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sexta-feira, 29 de março de 2019

Bartolomé Esteban Murillo - O barroco espanhol

1. - Bartolomé Esteban Murillo 


Bartolomé Esteban Murillo é, quiçá, o pintor que melhor define o barroco espanhol. Nasceu em Sevilha, onde passou a maior parte da sua vida. O dia exato do seu nascimento nos-é desconhecido, mas terá, provavelmente, nascido nos últimos dias do ano, já que foi batizado a 1 de Janeiro de 1618, na Igreja da Madalena. Era costume na Idade Moderna, batizar as crianças somente alguns dias após o seu nascimento, como tal é normal que os especialistas façam tal afirmação.

autorretrato de Bartolomé Murillo  O seu pai chamava-se Gaspar Esteban, que era barbeiro. A sua mãe chamava-se Maria Pérez Murillo. Estes e Esteban Murillo integravam uma família muito numerosa, sendo Murillo o filho número catorze. Mesmo assim, a situação econômica da família era bastante boa e, como tal, formavam uma família feliz.

Porém, o seu pai morreu em 1627 e a sua mãe, poucos meses mais tarde. Assim, Murillo ficou ao cuidado da sua irmã Ana, que era casada com um barbeiro de nome Juan Agustín de Lagares. As relações entre Murillo e o cunhado eram muito boas.

Murillo iniciou a sua aprendizagem artística com o seu (suposto) tio, Juan del Castillo. Del Castillo não era um artista de primeira fila, mas, os seus trabalhos eram respeitados no ambiente artístico sevilhano.

Os primeiros quadros de Murillo eram muito influenciados pelo estilo do seu mestre, Del Castillo, como se pode apreciar no quadro A "Virgem do Rosário, com São Domingo".

Em 1645 recebeu a sua primeira encomenda importante: treze quadros para um claustro do Convento de São Francisco, em Sevilha. Nestas obras demonstrou uma notável influência de <, com uma jovem sevilhana de 22 anos, Beatriz Cabrera y Villalobos, na famosa Igreja da Madalena. Durante os dezoito anos de duração do matrimônio tiveram uma ampla descendência: um total de nove filhos.

O êxito alcançado com as pinturas no claustro do Convento de São Francisco motivou o aumento do número de encomendas. (Texto: Wikipédia)

II. - Quatro obras de Murillo


a) São João Batista e o cordeiro.


quadro São João Batista e o Cordeiro
Saõ João Batista e o cordeiro



b) Madonna  



quadro Madona ou  Virgem com o Menino
Madonna, Amsterdã



c) A Virgem do Rosário



 quadro A Virgem do Rosário
Virgem do Rosário


d) O Retorno do Filho Pródigo (Galeria Nacional de Washington)



O grande talento de Murillo para a pintura dramática é evidente nesta representação monumental da familiar parábola do filho pródigo, uma alegoria de arrependimento e perdão divino. Com jogadores e adereços efetivamente posicionados para sublinhar o drama, é uma reminiscência de uma peça de teatro bem encenada.

O artista selecionou os elementos essenciais do clímax da história: o filho penitente recebido em casa por seu pai que perdoa; as vestes ricas e anel que significam a restauração do filho errante à sua posição anterior na família; e o bezerro cevado sendo levado ao massacre para o banquete comemorativo. O agrupamento piramidal central de pai e filho, maior que a vida, domina o quadro, enquanto a cor mais rica é reservada para o criado que leva as novas vestes. Murillo pode ter escolhido enfatizar esse aspecto da parábola - simbólico da caridade - por causa da natureza da comissão. O Retorno do Filho Pródigo foi uma das oito enormes telas pintadas para a Igreja do Hospital de São Jorge, em Sevilha, um asilo para os sem-teto e famintos.

O modelo de Murillo era a vida ao seu redor; parte do apelo dessa tela está em seus toques humanos - o realismo dos pés sujos do pródigo, o filhote pulando para cumprimentar seu mestre e, talvez, acima de tudo, o sorriso ingênuo do pequeno menino que conduz o bezerro. (Texto: Galeria Nacional de Washington)



quadro O Retorno do Filho Pródigo
O Retorno do Filho Pródigo, Murillo, Galeria Nacional de Washington


