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segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Dança com Lobos - O belíssimo filme (veja cenas imperdíveis)

1. - Dança com Lobos


Dança com Lobos é um filme americano de 1990, dos gêneros aventura e colonização americana, dirigido por Kevin Costner e baseado em romance de Michael Blake.

É um dos mais belos filmes sobre a relação com os indígenas americanos. A fotografia é belíssima e o enredo mostra a convivência desenvolvida pelo oficial  americano com a tribo e os costumes indígenas que ele passa a admirar.  

 foto do soldado John Dunbar (Kevin Costner) ajoelhado no campo com o fiel cahorro do lado olhando para o horizonte


O filme, que marcou a estreia de Costner na direção, foi produzido por ele e Jim Wilson. A trilha sonora é de John Barry, a direção de fotografia de Dean Semler, o desenho de produção de Jeffrey Beecroft, a direção de arte de William Ladd Skinner, o figurino de Elsa Zamparelli e a montagem de William Hoy, Chip Masamitsu, Steve Potter e Neil Travis.

O orçamento foi de US$ 15 milhões, mas só nos Estados Unidos o filme arrecadou mais de US$ 180 milhões.

2. - Sinopse


 foto da capa do dvd dança com lobos, o soldado Dunbar e o chefe kicking bird  John Dunbar (Kevin Costner) é um oficial de cavalaria que se destaca como herói na Guerra Civil Americana e, por isto, recebe o privilégio de escolher onde quer servir. Ele escolhe um posto longínquo e solitário, na fronteira. Ali estabelece amizade com um grupo de índios Sioux - Lakota, sacrificando a sua carreira e os laços com o exército estadunidense em favor da sua ligação com este povo, que o adota.

Ao mesmo tempo que ele passa admirar os valores da cultura indígena ele também passa a ser respeitado pelos guerreiros após participar de uma caçada de búfalos e salvar uma criança de ser morta por um dos animais.
Personagens principais


  • Kevin Costner .... John Dunbar / Dança com lobos
  Tenente Dunbar escolhe ir patrulhar na fronteira para conhecer a realidade do lugar.
  • Mary McDonnell .... Stands With a Fist (br:"De Pé com Punho")
    Mulher branca que vivia com a tribo Sioux e casa-se com Dunbar.
  • Graham Greene .... Kicking Bird (br:"Pássaro Esperneante")
    Chefe da tribo Sioux que decide estabelecer um contato amistoso com Dunbar.
  • Rodney A. Grant .... Wind in His Hair (br:"Vento no Cabelo")
    Maior Guerreiro da tribo e sucessor do chefe Kicking Bird. 


foto do guerreiro wind in his hair e o chefe kicking bird chegando na casa de John Dunbar em seus cavalos
wind in his hair e o chefe kicking bird
foto de dança com lobos (DUnbar) beijando stands with a fist
dance with wolves e stands with a fist


3. - Prêmios


Oscar de 1991 - 7 vitórias de 12 indicações
  • melhor filme
  • melhor diretor (Kevin Costner)
  • melhor fotografia
  • melhor montagem
  • melhor trilha sonora (John Barry)
  • melhores efeitos sonoros
  • melhor roteiro adaptado (Michael Blake)
Indicações
  • melhor ator (Kevin Costner)
  • melhor ator secundário (Graham Greene)
  • melhor atriz secundária (Mary McDonnell)
  • melhor direção de arte;
  • melhor figurino



4. Cenas

a) Dança do fogo


Tendo como companhia apenas o lobo apelidado por ele de duas meias e o seu cavalo Cisco, o jovem tenente faz uma cena de dança noturna emocionante.



b) Tentativa de intimidação


O primeiro contato do tenente Dunbar com o mais bravo guerreiro da tribo Sioux (Wind in the hair - Vento nos cabelos) não foi amistoso. Foi uma tentativa de intimidação. Após um período de contato mais profundo, os dois iriam se tornar quase irmãos.



c) Aproximação com os índios - Estabelecimento de diálogo


Após estarem sabendo da existência um do outro, o Chefe índio resolve estabelecer contato com o tenente americano.





d) Caçada de búfalos


A cena de caça de búfalos é fantástica. Os guerreiros e os búfalos em alata velocidade criam um ambiente de tensão eletrizante.



e) Despedida do acampamento índio 


Como o inverno estava chegando havia a necessidade da tribo se movimentar para outra região. Além disso o exército americano estava se movimentando para a região e havia a necessidade de se evitar o confronto pois o exército era em número muito maior. Dunbar (Costner) havia feito muita amizade na tribo, com as crianças e com o guerreiro filho do Caçique que fica muito emocionado com a partida. 




