tronus meus in columna " / "meu trono está na coluna").

3. "Anjo com a coroa de espinhos" - a escultura original de Bernini e seu filho Paolo nunca foi colocada na ponte e foi colocada no século XVIII na igreja de Sant'Andrea delle Fratte . A escultura na ponte é uma cópia do escultor Paolo Naldini (inscrição " In aerumna mea dum configitur spina " / "Na minha tribulação o espinho gruda"),

Sequência 02

O quarto anjo mostra o véu que, segundo a tradição cristã, uma mulher chamada Veronica limpou o sangue do rosto de Jesus. O quinto mostra a túnica de Jesus que os soldados dividiram por sorteio, e o sexto mostra os cravos usados na crucificação.

Anjo com a mortalha	Anjo com o manto
Anjo com cravos

Obs: Todas as fotos da sequência são de autoria de Marie-Lan Nguyen e coletadas no Wikimedia sob a licença Commons.

• Anjo com a mortalha ou Anjo com a Santa Face (escultor Cosimo Fancelli , inscrição " Respice faciem Christi tui " / "Veja a face do seu Cristo").

• Anjo com o manto e os dados (escultor Paolo Naldini , inscrição " Super vestem meam miserunt sortem " / "Sobre as minhas vestes lançaram sorte").

• Anjo com cravos (escultor Girolamo Lucenti , inscrição " Aspiciant ad me quem confixerunt " / "Olhem para mim a quem transpassaram").

Sequência 03

O sétimo anjo mostra a cartela com a inscrição INRI, indicando que ele foi condenado por se declarar o rei dos judeus. O oitavo mostra a cruz da crucificação e o nono a esponja que eles deram a Jesus para beber, com ela embebida em vinagre.

Anjo com cartela de inscrição	Anjo com a cruz
Anjo com esponja

Obs: Todas as fotos da sequência são de autoria de Marie-Lan Nguyen e coletadas no Wikimedia sob a licença Commons.

• Anjo com a cartela: o original esculpido por Bernini junto com seu filho Paolo, não foi colocado na ponte e foi transferido para a igreja de Sant'Andrea delle Fratte no século 18 e substituído por uma cópia do próprio Bernini com a ajuda do escultor Giulio Cartari (inscrição  " Cuius principatus super humerum eius " / "o seu reino ele carrega sobre os ombros").

• Anjo com a cruz (escultor Ercole Ferrata , inscrição" Regnavit a ligno deus " / "Deus reinou pendurado na madeira da cruz").

• Anjo com esponja (escultor Antonio Giorgetti , inscrição " Potaverunt me aceto "/"Me deram vinagre para beber").

Sequência 04

O último anjo da série se apresenta com a lança com a qual Jesus foi transpassado.

Anjo com a lança, foto de autoria de Marie-Lan Nguyen
wikimedia commons

• Anjo com a lança (escultor Domenico Guidi , inscrição " Vulnerasti cor meum " / "Meu coração está partido").

3. - Arcanjo Miguel

Ao fundo, no topo do Castel Sant'Angelo, fica uma estátua do Arcanjo Miguel. Não é de Bernini, mas compõe o cenário. 

Segundo algumas interpretações das Escrituras, o Arcanjo Miguel tocará a trombeta que anunciará a segunda vinda de Cristo na Terra (1 Ts 4,16 ). 

Sua estátua foi colocada nessa posição por volta de 600 dC pelo Papa Gregório Magno, porque ele teve uma aparição do arcanjo que, do alto do edifício, colocava a espada em sua bainha. Com essa visão, o pontífice deduziu que as orações haviam sido ouvidas e que a peste que se espalhara na cidade logo terminaria. O que de fato aconteceu.

Ao longo dos anos, a estátua, originalmente em madeira, foi destruída e substituída várias vezes. O que se pode admirar hoje é a sexta versão criada e que foi colocada no topo do Castel Sant'Angelo em 1753.

Arcanjo Miguel, topo Castelo Santo Ângelo, Roma, foto HistoriacomGosto

4. - Ponte de Santo Ângelo  sobre o Tibre

Vista da Ponte de Santo Ângelo sobre o rio Tibre.

Ponte de Santo Ângelo, foto HistoriacomGosto

5. Castelo de Santo Ângelo 

Tudo começou em 135 DC quando o imperador Adriano pediu ao arquiteto Demetriano que construísse um mausoléu funerário para ele e sua família, inspirado no modelo do mausoléu de Augusto , mas com dimensões gigantescas. As obras duraram vários anos e foram concluídas por Antonino Pio em 139 .