III. Referências



Wikipédia - Bartolomé Esteban Murillo

Galeria Nacional de Arte de Washington - Retorno do filho pródigo





quinta-feira, 28 de março de 2019

Convento Franciscano de Santo Antônio e Capela Dourada, Recife

I. Convento e Igreja de Santo Antônio,  Recife


O Convento e Igreja de Santo Antônio é um conjunto arquitetônico católico pertencente à Ordem Franciscana, localizado na cidade do Recife, capital de Pernambuco, Brasil. Do complexo de edifícios, além do convento e da igreja, fazem parte a Capela Dourada, a Igreja da Ordem Terceira de São Francisco e o Museu Franciscano de Arte Sacra.


foto da fachada da Igreja do Convento Franciscano do Recife


II. - O Convento


"O Convento Franciscano de Santo Antônio é uma das construções mais antigas ainda existentes na cidade do Recife. Sua origem remonta a 28 de outubro de 1606, data em que os frades resolveram erguer um convento na Ilha dos Navios para atender à população próxima ao porto. A ilha mais tarde veio a receber o nome de Ilha de Antônio Vaz, e desenvolveu-se no atual bairro de Santo Antônio.

foto do Claustro do Convento

O terreno de 56 braças para a construção foi doado por um senhor de engenho chamado Marcos André, e em 1613 já se registra como terminado um oratório com hospital anexo, dedicados ao Padroeiro do Recife. Durante o período da dominação holandesa o edifício foi transformado em fortaleza, sendo acrescido de muralhas, baluartes e demais apetrechos militares, recebendo o nome de Forte Ernestus. Depois, durante algum tempo foi votado à Igreja Anglicana, para atendimento dos oficiais da Companhia das Índias Ocidentais. Com a retirada dos holandeses o local passou novamente à propriedade dos Franciscanos, sendo restaurado e aumentado de uma enfermaria.
Além de sua importância histórica o convento possui grande interesse artístico, apresentando inúmeras obras de arte, mobiliário esculpido em jacarandá e objetos sacros diversos. Destacam-se os painéis de azulejos da portaria e sobretudo do claustro. Perfazem painéis de grandes dimensões com cenas variadas, ilustrando episódios bíblicos como o Dilúvio, a morte de Adão, o sacrifício de Isaac, a expulsão do Éden e outras mais. Também existe uma rara série de azulejos, cujo conjunto inclui material originário de Delft e crê-se que seja remanescente do antigo Forte Ernestus e do Palácio de Friburgo, erguido por Maurício de Nassau a pouca distância dali, com cerca de 900 peças instaladas como friso no exterior da sacada do piso superior do claustro, cada uma com uma figura individualizada, datando de entre 1630 e 1650.
Na capela do convento também existe azulejaria digna de nota, ilustrativa do Rosário de Nossa Senhora, e um púlpito obra de Francisco Manuel Béranger, do início do século XIX, além de mobiliário de bela feição."

Átrio


No centro do Convento está uma praça quadrada que dá acesso para a Igreja, Sacristia, Santíssimo, Dependencias Administrativas, Sala de recepção, escada para pavimento superior, dependências dos frades no pavimento superior, ...,.

Os corredores do àtrio são todos azulejados com cerâmica portuguesa da época, todas elas representando cenas bíblicas.


foto de azulejo com a entrada de animais na Arca de Noé
Entrada na barca de Noé, azulejos convento, foto: HistoriacomGosto

Sacristia


Com grandes móveis de madeira uma grande sacristia ainda em uso existe no Convento.

foto da sacrsitia com gandes móveis de madeira


Capela do Santíssimo

Uma bem cuidada capela abriga  o Santíssimo Sacramento.

foto da Capela do Sntíssimo


Imagem de São Francisco e sala de encontro


No pátio uma imagem de São Francisco homenageia o padroeiro. Uma sala de recepção serve para abrigar contatos dos frades com os visitantes.

foto da imagem de São Francisco
Imagem SãoFrancisco
foto da sala de encontro
sala de encontro


III. - A Igreja de Santo Antônio


"A presente Igreja de Santo Antônio é a sucessora do primitivo oratório erguido junto com o convento no século XVII. No início século XVIII o oratório foi substituído por uma igreja maior, novamente remodelada entre 1753 e 1770, o que lhe emprestou o seu atual estilo rococó.

foto da cruz na frente da fachada da IgrejaA fachada se eleva sobre uma portada de pedra com cinco grandes arcos redondos, continuando acima apenas sobre os três centrais, com janelões emoldurados em pedra esculpida com ornamentos e volutas, encimadas por óculos redondos, dos quais o central é maior. A cornija de separação do nível superior tem um arco no centro e decai em suave curva até as extremidades, onde se encontra com contrafortes em volutas que sobem dos arcos extremos do térreo.