5. Referências


Wikipedia - Dance with wolves

Youtube - best scenes 

adorocinema




A Virgem Velada - Giovanni Strazza

1. - A Virgem Velada



A Virgem Velada é uma escultura em Mármore de Carrara talhada em Roma pelo escultor Italiano Giovanni Strazza (1815–1878), retratando o busto de Virgem Maria sob um véu. A data exata da conclusão da obra é desconhecida, sendo provavelmente do início da década de 1850. 

A escultura foi transportada para a Colônia de Terra Nova em 1856, conforme registrado em 4 de dezembro no diário do bispo John Thomas Mullock: 

"Recebida com segurança de Roma, uma bela estátua da Santíssima Virgem Maria, em mármore, de Strazza. O rosto está velado e é possível ver sua feição e suas características. É uma perfeita obra de arte."

Essa é uma das obras mais extraordinárias já realizadas. O efeito de transparência é simplesmente fantástico.

escultura a Virge Velada - face frontal
Virgem Velada, Giovanni Strazza

A Virgem Velada foi então mantida no Palácio Episcopal, próximo à Catedral Católica Romana, em St. John's , até 1862, quando o Bispo Mullock a presenteou à Madre Maria Madalena O'Shaughnessy, Madre Superiora do Convento da Apresentação de Maria. O busto manteve-se, desde então, sob o cuidado das Irmãs da Apresentação, na Cathedral Square, em St. John's, Terra Nova, Canadá. 

Outros ângulos

 escultura A Virgem Velada em três angulos
Veiled Virgen, Giovanni Strazza, créditos foto: @Megapixx~/flickr



2. - Dificuldades da Técnica


O Mármore onde está esculpida o rosto da Virgem é um dos materiais mais duros do planeta. Além disso a técnica de escultura em mármore não tem adição. É uma escultura 100 % feita por subtração. Por isso, dizem que para esculpir uma figura em mármore, o escultor pega o bloco e “simplesmente tira dele tudo que não é a imagem”.


3. - Simbolismo


O nacionalismo italiano estava em ascensão em meados do século XIX. A Virgem Velada de Strazza é um notável exemplo do movimento de arte nacionalista italiano chamado Risorgimento. A imagem da mulher velada pretendia simbolizar a Itália, assim como Britânia simbolizava a Grã-Bretanha, Hibernia simbolizava a Irlanda e a Estátua da Liberdade simbolizava os Estados Unidos. Pietro Rossi e Raffaelle Monti foram os mais importantes contemporâneos italianos de Strazza, que também esculpiram mulheres veladas.

4. - Giovanni Strazza


Giovanni Strazza (1818-1875) foi um escultor italiano que nasceu em Milão, na Itália. Ele estudou na Academia Brera em Milão e depois trabalhou em Roma entre 1840 e 1858. Ele retornou a Milão, onde lecionou de 1860 a 1875, passando a "cadeira de escultura" para Giosuè Argenti.

5. - Localização de Terra Nova


 Mapa da Localização de St. John, Canadá
St. John, Terra Nova, Canadá


6. - Referências


Wikipédia - Virgem Velada / Giovanni Strazza

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

História da Civilização Egípcia III : Dinastia IV e as Grandes Pirâmides

I . A Dinastia IV


A IV dinastia egípcia foi a segunda das quatro dinastias que formaram o Antigo Império.

Esta dinastia marca um período de riqueza e esplendor, caracterizando-se os seus monarcas por uma tal paixão de monumentos a si próprios que, nesse grau, nunca homens antes ou depois tiveram oportunidade de alimentar ou satisfazer. 

As Pirâmides de Gizé
As Pirâmides de Gizé


Foram os reis Quéops (3.733 A.C.), Quéfren e Miquerinos dessa quarta dinastia que levantaram as vastas massas da grande, da segunda e da terceira pirâmides, em Gizé. A grande tem 137 metros de altura e os seus lados, 213 metros. Calcula-se o seu peso em 4.883.000 toneladas.