Em 403 o imperador do Ocidente Honório incluiu o edifício nas Muralhas Aurelianas : a partir desse momento o edifício perdeu sua função original de sepulcro, tornando-se uma fortaleza, um baluarte avançado além do Tibre em defesa de Roma.

Segundo a tradição, o monumento recebeu o nome atual em 590 . Visto que Roma estava assolada por uma grave peste, o Papa Gregório I decidiu organizar uma solene procissão penitencial. Enquanto o pontífice, conduzindo a procissão, atravessava a Ponte Elio, teve uma visão do arcanjo Miguel que, no topo da Mole Adriana, embainhava sua espada: isso foi interpretado como um sinal celestial anunciando o fim iminente da epidemia, que realmente aconteceu. A partir desse momento o local ficou conhecido como Castel Sant'Angelo :

6.- Referências

Wikipedia Italiana - Ponte de Sant'Angelo

Wikimedia Commons - Todas as fotos das esculturas da Ponte de autoria de Marie-Lan Nguyen

Fotos da Ponte e do Arcanjo Miguel, autoria HistoriacomGosto

Galeria Borghese, simplesmente "extasiante"

1. - Galeria Borghese

1.1 - Introdução

A Galeria Borghese é uma galeria de arte em Roma, localizada na antiga Villa Borghese. A Galleria Borghese abriga uma parte substancial da coleção de pinturas , esculturas e antiguidades, iniciada pelo cardeal Scipione Borghese, sobrinho do papa Paulo V (papado de  1605–1621). 

A Villa foi construída pelo arquiteto Flaminio Ponzio, baseado em esboços do próprio Scipione Borghese, que o utilizou como vila suburbana, uma vila rural nos arredores de Roma.

Frente da Galeria Borghese, foto historiacomgosto

1.2 Scipione Borghese

Originalmente chamado Scipione Caffarelli, nasceu em Artena , filho de Francisco Caffarelli e Ortensia Borghese. Seu pai teve dificuldades financeiras, então a educação de Scipione foi paga pelo tio materno Camillo Borghese. Após a eleição de Camillo ao papado como Papa Paulo V, em 1605, ele rapidamente conferiu um cardealismo a Scipione e deu-lhe o direito de usar o nome e o brasão de armas borghese.

No padrão clássico do nepotismo papal, o cardeal Borghese exercia um poder enorme como secretário do papa e chefe efetivo do governo do Vaticano. Por conta própria e em nome do papa, ele acumulou uma enorme fortuna através de taxas e impostos papais e adquiriu vastas propriedades para a família Borghese.

Scipione recebeu muitas honras de seu tio. Tornou-se superintendente geral dos Estados papais, legado em Avignon, arcebispo das basílicas de Latrão e Vaticano, prefeito da Assinatura da Graça, abade de Subiaco e San Gregorio da Sassola, no coeliano, e bibliotecário da Igreja Católica Romana. Ele também assumiu os cargos da Grã-Penitenciária, secretário dos Briefs Apostólicos, Arcebispo de Bolonha, protetor da Alemanha e dos Países Baixos, dos Habsburgos , das Ordens dos Dominicanos, do santuário de Loreto e da guarda suíça, e numerosas outras posições eclesiásticas. Em cada um desses escritórios, o cardeal recebeu bolsas.

Como cardeal sobrinho (posto oficial até sua abolição em 1692), Borghese foi encarregado dos assuntos políticos internos e externos dos Estados papais. Além disso, Paulo V confiou a seu sobrinho a administração das finanças do papado e da família Borghese.

Borghese despertou muita controvérsia e ressentimento ao utilizar numerosos "presentes" do governo papal para financiar os investimentos da família Borghese.

Scipione Borghese foi um dos primeiros patrocinadores de Bernini e um ávido colecionador de obras de Caravaggio.

1.3. - A Vila Borghese

A Vila Borghese é o quarto maior parque de Roma com cerca de 80 hectares.

Iniciada no final do século XVI, quando a família Borghese, adquiriu terras ao norte de Roma, nos arredores de Porta Pinciana, para criar gradualmente um enorme parque. No mesmo período, a família Borghese estendeu sua influência na aristocracia romana, especialmente quando Camillo Borghese foi eleito Papa em 1605 sob o nome de Paulo V. A família realizou importantes obras de construção: uma vila em seu parque Pincio.