O frontão que coroa o conjunto tem elegante desenho com grandes volutas floreadas, o brasão da Ordem ao centro e um cruz de arremate, além de pináculos em forma de labareda na base. Recuado em relação ao corpo da igreja está o campanário, à esquerda, com um coruchéu em bulbos octogonais superpostos revestido de azulejos.

Interior

O interior, de nave única, preserva uma série de painéis de azulejos representando cenas da vida de Santo Antônio ao longo das paredes laterais e junto ao piso, e mostra algumas tribunas, um púlpito à direita e um teto em abóbada de berço (com pinturas de Sebastião Canuto da Silva Tavares) de onde pendem grandes candelabros.

a) nave



foto da nave da Igreja


b) pórtico do altar

Na entrada do altar temos um pórtico com pinturas dos franciscanos.


foto do pórtico do altar


c) Altar


A capela-mor é profunda e, segundo acreditam historiadores, era parte da primitiva igreja. É coberta por uma cúpula semi-esférica revestida com azulejos portugueses do tipo tapete policromadosc (amarelo, azul, verde e branco) e iluminada por duas janelas laterais, bastante semelhante à encontrada na Igreja de Nossa Senhora do Pilar, no Bairro do Recife. O altar mor, suas duas tribunas e o púlpito existentes foram renovados em meados do século XIX pelo mestre marceneiro Francisco Manoel Berenger, segundo seu estilo próprio. O púlpito é em talha dourada com duas efígies em alto relevo, em um dos lados está São Marcos, no outro São Mateus e ao centro o brasão franciscano. (fonte: Iphan)


foto do altar



IV. - Capela Dourada


A Capela Dourada, também chamada Capela dos Noviços, foi uma iniciativa da Venerável Ordem Terceira de São Francisco do Recife. Sendo abastados muitos dos seus membros, decidiram erguer uma capela para os noviços. Ela teve o lançamento da sua primeira pedra no dia 13 de maio de 1696, pelo Capitão General Caetano de Melo Castro. Foi encarregado da sua construção o mestre pedreiro (português) o Capitão Antonio Fernandes de Matos, e tal foi o fervor com que se trabalhou nas obras que, apenas com as jóias (dadas como esmolas) das Mesas Diretoras e também esmolas dos irmãos terceiros, se conseguiu a sua abertura ao público no dia 15 de Setembro de 1697, tendo-se despendido com a sua construção, até aquela data a importância de 1.365$010 ( Hum Mil Trezentos e sessenta e cinco contos e dez réis).


Seu nome deriva da grande quantidade de ouro empregada na cobertura da exuberante talha de madeira que forra praticamente todos os espaços das paredes, altares e teto.



doro da capela dourada mostrando as duas paredes laterias e o altar ao  fundo
Capela Dourada, foto HistoriacomGosto


A Capela Dourada, da Venerável Ordem Terceira de São Francisco do Recife, monumental pelo seu ouro, numa afirmação do barroco nasceu daquele agitado fim artístico do século XVII de Luiz XV em França e de D. João V em Portugal, justamente com o apogeu financeiro de Pernambuco: senhores de engenho, abastardos, fidalgos, ricaços, irmandades riquíssimas, foram os dias dos móveis torneados, dos jacarandás trabalhados, dos cedros burilados e dourados depois. Riquíssima em ouro vê ali o barroco pela estonteante decoração anterior. O altar mor e as capelas, altares laterais são monumentos em obras de talha. Tudo era opulência, tudo era grandeza. A Capela Dourada reflete bem esse ambiente faustoso. (fonte: site www.capeladourada.org.br)



Pinturas

foto da parede lateral da capela dourada
foto: organização franciscana
As Pinturas da Capela Dourada da Ordem Terceira de São Francisco do Recife, são de uma riqueza incrível, sem dúvida uma das derradeiras e mais vibrantes expressões de arte religiosa existente em Pernambuco. As telas, os seus riquíssimos painéis, lutando embora contra a surpresa dos anos e do descaso dos homens, através de séculos, atestam ainda, nos dias presentes, gloriosa revelação de artistas do passado. Infelizmente não sabemos os nomes dos autores dessas obras.