Os reis da quarta Dinastia

  • Snefru: 2614 - 2579 (JvB)
  • Khuphu (Quéops): 2579 - 2556 (JvB); 2528 - 2526 (JM)
  • Djedef-re (Didrufi): 2556 - 2547 (JvB); 2526 - 2518 (JM)
  • Khafre (Quéfren): 2547 - 2521 (JvB); 2518 - 2493 (JM)
  • Bauef-re: 2521 - 2514 (JvB); 2493 - 2488 (JM)
  • Menkaure (Miquerinos): 2514 - 2486 (JvB); 2488 - 2460 (JM)
  • Chepseskaf: 2486 - 2479 (JvB); 2460 - 2456 (JM)

II. - Snefru e as Pirâmides curvadas e a Pirâmide vermelha (pirâmide perfeita)


II.1 - Snefru

Seneferu ou Snefru foi o primeiro faraó da IV Dinastia do Antigo Egito. Reinou entre 2613 e 2579, conforme a cronologia estabelecida pelos diversos investigadores.



Escultura de SnefruDurante seu reinado, hordas asiáticas invadiram o Delta, que ele defendeu construindo vários fortes na fronteira; estas construções foram lembradas e associadas ao seu nome por dez séculos. Ele também teve problemas com as minas de cobre do Sinai, e, ao retomar seu controle, fez com que seu espírito fosse adorado pelas gerações seguintes como o deus protetor das minas.

Seneferu ordenou uma campanha militar na Núbia, a respeito das quais as inscrições egípcias falam de milhares de prisioneiros. Há razões para duvidar da historicidade destes relatos; estas intervenções teriam tido como objectivo essencial manter a ordem e impedir ataques ao Egipto por partes daqueles povos.

Em contrapartida, as expedições comerciais foram inúmeras. O rei ordenou expedições para explorar as minas de turquesa de Uadi Maghara no Sinai. Ele construiu uma frota de navios, e comerciou com Creta e a costa da Síria, trazendo do Líbano o seu famoso cedro.

As Pirâmides de Seneferu

O rei notabilizou-se pela sua grande actividade arquitectónica. Durante o seu reinado surgiu pela primeira vez a pirâmide lisa no Egipto. A Seneferu estão associadas três pirâmides, uma em Meidum e outras duas em Dashur.

A pirâmide de Meidum foi provavelmente começada no reinado do seu antecessor. Quando a corte se mudou para Dahshur no ano 15 do reinado de Seneferu, o monarca ordenou a construção de uma pirâmide, conhecida hoje em dia como "romboidal", com arestas arqueadas que mudam de ângulo a meio da estrutura. Não se sabe se a arquitectura da pirâmide seria propositada ou um erro de construção.

Pirâmide Romboidal de Meidum


Pirâmide de Meidum
piramide de Meidum, foto de Jon Bodsworth
Habitualmente considera-se que a pirâmide de Meidum começou a ser construída no tempo do rei Huni, último rei da III dinastia, tendo sido terminada por Seneferu, primeiro rei da IV dinastia. Contudo, alguns investigadores atribuem a construção de toda a pirâmide ao rei Seneferu. No local não existem inscrições que indiquem quem teria ordenado a construção; alguns grafitos perto das ruínas mostram que os antigos Egípcios atribuíram a pirâmide a Seneferu.

Esta pirâmide é vista como intermédia entre a pirâmide escalonada (ou em "degraus") de Djoser e as pirâmides perfeitas do tempo da IV dinastia

Pirâmide Curvada


A Pirâmide Curvada se localiza próxima a Dahshur, no Egito. Existe a dúvida, segundo os arqueólogos, se a pirâmide teria sido concluída às pressas, o que justifica o formato, ou se ele teria ficado instável obrigando a uma diminuição da angulação e da altura original projetada. 

O faraó Snefru, não satisfeito com a obra, mandou erguer a Pirâmide Vermelha, alguns quilômetros ao norte. 

Em cada uma das faces, na base, a pirâmide mede cerca de 190 metros, e 102 metros de altura. Essa pirâmide também é diferente das demais pelo fato de possuir duas entradas, uma na direção Norte e a outra na direção Oeste. É também uma das pirâmides mais bem conservadas no Egito, provavelmente devido ao modo como as pedras foram colocadas.