Bosque da Galeria Borghese, foto historiacomgosto

O projeto começou em 1607 e foi confiado ao arquiteto Flaminio Ponzio. Já em março de 1613, obras da importante coleção realizada pelo cardeal Scipione Borghese , sobrinho do papa Paulo V, foi transferido do Palazzo Dal Borgo , onde os irmãos do papa moravam, para a Villa del Pincio.

A villa, cuja arquitetura é inspirada nas Villa Medici e Villa Farnesina, com um pórtico que se abre para os jardins, é então decorada no estilo característico do século XVI. Toda a fachada é decorada com 144 baixos-relevos e 70 bustos. 

O Jardim zóologico de Roma se situa na parte norte da Vila Borghese.

O Jardim Zóologico se situa na área da Galeria Borghese, foto historiacomgosto

A partir de 1770, Marcantonio IV Borghese contratou Antonio Asprucci para renovar completamente o interior da vila. Este último convidou muitos escultores, pintores e produtores de mármore para cuidar das decorações sempre visíveis. Afrescos, estuques e decorações em mármore policromado são executados. A maioria das pinturas representa a história da família: do místico herói romano Marcus Furius Camillus aos borghese da época.

O complexo - caso único entre as grandes vilas patrícias da cidade, foi comprado pelo Estado italiano em 1901 e cedido ao município de Roma em 1903 para ser permanentemente aberto ao público ,

1.4 - O museu 

Em 1902, foi transformado em museu, após a aquisição pelo Estado italiano de coleções pertencentes à família Borghese. O primeiro diretor da galeria Borghese foi Giovanni Piancastelli ( 1845 - 1926 ), que foi sucedido em 1906 por Giulio Cantalamessa, ex-diretor das galerias da Academia de Veneza.

Fechada em 1983, a galeria passou por uma restauração completa com duração de catorze anos, restaurando sua aparência original para o exterior com gesso, estátuas e, sobretudo, sua escada com duas rampas.

A galeria foi reaberta em junho de 1997.

Em 2013, foi o nono site estadual italiano mais visitado, com 498.477 visitantes

1.5 - A Coleção da Galeria Borghese

É a coleção mais representativa das obras de Bernini e Caravaggio em um único museu / galeria. 

Dama com Unicórnio, Rafael Sanzio

Bernini está representado com 05 esculturas: "Apolo e Dafne", "O rapto de Proserpina", "David", "Verdade desvelada pelo tempo",  "Eneas, Anchisius e Ascânio". Existem também dois bustos do "Papa Paulo V" e do "Cardeal Scipione".

As seis pinturas de Caravaggio são: "A escrita de São Jerônimo", "São João Batista", "David com a cabeça de Golias", "Maddona com a criança e serpente", "Baco doente", "jovem com cesta de frutas".

Outras pinturas dignas de nota incluem "A deposição" e "Dama com unicórnio" de Rafael, "São Domingos" de Ticiano, e obras de Peter Paul Rubens e Federico Barocci.

2. Exemplos de obras da Galeria Borghese

2.1 - Bernini

a) "O rapto de Proserpina"

O mito romano do "Rapto de Proserpina" por Plutão é uma lenda que também aparece na cultura grega, onde Plutão se chama Hades e Proserpina é Perséfone, que encantou o obscuro deus com sua beleza, sendo ela filha da deusa das colheitas Deméter. Ela é então raptada e levada para as profundezas da Terra, deixando sua mãe enfurecida. O rapto fez com que Deméter castigasse o mundo, arrasando com as plantações, entregando o mundo ao caos e à fome.

foto HistoriacomGosto

foto HistoriacomGosto

A Obra

Em “O rapto de Proserpina”, Bernini consegue dar um efeito impressionante ao retratar as mãos de Plutão no corpo da mulher, que ele tenta arrastar para o mundo inferior. (Prof. Angela da Luz, UFRJ em globo.com). A expressão facial dela também é fantástica.

As instalações

Vejam na foto à direita uma pequena idéia das instalações. A sala é belíssima. É uma sensação incrível estar no meio de tanta beleza.

b)  David

"O barroco viu mudanças significativas na arte da escultura; Bernini estava na vanguarda disso. As estátuas dos mestres da Renascença eram estritamente frontais, exigindo que o espectador a visse de um lado e apenas de um lado. O David de Bernini é um trabalho tridimensional que precisa de espaço ao seu redor e desafia o espectador a passear, a fim de contemplar sua natureza mutável, dependendo do ângulo em que é visto.  