Ao longo das paredes laterais existe uma série de painéis de azulejos, altares menores com importante estatuária, dos quais se destacam o de Santa Isabel, o do Cristo atado à coluna, e o do Senhor dos Passos (com uma imagem de roca em tamanho natural com incrustações de rubis), e dezenas de painéis pintados representando santos e personificações das virtudes da Fé, Esperança, Caridade e Constância.

outra foto com visão comleta da capela dourada

Capela Mor  


A capela-mor, com um nicho central para um grande crucifixo e nichos laterais para São Cosme e São Damião, foi entalhada por Antônio Martins Santiago em 1698, e foi dourada por Manuel de Jesus Pinto em 1799.

foto específica do altar da Capela dourada


V. - Igreja da ordem Terceira


Foto da fachada da Igreja da ordem terceiraA Igreja da Ordem Terceira de São Francisco faz parte do complexo de edifícios do Convento e Igreja de Santo Antônio. Nas suas dependências estão situados a Capela Dourada e o Museu Franciscano de Arte Sacra.















VI - Museu Franciscano de arte Sacra



foto de placas do Museu Francsicano de arte sacraO museu foi fundado em 28 de setembro de 1974 pelo irmão Fernando Pio dos Santos, e está instalado nas dependências da Igreja da Ordem Terceira de São Francisco, das quais também faz parte a famosa Capela Dourada. O museu possui um acervo variado que inclui paramentos litúrgicos, mobiliário entalhado, peças de culto em metais preciosos como ostensórios, turíbulos, tocheiros e candelabros, estatuária barroca e outros objetos.

Dentre suas peças mais importantes estão a primeira imagem do Sagrado Coração de Jesus de Pernambuco, trazida pelo padre Gabriel Malagrida; uma imagem de Nossa Senhora do Bom Conselho que estava no oratório da Faculdade de Direito do Recife; uma de Nossa Senhora da Conceição de autoria de João Pereira, que foi muito venerada enquanto esteve na desaparecida igreja da Madre de Deus; uma série de imagens da Procissão das Cinzas, vindas de Lisboa em 1709; um altar entalhado e dourado de 1804, com imagens de São Francisco das Chagas recebendo os estigmas de Jesus Cristo; uma Nossa Senhora das Mercês, um Crucifixo de 1751, e um Cristo glorioso.


VII - Observações


Observação: O Convento de São Francisco permanece ativo com irmãos ordenados, missas, secretaria, ...,.


VIII.- Referências



Wikipédia - Convento Franciscano de Santo Antônio em Recife / Capela dourada / Museu Franciscano de Arte Sacra

www.capeladourada.org.br








terça-feira, 19 de março de 2019

Desafio - Qual o Museu e Quem é o personagem ?.

I - Desafio da Semana


Essa pequeno museu representa a casa e o escritório de um personagem famoso na literatura de suspense. 

- Quem é o personagem  que deu origem a esse museu ?

- Em que cidade se localiza a casa do personagem que virou museu  ?

- Quem é o personagem da foto ?



foto com uma escultura de cêra de personagem da literatura de suspense sentado em uma sala em um museu que pedimos para identificar


sexta-feira, 15 de março de 2019

Franz Schubert e as canções do período romântico

I. - Franz Schubert


Franz Peter Schubert foi um compositor austríaco do fim da era clássica, nascido em janeiro de 1797, e com seu estilo marcante, inovador e poético foi um dos iniciantes do romantismo. Escreveu cerca de seiscentas canções, bem como óperas, sinfonias, incluindo a "Sinfonia Incompleta", sonatas entre outros trabalhos. 

quadro com rosto de Schubert    Viveu apenas trinta e um anos e só ficou conhecido em sua época em um círculo restrito de pessoas. Mas o interesse pela sua música aumentou significativamente nas décadas que se seguiram à sua morte. A contribuição para colocar Schubert no panteão dos grandes compositores da história da música europeia foi dado por outros grandes compositores do século XIX que foram seus admiradores, como Felix Mendelssohn, Robert Schumann, Franz Liszt ou Johannes Brahms. 

Hoje, o seu estilo considerado por muitos como imaginativo, lírico e melódico, fá-lo ser considerado um dos maiores compositores do século XIX, marcando a passagem do estilo clássico para o romântico.


II. - Estilo Lied


Lied (no plural Lieder) é uma palavra da língua alemã, de gênero neutro, que significa "canção". É um termo tipicamente usado para classificar arranjos musicais para piano e cantor solo, com letras geralmente em alemão, Utilizado para expressar em sons os sentimentos descritos nas letras. Na música esta palavra surgiu no período romântico, século XIX, no sentido de partitura. Na Alemanha, esta forma musical é chamada de Kunstlied.