Pirâmide Curvada
Pirâmide Curvada, foto Jon Bodsworth em wikipedia



Pirâmide Vermelha / Pirâmide Perfeita


Pirâmide Vermelha, assim chamada pela cor rubro-clara da sua superfície exposta de granito, é maior das três principais pirâmides localizadas na necrópole de Dahshur, e é a terceira maior pirâmide egípcia, após as de Quéops e Quéfren em Gizé. 


Pirâmide Vermelha
Pirâmide Vermelha, foto de Hajor em wikimedia commons


Quando foi terminada, era a maior estrutura criada pelo ser humano no mundo. Também se acredita que ela foi a primeira "verdadeira" pirâmide com lados lisos do mundo. Originalmente, ela foi coberta com blocos de pedra calcária polida, mas só uns poucos destes permanecem, na base da pirâmide.


III. - A grande Pirâmide de Quéops


III.1 - Quéops


escultura de Kufu
estátua de Khufu, Museu
Egípcio
Quéops, Khufu em egípcio antigo, foi um faraó do Antigo Império do Egito Antigo que reinou por volta de 2551 a.C. a 2528 a.C. Foi o segundo faraó da Quarta dinastia. Quéops era filho do faraó Snefru e, ao contrário de seu pai, foi lembrado como sendo cruel e sem piedade.

Seu único retrato totalmente preservado é uma estatueta de 3 polegadas de marfim encontrada em um templo em ruína de período posterior em 1903. Todos os outros relevos e estátuas foram encontradas em fragmentos e muitos edifícios de Khufu são perdidos hoje. O que se sabe hoje sobre Khufu vem de inscrições em sua necrópole de Gizé e de documentos posteriores.


III.2 - A Grande Pirâmide


A Pirâmide de Quéops (ou Khu-fu), também conhecida como a Grande Pirâmide de Gizé é a mais antiga e a maior das três pirâmides na Necrópole de Gizé, no Egito. É a mais antiga das Sete Maravilhas do Mundo Antigo e a única a permanecer em grande parte intacta.


foto da Pirâmide de Quéops
Pirâmide de Quéops, foto HistoriacomGosto

A pirâmide foi construída como um túmulo durante a IV dinastia egípcia para o faraó Quéops ao longo de um período de 10 a 20 anos, em torno de 2 560 a.C. 

Inicialmente com 146,5 metros de altura, a Grande Pirâmide foi a mais alta estrutura feita pelo Homem até a Catedral de Lincoln, na Inglaterra, chegar a sua altura máxima (160 m) em 1311, durante a Idade Média.

Originalmente, a Grande Pirâmide era coberta por um invólucro de pedras polidas que formavam uma superfície exterior lisa que brilhava sob a luz do Sol; o que é visto atualmente é a estrutura do núcleo da pirâmide. Algumas das pedras do revestimento que cobria a estrutura ainda podem ser vistas em torno da base. 

foto de perto da lateral da PirÂmide de Quéops com foco nos blocos
Pirâmide de Quéops, foto HistoriacomGosto

Há várias teorias científicas sobre as técnicas de construção da Grande Pirâmide. A maioria das hipóteses de construção aceitas baseiam-se na ideia de que ela foi construída através da movimentação de enormes pedras de uma pedreira, que foram arrastadas e levadas até o local.

Há três câmaras conhecidas dentro da Grande Pirâmide. A câmara mais baixa foi escavada no leito rochoso sobre o qual a pirâmide foi construída e ficou inacabada. As chamadas "Câmara da Rainha" e "Câmara do Rei" estão mais acima na estrutura de pirâmide. 

A parte principal do complexo é um conjunto de edifícios que inclui dois templos mortuários em honra a Quéops, três pirâmides menores para esposas do faraó, uma pirâmide "satélite" ainda menor, uma calçada que liga os dois templos e as pequenas mastabas que cercam a pirâmide e que foram feitas para os nobres do sociedade egípcia antiga.


Materiais

A Grande Pirâmide consiste em cerca de 2,3 milhões de blocos que foram transportados de pedreiras nas proximidades. O calcário tura usado no revestimento foi extraído através do rio Nilo. As maiores pedras de granito da pirâmide, encontradas na câmara do "Rei", pesam entre 25 e 80 toneladas e foram transportadas de Assuã, a mais de 800 km. 

foto da Pirâmide de Quéops - floco nos grandes blocos iniciais
pirâmide Quéops, foto HistoriacomGosto
Tradicionalmente, os egípcios antigos cortavam blocos de pedra martelando neles algumas cunhas de madeira, que então eram embebidas com água. À medida que a água era absorvida, as cunhas se expandiam, fazendo com que a rocha rachasse. Uma vez cortados, eram levados de barco para cima ou para baixo do rio Nilo até a área de construção da pirâmide. Estima-se que na construção da Grande Pirâmide foram utilizados 5,5 milhões de toneladas de calcário, 8 mil toneladas de granito (importado de Assuã) e 500 mil toneladas de argamassa.