David, Bernini, Galeria Borghese

A escultura refere-se a uma entidade invisível - na forma de Golias, objeto da agressão de Davi -, bem como ao espectador, pego no meio do conflito. O guerreiro até ultrapassa literalmente os limites entre vida e arte, colocando os dedos dos pés sobre a borda do pedestal .  As convenções de tempo, assim como o espaço, foram desafiadas. Em vez da constância serena de, por exemplo, o David de Michelangelo , Bernini optou por capturar uma fração de tempo no curso de um movimento contínuo. Assim, a energia latente que permeia o David de Michelangelo está aqui no processo de ser liberada. 

Em um nível emocional, as esculturas de Bernini foram revolucionárias por explorar uma variedade de estados mentais extremos, como a raiva vista aqui.  O rosto de David, franzindo a testa e mordendo o lábio inferior, está contorcido em agressões concentradas.  Baldinucci conta uma anedota de como Barberini seguraria um espelho no rosto de Bernini para que o artista pudesse modelar a escultura em si mesmo. Isso testemunha os métodos de trabalho de Bernini, bem como a estreita relação que ele desfrutava com o futuro papa."

fonte:Wikipedia em inglês https://en.wikipedia.org/wiki/David_(Bernini)

c) Apolo e Dafne

A escultura foi a última de uma série de obras encomendadas pelo cardeal Scipione Caffarelli-Borghese, no início da carreira de Bernini. Apolo e Daphne foram comissionados após Borghese ter dado um trabalho anterior de seu patrocínio, Plutão e Perséfone de Bernini, ao Cardeal Ludovico Ludovisi. 

Apolo e Dafne, foto wikimedia commons

Muito do trabalho inicial foi feito entre 1622 e 1623, mas uma pausa, possivelmente para trabalhar na escultura de David, interrompeu sua conclusão, e Bernini não terminou o trabalho até 1625. De fato, a escultura em si não foi movida para a Villa Borghese do Cardeal até setembro de 1625.  Bernini não executou a escultura sozinho; ele teve ajuda significativa de um membro de sua oficina, Giuliano Finelli, que esculpiu os detalhes que mostram a conversão de Dafne de humana para árvore, como a casca e galhos, bem como seu cabelo varrido pelo vento.Alguns historiadores, no entanto, desconsideram a importância da contribuição de Finelli.

Mesmo que a escultura possa ser apreciada de múltiplos ângulos, Bernini planejou que ela fosse vista de lado, permitindo ao observador ver as reações de Apolo e Dafne simultaneamente, assim entendendo a narrativa da história em um único instante, sem a necessidade de mover de posição.

Vejam mais em "A Roma de Bernini", HistoriacomGosto

2.2 - Caravaggio

a) David e Golias

David e Golias, Caravaggio, Galeria Borghese

Os últimos meses de vida Caravaggio são passados em Nápoles, onde o artista se refugiava com a esperança de que em breve lhe seria concedido o perdão de sua condenação. Caravaggio havia sido condenado à morte  em Roma pela assassinato de Rannuccio Tommasoni ocorrido após uma briga em um jogo de pallacorda. 

O David com a cabeça de Golias é retratado talvez até o final de 1609, e anexada ao pedido de perdão que Caravaggio envia ao cardeal Scipione Borghese , o poderoso sobrinho do Papa Paulo V. E como evidência do extremo ato de contrição formulado pelo artista, as letras "H-AS OS" são lidas na lâmina que o jovem segura no punho, uma abreviação que resume o lema agostiniano " Humilitas Occidit Superbiam " (a humildade matou o orgulho).

Sabe-se que os biógrafos do século XVII já identificam um auto-retrato de Caravaggio diante do gigante derrotado, fato que deu origem a numerosas leituras da imagem em uma chave psicanalítica. Caravaggio agora parece envelhecido e cansado, com sinais pesados ​​sob os olhos e a testa coberta por rugas. De acordo com uma interpretação recente de Sergio Rossi, a pintura seria na verdade um auto-retrato duplo ou, mais precisamente, uma auto-identificação dupla: Merisi é representado tanto no papel de Golias quanto no de David, uma espécie de imagem idealizada do adolescente pintor.

b) São Jerônimo escrevendo

O tema "São Jerônimo" foi um dos mais frequentes da pintura contra-reforma , provavelmente porque o santo traduziu a Bíblia do hebraico para o latim , mais precisamente o Antigo Testamento do hebraico e os evangelhos do grego, tornando-se o autor da difusão do Verbo Divino.