Normalmente, os Lieder são organizados para um único cantor e piano, com acompanhamento orquestral é um desenvolvimento posterior. Alguns dos mais famosos exemplos são de Franz Schubert Der Tod und das Mädchen ("A Morte e a Donzela") e "Gretchen am Spinnrade".

III. - Marcos na vida de Schubert


1815 - Torna-se professor e compõe as sinfonias #2 e #3, e o lied Erkonig

1816 - Conclui mais de cem lieder, incluindo "Der Wanderer"

1818 - Abandona o ensino e torna-se professor apenas dos Esterhazy, nobres que tiveram como instrutor Franz Haydn.

1822 - Contrai sífilis, compõe a sinfonia no 8  a "Inacabada"

1827 - Conhece Beethoven, a pedido deste, quando ele já estava moribundo. Logo depois carrega o archote no funeral deste.

1828 - Deu seu único concerto público, o qual não foi bem coberto, pois coincidiu com a chegada de Paganini à cidade. Logo depois sua saúde piora e ele falece em 19 de novembro.

IV. - Musica


a) Standchen D957


Standchen significa serenata, e Schubert compôs um grande número delas. Uma das músicas que recebeu esse título "Ständchen" foi "Schwanengesang" (canção do cisne), D 957, com versos de Ludwig Rellstab,

Schwanengesang ("Swan song"), D 957, é uma coleção de canções escritas por Franz Schubert no final de sua vida e publicadas postumamente.

A coleção foi nomeada por seu primeiro editor Tobias Haslinger, presumivelmente desejando apresentá-la como o último testamento musical de Schubert para o mundo. Schwanengesang foi composto em 1828 e publicado em 1829 apenas alguns meses após a morte do compositor em 19 de novembro de 1828.

A música original de Schubert foi feita para violoncelo com acompanhamento de piano. 

Franz Liszt mais tarde transcreveu essas músicas para piano solo.





Letra

Leise flehen meine  Lieder
Durch die Nacht zu dir;
In den stillen Hain hernieder,
Liebchen, komm zu mir!
Silenciosamente minhas músicas imploram
No bosque calmo,
através da noite para você,
Querida venha para mim !

Flüsternd schlanke Wipfel rauschen
In des Mondes Licht;
Des Verräters feindlich Lauschen
Fürchte, Holde, nicht.
Sussurrando, tops, slim, pop
Ao luar,
ouvindo o inimigo traidor,
medo, holde, não,

Hörst die Nachtigallen schlagen?
Ach! sie flehen dich,
Mit der Töne süßen Klagen
Flehen sie für mich.
Você ouve os rouxinóis batendo ?
Ai de mim, eles te imploram
Com os sons de doces lamentos
Suplique por mim

Sie verstehn des Busens Sehnen,
Kennen Liebesschmerz,
Rühren mit den Silbertönen
Jedes weiche Herz.
Você entende o seio da saudade
Conheça a dor do amor

Agitando com os tons de prata
Todo o coração mole.

Laß auch dir die Brust bewegen,
Liebchen, höre mich!
Bebend harr’ ich dir entgegen!
Komm, beglücke mich!
Deixe seus seios se moverem também
Querido, me escute!
Eu esperei por você, pendente.
Venha, me faça feliz!


b) Ave Maria (A Terceira canção de Ellen)


Ellen's Third Song ( A Terceira canção de Ellen) foi composta por Franz Schubert em 1825 como parte de seu Opus 52, um cenário de sete canções do popular poema épico de Walter Scott , A Dama do Lago , traduzido livremente para o alemão.

Tornou-se uma das obras mais populares de Schubert, gravada por uma grande variedade e grande número de cantores, sob o título de Ave Maria (após a canção de Ellen, que é uma oração à Virgem Maria ), em arranjos com várias letras que comumente diferem do contexto original do poema. Foi organizada em três versões para piano por Franz Liszt .


Ave Maria (tradução literal == Ajuda é requerida para correções)



Ave Maria! Jungfrau mild,
Erhöre einer Jungfrau Flehen,
Aus diesem Felsen starr und wild
Soll mein Gebet zu dir hinwehen.
Ave Maria! Virgem suave,
Ouça uma donzela implorando
Fora desta rocha, rígida e selvagem
Deixe minha oração vir até você.

Wir schlafen sicher bis zum Morgen,
Ob Menschen noch so grausam sind.
O Jungfrau, sieh der Jungfrau Sorgen,
O Mutter, hör ein bittend Kind! Ave Maria!
Nós vamos dormir seguros até de manhã,
Se as pessoas ainda são tão cruéis.
Ó virgem, cuide da donzela,
Ó mãe, ouve uma criança suplicante!
Ave Maria!