IV. Quéfren  


Quéfren

escultura de Kéfren
Quéfren (em egípcio antigo: Khaf-re) foi um faraó egípcio da quarta dinastia. Ele construiu a segunda maior das pirâmides de Gizé, a Pirâmide de Quéfren e um templo, que é o único exemplo de templo remanescente do período do Antigo Egito. Seu nome, Khaf-Re, significa "da coroa de Rá" para alguns tradutores; os hieróglifos representando seu nome possuem tal coroa.

O faraó Quéfren, ou Khafra, era filho do faraó Quéops e quarto rei da IV dinastia, ele reinou entre 2520 e 2494 a.C,

Quéfren em hieróglifos:   
←raxa
a
f→

A pirâmide de Quéfren

A Pirâmide de Quéfren é uma pirâmide egípcia que tem 143 metros de altura. A estrutura é parte da Necrópole de Gizé e suas paredes erguem-se menos íngremes que as da grande Pirâmide de Quéops.  Quéfren, ordenou que fosse construída sua pirâmide que hoje é, em tamanho, a segunda maior pirâmide do Antigo Egito.


visão global da pirâmide de Quéfren
Pirâmide de Quéfren, foto de Francisco Anzolla,
 wikimedia commons

V. - Miquerinos


Miquerinos, Menkauré em egípcio antigo, foi um rei da IV dinastia egípcia. Menkauré significa "estáveis são os kau de Ré" (sendo kau o plural de ka, elemento constituinte do ser humano na mentalidade egípcia).

escultura de MiquerinosEra filho de Quéfren, o rei da segunda pirâmide de Guiza, e da rainha Khamerernebti I. Foi casado com a sua irmã Khamerernebti II, tendo tido mais duas esposas. Miquerinos teve pelo menos dois filhos do sexo masculino: um faleceu e o outro, Chepseskaf, foi o seu sucessor.

Manetão, que o chama Mencheres, atribui-lhe um reinado de sessenta e três anos, algo considerado inverosímil pelos investigadores modernos. No Papiro Real de Turim o número que informa sobre este aspecto é de leitura difícil, desconhecendo-se se é 18 ou 28. O egiptólogo alemão Jürgen von Beckerath situa o seu reinado entre 2514 e 2486 a.C., enquanto que Jaromir Malek entre 2488 e 2460 a.C..


V.1 - A Pirâmide de Miquerinos

A Pirâmide de Miquerinos é a menor em tamanho e a terceira dentre as mais famosas pirâmides do mundo antigo, as Pirâmides de Gizé. A pirâmide foi feita para ser tumba do faraó Miquerinos (em egípcio Men-kau-Ra), ele era filho do faraó Quéfren, era o quinto soberano da IV Dinastia. 

A descoberta do seu nome aconteceu no século XIX, estava escrito no teto da câmara funerária de uma pirâmide secundária em ocre vermelho e também foram atribuídos a ele um conjunto de monumentos. O faraó Miquerinos reinou pouco tempo, por este motivo não teve tempo de concluir sua pirâmide.

foto da pirâmide de Miquerinos
Pirâmide de Mikerinos, foto de  Przemyslaw "Blueshade" Idzkiewicz.


Com a sua morte a pirâmide foi terminada às pressas, e foi usado material de qualidade inferior, várias partes ficaram inacabadas e seus revestimentos de granito para a construção não passaram da décima-sexta fila de pedras.

VI. - A Grande Esfinge de Gizé


A Grande Esfinge de Gizé , comumente referida apenas como Esfinge, é uma estátua da pedra calcária que representa uma esfinge (uma criatura mítica com corpo de leão e uma cabeça humana) localizada no planalto de Gizé. O rosto do monumento é geralmente considerado como uma representação do rosto do faraó Quéfren.

foto da esfígie de Gizé
Esfinge de Gizé, foto de HistoriacomGosto

É a maior estátua feita de monólito no mundo, com 73,5 metros de comprimento, 19,3 metros de largura e 20,22 m de altura. É a mais antiga escultura monumental conhecida e é comumente tida como uma obra construída por egípcios antigos do  Império Antigo durante o reinado do faraó Quéfren (c. 2558-2532 a.C.).