Caravaggio escolhe representar o local sagrado de três quartos no formato horizontal, como se representasse uma natureza morta da qual São Jerônimo não é uma figura externa, mas parte integrante, desempenhando uma função igual ao do papel, crânio e mesa em que ele está estudando.

San Girolamo, Caravaggio, Galeria Borghese

Em relação às representações flamengas de natureza morta, cada elemento tem um significado simbólico na pintura também determinado por sua localização. Por exemplo, a cabeça reclinada do santo estabelece uma referência espacial ao crânio apoiado na mesa. A escassez de elementos na composição também é ecoada por uma variedade sóbria de cores, um discreto repertório de marrons, polido, dominado pela vivacidade cromática do vermelho do manto de São Jerônimo e da cortina branca que cai da pilha de livros.

fonte: wikipedia italiana em 

https://it.wikipedia.org/wiki/San_Girolamo_(Caravaggio)

2.3 Antonio Canova

"Venus vencedora - Paolina Borghese"

Paolina Bonaparte , nascida em Ajaccio em 1780, irmã de Napoleão I e casada em segundo casamento com o príncipe romano Camillo Borghese, com quem se uniu em 1803. Foi precisamente para comemorar o casamento com Paolina que Camillo Borghese encomendou o trabalho a Canova em 1804: quando a mulher começou a posar para o escultor, tinha 25 anos e estava no auge de seu esplendor social, também graças ao título de "Alteza Imperial", assumido no ano anterior, quando seu irmão Napoleão se proclamou imperador em Notre. -Dame .

Para criar a "estátua da princesa Borghese", Canova organizou sua própria oficina, de modo a reservar para si apenas a concepção da obra, com o estudo relativo do assunto e as diferentes possibilidades de composição, e o momento da "última mão". », Onde ele realizou a escultura até a conclusão, finalizando as intervenções finais. 

As fases intermediárias de planejamento foram delegadas aos trabalhadores de sua oficina, preocupados com o desbaste do mármore. 

Mostrando-se muito sensível aos arquétipos clássicos , Canova completou o trabalho em 1808: ele foi pago regularmente por Camillo Borghese, em Maio de 1809, no montante de seis mil coroas. O trabalho foi prontamente levado para a residência de Camillo, em Turim, cidade onde ele ocupava o cargo de Governador Geral dos Departamentos Transalpinos: o trabalho rapidamente causou um grande alvoroço devido à excessiva sensualidade de Paolina.

2.4 - Rafael Sanzio

Deposição de Cristo no sepulcro

O retábulo, segundo relatos de Vasari, foi encomendado por Atalanta Baglioni , pertencente à famosa família Perugiana. O assunto do retábulo central, a Deposição de Cristo, não era comum na época, foi ditado pela vontade de prestar homenagem ao filho da mulher, Grifonetto, que foi assassinado durante certas disputas de sangue dentro da mesma família pelo domínio de Perugia em 1500. 

De fato, Grifonetto matou com a espada todos os parentes rivais durante o sono, por ocasião do casamento "de sangue" de seu primo Astorre Baglioni com Lavinia Colonna, em 15 de julho. Abandonado por sua própria família, incluindo sua mãe horrorizada, ele retornou a Perugia, onde Giampaolo Baglioni escapou milagrosamente do massacre fugindo por um tempo para Marsciano , juntou-se a ele e matou-o, em Corso Vannucci. 

Pouco antes de sua morte, no entanto, Grifonetto se juntou a sua mãe e esposa, Zenobia, que conseguiram fazê-lo perdoar seus assassinos: agora incapaz de falar, o moribundo tocou a mão de sua mãe como um sinal de consentimento ao perdão. As roupas manchadas de sangue do homem foram transportadas de Atalanta pela estrada pública e chegaram aos degraus da catedral, jogando-as pronunciando solenemente: "Que este é o último sangue que corre em Perugia".

A figura da Virgem na pintura teve, portanto, que refletir a dor materna da mulher, enquanto na Madalena sua esposa Zenobia seria retratada.