Ave Maria! Unbefleckt!
Wenn wir auf diesen Fels hinsinken Zum
Schlaf, und uns dein Schutz bedeckt
Wird weich der harte Fels uns dünken.
Ave Maria! Imaculada!
Quando nos afundamos nessa rocha
Para dormir e sua proteção nos cobre
A pedra dura vai nos suavizar?




Du lächelst, Rosendüfte wehen
In dieser dumpfen Felsenkluft,
O Mutter, höre Kindes Flehen,
O Jungfrau, eine Jungfrau ruft!
Ave Maria!
Você sorri, soprando perfumes de rosas
Neste penhasco opaco,
Ó mãe, ouça a súplica da criança
Ó virgem, uma virgem chama!
Ave Maria!

Ave Maria! Reine Magd!
Der Erde und der Luft Dämonen,
Von deines Auges Huld verjagt,
Sie können hier nicht bei uns wohnen,
Wir woll'n uns still dem Schicksal beugen,
Da uns dein heil'ger Trost anweht;
Ave Maria! Rainha pura!
Demônios da Terra e do Ar,
Perseguidos por causa de seu olhar,
Você não pode viver aqui,
Queremos nos curvar ao destino,
Desde que a sua santa consolação nos atrai;

Der Jungfrau wolle hold dich neigen,
Dem Kind, das für den Vater fleht.
Ave Maria!
A Virgem quer te abraçar
A criança implorando pelo pai.
Ave Maria!

A Dama do Lago e a Ave Maria

No poema de Scott, A dama do lago, a personagem Ellen Douglas, a Senhora do Lago, foi com seu pai exilado para ficar na caverna dos Goblins, pois ele se recusou a se juntar a seu anfitrião anterior, Roderick Dhu, em rebelião contra Rei James. 

Roderick Dhu, o chefe dos Clan Alpine, sobe a montanha com seus guerreiros, mas para e ouve o som distante do harpista Allan-bane, acompanhando Ellen que canta uma oração dirigida à Virgem Maria , pedindo-lhe ajuda. Roderick Dhu faz uma pausa e depois vai para a batalha.  


 quadro da Virgem com o menino    Diz-se que o arranjo de Schubert foi realizado pela primeira vez no castelo da condessa Sophie Weissenwolff na pequena cidade austríaca de Steyregg e dedicado a ela, o que a levou a se tornar conhecida como "a dama do lago".  

As palavras de abertura e o refrão da canção de Ellen, " Ave Maria " (em latim também "Ave Maria"), podem ter levado à idéia de adaptar a melodia de Schubert como cenário para o texto completo da tradicional oração católica romana " Ave Maria ". 

A versão latina da "Ave Maria" é agora tão freqüentemente usada com a melodia de Schubert que leva ao pensamento frequente de que ele originalmente escreveu a melodia como um cenário para a "Ave Maria".

c) Schubert - Der Leiermann - Thomas Quasthoff / Daniel Barenboim





Der Leierman (O homem da lira)


Drüben hinterm Dorfe
Steht ein Leiermann,
Und mit starren Fingern
Dreht er, was er kann.
Mais na aldeia
É um homem da lira,
E com dedos duros
Ele faz o que pode.


Barfuß auf dem Eise
Schwankt er hin und her;
Und sein kleiner Teller
Bleibt ihm immer leer.
Com os pés descalços no gelo
Ele oscila para frente e para trás;
E o seu pequeno prato
Ele sempre fica vazio.


Keiner mag ihn hören,
Keiner sieht ihn an;
Und die Hunde brummen
Um den alten Mann.
Ninguém gosta de ouvi-lo
Ninguém olha para ele;
E os cachorros estão zumbindo
Para o velho.


Und er läßt es gehen
Alles, wie es will,
Dreht, und seine Leier
Steht ihm nimmer still.
E ele deixa ir
Tudo o que agrada
Voltas e sua lira
Nunca cale a boca.


Wunderlicher Alter,
Soll ich mit dir gehn?
Willst zu meinen Liedern
Deine Leier drehn?
Idade lunática,
Eu deveria ir com você?
Quer minhas músicas
Transforme sua lira?

d) Der Wanderer (O Caminhante)




V. - Referências

Música Clássica - Editora Zahar

Franz Schubert  -  Wikipédia

Franz Schubert - Youtube