VII. - Referências


Wikipedia - Pirâmides / Dinastias / Esfinge

Faraós: https://www.egitoantigo.net/

terça-feira, 22 de janeiro de 2019

A História da Civilização Egípcia II - Primeiras Dinastias

I. - Período Dinástico Inicial


A história da civilização egípcia, conhecida também como a história do Egito Antigo, foi melhor organizada por Maneto, um historiador e sacerdote egípcio do terceiro século antes de Cristo. Ele criou o sistema cronólogico baseado nas dinastias. As dinastias começam com o controle unificado do Alto e do Baixo Egito.  

A primeira divisão da história é chamada de período arcaico, período dinástico inicial ou ainda época Tinita. Ela foi constituída pelas  dinastias 1 a 2, que existiram por volta dos anos 3150-2686 a.C.

Narmer

O primeiro rei do Egito unificado foi Narmer. Ilustrações alusivas a esse evento  foram encontradas em uma pedra que hoje se chama de "Paleta de Narmer" e está em exposição no museu Egípcio.


 foto da Paleta de Narmer
Paleta de Narmer, Museu Egípcio


As primeiras evidências de escritas datam desse período e foram registradas em estelas de pedra, plaquetas de madeira, jarros de cerâmica ou selos cilíndricos de argila.

Anterior à unificação do Alto e Baixo Egito, por volta do ano 3100 a.C., as terras eram ocupadas por vilarejos autônomos.

Atribui-se a Narmer que ele manteve relações com a Fenícia, fez guerra contra a Líbia e a Núbia, iniciou a construção de Mênfis, canais e barragens no Nilo.


A formação do Estado

No fim do período dinastico inicial, o estado estava formado e os reis começaram a construir grandes túmulos subterrâneos com artigos funerários bem elaborados e custosos para mostrar a riqueza que acumularam.

Grandes túmulos reais em Abidos, Nacada e Sacará, juntamente com os cemitérios em Helouan, perto de Mênfis, revelam estruturas construídas  em grande parte de madeira e tijolo de adobe. A pedra era, parcamente, utilizada no revestimento de paredes e do chão. A pedra era aplicada essencialmente na manufactura de ornamentos, recipientes e estátuas.


Primeira Dinastia

NomeComentáriosData do reinado
Narmerou Menés?3200 – 3049 a.C.
Aha
Djer3049 – 3008 a.C.
Djet3008 – 2975 a.C.
Merneith Regente de Den
Denou Udimu2975 – 2935 a.C.
Anedjibou Enezib2935 – 2925 a.C.
Semerkhet2925 – 2916 a.C.
Qaa2916 – 2890 


Segunda Dinastia


A Segunda dinastia de faraós do Egipto governou o país aproximadamente de 2825 a.C. a 2675 a.C.. Os nomes destes faraós são: 

Hotepsekhemwy
Nebré
Ninetjer
Weneg
Sened
Peribsen
Sekhemib 
Khasekhemwy

Durante a segunda dinastia aconteceram crises dinásticas, lutas internas pelo poder e rebeliões de cidades. O Egito se separou novamente em torno de 2781 a.c. em dois reinos outra vez; Foi Khasekhemui que sufocou várias rebeliões e consolidou a unificação egípcia de forma definitiva.


II - Mastabas



Uma mastaba ("casa para a eternidade" ou "casa eterna") é um túmulo egípcio antigo, em que eram sepultados faraós ou nobres importantes do Egito antigo. 

Tinham a forma de um tronco de pirâmide (paredes inclinadas em direcção a um topo plano de menores dimensões que a base), cujo comprimento era aproximadamente quatro vezes a sua largura.



 foto de uma Mastaba faraônica


Começaram-se a construir desde a I Dinastia (cerca de 3100 a.C.) e foi o gênero de edifício que precedeu e preparou as pirâmides. Quando estas começaram a ser construídas, a mastaba permaneceu como a sua alternativa mais simples.

Eram construídas com tijolo produzido a base de argila e palha e exposto ao sol do deserto, de barro e/ou pedra talhada com uma ligeira inclinação para o interior, o que vai ao encontro da etimologia da palavra. 