Deposição de Cristo, Rafael Sanzio

O retábulo teve uma longa elaboração, evidenciada por uma extraordinária série de desenhos e estudos amplamente conservados: dezesseis, hoje divididos em museus italianos e estrangeiros. O assunto foi gradualmente mudado de Lamentação sobre o Cristo Morto para Deposição no Sepulcro, fundindo mais idéias.

O trabalho foi colocado na capela da família na igreja de San Francesco al Prato, onde o Retábulo da Oddi , também de Rafael  ficava há alguns anos. O sucesso do retábulo abriu as portas de Roma para Rafael, que foi chamado por Júlio II no ano seguinte .

Até 1608, o retábulo permaneceu na igreja, e foi secretamente levado a Roma com a complacência dos frades, a pedido de Paulo V , que o doou ao sobrinho, cardeal Scipione Borghese, que o admirava durante seus estudos universitários na capital da Úmbria.

3.0 Algumas instalações

a) Salão de entrada -  

Salão de entrada, foto historiacomgosto

b) pintura no teto de sala

c) Salão do Imperador

salão do imperador, reprodução, site viagem e turismo

4.0 Referências

Wikipedia - galeria borghese, vila borghese, obras de bernini e caravaggio

Site oficial - galeria borghese

fotos: historiacomgosto 

Caravaggio em Roma I - São Jerônimo e outros

1. - Caravaggio

Michelangelo Merisi, conhecido como Caravaggio, nasceu em 29 de setembro de 1571, em Milão. Ele tomou o nome da aldeia de onde se origina sua família, perto dali. Veio a falecer na comuna de Monte Argentario em 18 de julho de 1610. Ele foi um dos mais célebres pintores italianos, e embora tenha se formado em Milão e Veneza, atuou em Roma, Nápoles, Malta e Sicília, entre 1593 e 1610. Seu trabalho exerceu importante influência no estilo barroco, do qual foi o primeiro grande representante.

A maior parte do trabalho de Caravaggio é focado em temas religiosos. No entanto, muitas vezes as suas pinturas chocavam os seus clientes. Nos seus quadros, em vez de adotar nas suas pinturas belas figuras etéreas, delicadas, ele preferia escolher por entre o povo, modelos humanos tais como prostitutas, crianças de ruas e mendigos, que posavam como personagens para as suas obras. 

Caravaggio procurou a realidade palpável e concreta da representação. Ele não tinha receio de representar a feiura, a deformidade em cenas provocadoras, características essas que distinguem as suas obras. Essa abordagem as vezes chocava seus contemporâneos, pela rudeza das suas pinturas. 

Dos efeitos que Caravaggio dava aos quadros, originou-se o tenebrismo, em que os tons terrosos contrastam com os fortes pontos de luz. Muitas vezes chama-se também de efeito "chiaro - scuro" (Fonte: Wikipedia)

2. - Caravaggio em Roma

Caravaggio viveu a maior parte de sua vida artística em Roma. Embora tenha nascido em Milão e tenha sido educado na arte da pintura nessa cidade e em Veneza ele praticamente não trabalhou nessas cidades. Temos a confirmação de sua presença em Roma a partir de 1592, para onde foi com seus 21 anos de idade. É por isso que em Roma se encontra a maior parte de suas obras (cerca de 23 dos 60 quadros existentes atribuídos a ele).

No seu início em Roma, Caravaggio chegou literalmente a passar fome, e teve que aceitar subempregos como aprendiz de vários outros artistas. Foi só com o encontro com o Cardeal Francesco Maria que era o representante em Roma do Grão Duque da Toscana, é que as oportunidades começaram a aparecer.

Ao conhecer as pinturas de Caravaggio, não só o Cardeal Francesco mas todos os que frequentavam o seu palácio passaram a encomendar quadros dele. Após isso começaram algumas encomendas de Igrejas como a capela Contarelli, com "As representações de São Mateus". Quando Caravaggio então pintou, em 1602, "A deposição de Cristo", para a Igreja de Santa Maria em Varicella, e depois, os dois quadros para a Capela Cerasi, "Crucificação de Pedro", e "Conversão de São Paulo", foi a sua consagração como o grande pintor em atividade em Roma. Ter um quadro seu passou a ser uma obrigação de todo grande colecionador. 