Etimologicamente, a palavra vém do árabe maabba = banco de pedra (ou lama, segundo alguns autores). Efetivamente, vistos de longe, estes edifícios assemelham-se a bancos de lama, terra ou pedra.



Pinturas Murais

Por todo o Egito existem milhares de mastabas com uma grande variedade de pinturas murais, algumas com valor artístico inestimável. Essas imagens retratam, geralmente, atividades do quotidiano no antigo Egito. Deste modo, estes monumentos funerários revelam-se uma fonte importantíssima de informação sobre este período da história da humanidade, no que diz respeito à vida das classes mais modestas (ainda que fossem túmulos de luxo de personalidades eminentes). 

As pinturas que ornamentam as mastabas contrastam com as das pirâmides que representam, essencialmente, a vida na corte e as atividades no palácio do faraó.

III. - Abidos



Abidos, foi ocupado pelos governantes do período pré-dinástico. Os vestígios da cidade, templos e túmulos foram encontrados no local. Abidos foi o lugar de enterro mais importante de Antigo Egito no início do período dinástico. Os faraós da I Dinastia, incluindo Narmer, e alguns da II Dinastia foram enterrados lá. 

 foto das ruínas da cidade de Abidos
Vista áerea de Abydos, foto da Brown University

Com o tempo o local de governo foi se deslocando para Memphis, mas durante a XIX dinastia Abidos voltou a tornar-se uma importante cidade do Alto Egito junto com Tebas, Assuã, Luxor, Karnak e Abu Simbel.

IV. - De Abidos a Saqqara


Inicialmente o governo se estabeleceu em Abidos e ondese encontraram os túmulos dos primeiros reis (primeira e segunda dinastia). Com o tempo o governo deslocou-se para Memphis, perto de Saqqara e 30 Km do Cairo.  Abidos fica 180 Km acima de Luxor, que foi o outro centro de governo e religioso do Egito.

foto da rota de Abidos à Saqqara

V. - Saqqara


Saqqará é o nome de um sítio arqueológico do Egito, que funcionou como necrópole da antiga cidade de Mênfis, uma das várias capitais que o Antigo Egito conheceu ao longo da sua história. 

foto da região de Saqqara
Saqqara, foto de HistoriacomGosto


Situa-se a cerca de trinta quilómetros a sul da moderna cidade do Cairo, apresentando uma área com mais de seis quilómetros de comprimento e um quilómetro e meio de largura. No local encontram-se estruturas funerárias de um período que se estende desde 3 000 a.C.até 950 d.C.


foto de uma estrutura funerária de Saqqara
Adicionar legenda

O nome "Sacará" deriva de Sokar, nome de um deus da mitologia egípcia considerado como protector da necrópole e que junto com o deus Ptá e o deus Nefertum formava a tríade de Mênfis.  

Túmulos da época Tinita

Na região norte de Sacará foram descobertos a partir dos anos trinta do século XX um conjunto de túmulos de grande dimensões datados da Época Arcaica ou Tinita (período histórico constituído pela I e II dinastias).

A descoberta destes túmulos gerou certa perplexidade no meio egiptológico, dado que foram considerados como túmulos reais. Na época já se conheciam os túmulos reais da I dinastia em Abidos, tendo sido avançada a hipótese de que em Sacará estariam os verdadeiros túmulos reais e em Abidos uma espécie de cenotáfios. Contudo, hoje em dia considera-se que estes túmulos eram de altos funerários da época.

Os túmulos encontrados correspondem ao tipo mastaba, encontrando-se alinhados no sentido norte-sul. Foram construídos em adobe, apresentando fachadas que imitam a fachada de um palácio real.

Três tumbas acessíveis - Mereruka, Teti e Kagemni 

Estão sinalizadas e acessíveis as tumbas de Mereruka, Teti e Kagemni, todos reis da sexta dinastia.


foto do deserto e de tumbas enterradas da regiãode Saqqara
Saqqara, foto HistoriacomGosto

Tumba de Ka Gemni

 foto da entrada de uma tumba - Ka Gemni  foto do interior de tumba de Ka Gemni
foto das inscrições da Tumba de Ka Gemni


Outras Mastabas em Saqqara 

Três outras mastabas são encontradas fora do complexo de Djosé, são as mastabas de Idut, Nebet e Khenut. A mastaba da Princesa Idut é a mais decorada das três. Pena que ela está constantemente fechada para visitações.



 Desenho na parede da Mastaba de Idut
Mastaba de Idut


desenho interno na Mastaba de Idut contendo um barco levando alguém
Mastaba de Idut


VI. - Terceira Dinastia, King Djoser e a Pirâmide de Degraus



 - A Terceira Dinastia


A III dinastia egípcia inicia a era conhecida como Antigo Império. Esta época foi caracterizada pela origem das pirâmides e por ter sido o início de um periodo pacífico de quinhentos anos. Djoser foi o segundo faraó da Terceira Dinastia e teve como grande feito a Pirâmide de Degraus, primeira a ser construída, feita para ser ocupada por ele na cidade de Sacara.

  • Sanakht (ou Nebka): 2686-2665
  • Djoser (Netjerirkhet): 2665-2645 (JvB); 2628-2609 (JM)
  • Sekhemkhet (Djoser Teti): 2645-2638 (JvB); 2609-2603 (JM)
  • Khaba 2638-2614 (JvB); 2603-2597 (JM)
  • Huni (Qa Hedyet?): 2597-2573 (JM)


Djoser

Djoser, foi o segundo faraó da Terceira Dinastia do Império Antigo do Egito. Ele reinou durante quase duas décadas (19 anos). Foi responsável pela construção do primeiro grande edifício em pedra do mundo, a Pirâmide de Degraus de Saqqara (cidade dos mortos, na margem esquerda do rio Nilo), idealizada pelo seu arquiteto Imhotep. 

 foto da estátua de Djose
Statue of Djose
Até então, os governantes eram sepultados nas mastabas em Abidos — uma construção retangular de apenas um piso. Pela construção da pirâmide de degraus de Saqqara, sugere-se que durante seu reinado, o Egito estava politicamente estável e com uma economia bem sucedida.

Saqqara é conhecida por nela se encontrar o complexo funerário de Djoser, rei da III dinastia egípcia, com a sua conhecida pirâmide em degraus (ou escalonada), embora esta estrutura, data de cerca de 2 630 a.C., não seja verdadeiramente uma pirâmide. O arquitecto do rei, Imhotep, levantou no local uma mastaba quadrangular, sobre a qual se ergueram, numa primeira fase, três andares e depois, mais dois. A estrutura acabou assim por apresentar seis "degraus", atingindo cerca de sessenta metros de altura.


Pirâmide de Degraus

 foto da Pirâmide de Degraus
Pirâmide de Degraus, foto HistoriacomGosto

A mastaba apresentava o poço funerário habitual cavado no centro. Ao lado deste jazigo encontram-se outros aposentos funerários destinados a familiares do rei, cujas paredes estão cobertas por placas azuis.

O complexo inclui também um pátio ao ar livre, onde se celebrava a festa Sed, através da qual se pretendia renovar a força vital do soberano graças à realização de uma série de rituais. A norte do pátio estão dois edíficios que representam o Alto Egipto e o Baixo Egipto. Também na zona norte se encontra o serdab, nome árabe que designa uma pequena capela funerária onde se colocava uma estátua do defunto. Ali foi encontrada uma estátua do rei que se encontra hoje no Museu Egípcio do Cairo.

O complexo encontra-se rodeado por uma muralha com dez metros de altura, que apresenta catorze portas falsas e uma verdadeira.

VII. - Imhotep


 foto da estátua de Imhotep
Estatueta de Imhotep,
Louvre
Imhotep "aquele que vem em paz" (século XXVII a.C., ca. 2655-2600 a.C.) foi m polímata egípcio, que serviu a Djoser, rei da Terceira Dinastia, na função de vizir ou chanceler do faraó e sumo-sacerdote do deus-sol Rá, em Heliópolis. É considerado o primeiro arquiteto, engenheiro e médico da história antiga, embora dois outros médicos, Hesy-Ra e Merit-Ptah, tenham sido contemporâneos seus. A lista completa de seus títulos é:
Chanceler do Rei do Egito, Doutor, Primeiro na linhagem do Rei do Alto Egito, Administrador do Grande Palácio, Nobre hereditário, Sumo Sacerdote de Heliópolis, Construtor, Carpinteiro-Chefe, Escultor-Chefe, e Feitor-Chefe de Vasos.


VIII. Referências


wikipedia: Dinastias egípcias / Saqqara / Abydos / Djosé / Imhotep