Capela Cerasi, foto de Frederick Fenyvessy
em wikimedia commons

Dono de um estilo ímpar, Caravaggio também tinha um gênio muito forte e envolvia-se em muitas brigas e confusões. O evento mais sério, no entanto, ocorreu em Campo Marzio, na noite de 28 de maio de 1606 ( ano seguinte à eleição do papa Paulo V, tio de Scipione Borghese, grande admirador de Caravaggio): devido a uma discussão causada por uma falta no jogo dos pallacorda (espécie de tênis), o pintor foi ferido e, por sua vez, feriu mortalmente seu rival, Ranuccio Tommasoni, de Terni , com quem discutira anteriormente, muitas vezes resultando em inúmeras brigas.

Caravaggio foi condenado à morte e só escapou graças a ajuda do príncipe Filippo I Colonna, que lhe ofereceu asilo em um de seus feudos. Caravaggio refugiou-se em Napóles, Malta e Sicília.

A seguir descreveremos três obras de Caravaggio em Roma: São Jerônimo escrevendo, A crucificação de São Pedro, A conversão de São Paulo.

2.1 - São Jerônimo escrevendo - Galeria Borghese

A escrita de São Jerônimo, também chamada São Jerônimo em Seu Estudo ou simplesmente São Jerônimo, é uma pintura a óleo de Caravaggio. Geralmente datada de 1605-1606, a pintura está localizada na Galleria Borghese, em Roma

A pintura mostra São Jerônimo , um "Doutor da Igreja" do catolicismo romano e um tema popular para pintura, mesmo para Caravaggio, que produziu outras pinturas de Jerônimo na meditação e se dedicando à escrita. Nesta imagem, Jerônimo está lendo atentamente, um braço estendido descansando com pena. A sugestão é que Jerônimo esteja retratado no ato de traduzir a Bíblia para o latim (Vulgata). 

A pintura é geralmente datada de 1605-1606, principalmente baseado nas declarações do biógrafo histórico de arte do século XVII Gian Pietro Bellori, embora Denis Mahon sugira 1602-1604.  Segundo Bellori, Caravaggio produziu a peça a pedido do cardeal Scipione Borghese, que se tornou cardeal em 1605.

Quer a data  seja precisa ou não, acredita-se que o trabalho tenha começado no final do período romano de Caravaggio,  que terminou com o exílio do pintor em Malta em 1606.

São Jerônimo escrevendo, Caravaggio, Galeria Borghese, Roma

A galeria Borghese é uma das mais bonitas de Roma. Ela contém várias obras de Caravaggio, as mais bonitas esculturas de Bernini, e as próprias salas da galeria são uma maravilha. É uma visita fantástica para quem está em Roma. O ingresso pode ser adquirido diretamente no site e fica muito mais barato. Recomnda-se adquirir com antecedência pois a procura é grande e o número de pessoas por vez é limitado. Vamos fazer um post especial sobre a galeria Borghese. 

2.2 - A Crucificação / Martírio de São Pedro - Capela Cerasi

A crucificação de São Pedro é uma obra de Caravaggio, pintada em 1601 para a Capela Cerasi de Santa Maria del Popolo, em Roma . Do outro lado da capela está uma segunda obra de Caravaggio, retratando a Conversão de São Paulo no Caminho de Damasco (1601). No altar entre os dois está a Assunção da Virgem Maria, de Annibale Carracci .

Descrição da Obra

A pintura retrata o martírio de São Pedro . De acordo com a tradição antiga e conhecida, Pedro, quando foi condenado à morte em Roma , pediu para ser crucificado de cabeça para baixo porque não acreditava que um homem é digno de ser morto da mesma maneira que Jesus Cristo .

"Mas agora é hora de tu, Pedro, entregar o teu corpo àqueles que o tomam. Receba-o então, a quem pertence. Peço-lhe os carrascos, crucifique-me assim, com a cabeça para baixo e não de outra maneira: e a razão pela qual direi aos que ouvem "- Atos de Pedro 

A crucificação de São Pedro, Caravaggio, capela Cerasi, Roma

A tela grande mostra os três carrascos lutando para erguer a cruz. Peter já está pregado nas vigas, suas mãos e pés estão sangrando. O apóstolo está nu, exceto uma tanga branca em volta da cintura, enfatizando sua vulnerabilidade. Ele é um homem velho, com barba grisalha e cabeça careca, mas seu corpo envelhecido ainda é musculoso, sugerindo uma força considerável. Ele está se levantando da cruz com grande esforço, torcendo todo o corpo, como se estivesse tentando olhar para algo que está fora da pintura. Seus olhos não olham para o espectador, mas se voltam para a Assunção de Maria no altar.

O levantamento da cruz requer o esforço de três homens. Um deles é puxado com cordas, enquanto seus ajudantes tentam levantar o equipamento pesado com os braços e ombros. O trabalhador de culatra amarela, que está agachado debaixo da cruz, pega uma pá que foi usada para cavar um buraco no chão rochoso para a estaca. Todo o processo parece desorganizado e caótico, como se o peso repentino da cruz pegasse os carrascos desprevenidos. Seus rostos são amplamente protegidos do espectador, tornando-os executores sem caráter de um ato injusto ordenado por uma autoridade invisível. 

O fundo da cena parece uma parede de escuridão impenetrável, mas na verdade é um penhasco de rocha. Esta é uma alusão ao significado do nome de Pedro: a "rocha" sobre a qual Cristo declarou que sua Igreja deveria ser construída ( Evangelho de Mateus 16:18). 

(fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Crucifixion_of_Saint_Peter_(Caravaggio))

2.3 - A Conversão de São Paulo à caminho de Damasco - Capela Cerasi

Descrição da Pintura

A pintura retrata esse momento relatado nos Atos dos Apóstolos , quando Saulo caiu de cavalo no caminho de Damasco , vendo uma luz ofuscante e ouvindo a voz de Jesus. Para Saulo, este é um momento de intenso êxtase religioso: ele está deitado no chão, em decúbito dorsal, com os olhos fechados, com as pernas abertas e os braços levantados para cima, como se adotasse a visão. O santo é um jovem musculoso e sua vestimenta se parece com uma versão renascentista do traje de um soldado romano: couraça muscular laranja e verde, túnica e botas. Seu capacete emplumado caiu da cabeça e a espada está ao seu lado. A capa vermelha quase parece um cobertor embaixo do corpo. O cavalo está passando por cima dele, e está sendo então controlado por um velho criado, que aponta o dedo para o chão. Ele acalmou o animal e agora o impede de pisar em Saulo. O corcel enorme tem um pêlo marrom e creme manchado; ainda está espumando pela boca e seu casco está suspenso no ar.

A conversão de São Paulo, Caravaggio,
capela Cerasi, Roma

A cena é iluminada por uma luz forte, mas as três figuras são engolidas por uma escuridão quase impenetrável. Alguns raios fracos à direita evocam a epifania de Jesus, mas esses não são a fonte real da iluminação, e o criado permanece aparentemente alheio à presença do divino. Como o cavalo malhado não está selado, sugere-se que a cena ocorra em um estábulo, em vez de em uma paisagem aberta.

Observação 1 - Igreja Santa Maria del Popolo: A capela Cerasi fica na Igreja de Santa Maria del Popolo, na praça de mesmo nome em Roma. A igreja tem muitas missas diárias e nesse período não é permitido visitar as capelas. Ela também fecha para o almoço. Intercale sua visita em um desses horários de missa 8-10-11-12-13-18,30. 

Observação 2 - A Capela Chigi, com trabalhos de Rafael e Bernini, também fica nessa igreja. A Igreja não é grandiosa por fora e por dentro, mas as suas capelas são belíssimas.

3. Contextualização

Para entendermos um pouco da importância da obra de Caravaggio, mostraremos o período em que ele viveu em comparação com outros grandes pintores. 

RENASCENÇA  

Giotto de Bondone     1266 --1337       
     
Fra Angelico                              1395--1455 

Andrea Mantegna                         1431 ---- 1506   

Alessandro Botticelli                        1445 --- 1510 

ALTA RENASCENÇA E MANEIRISMO   

Leonardo da Vinci                              1452 ---- 1519

Michelangelo Buonarroti                           1475 ----- 1564

Rafael Sanzio                                             1483-1520

Tiziano                                                          1490 -- 1576

El Greco                                                              1541 ---- 1614     

ERA BARROCA

Caravaggio                                                              1571--1610

Guido Reni                                                                     1575 -- 1642

Velasquez                                                                         1599 -- 1660

Rembrandt                                                                        1606 --- 1669      

Bartolomé Murilo                                                                1617----1682

                                          

Vermeer                                                                                   1632- 1665       

4. - Referências

Wikipedia - Caravaggio / Igreja Santa Maria del Popolo