I. História de Paris, França - 02
I.1. - Renascença
Na França, a Renascença teve a sua maior influência na corte real residente no Vale do Loire, e por isso não trouxe benefícios para Paris. Entretanto, apesar do seu afastamento, a monarquia se inquietava com a expansão desordenada da cidade. A primeira regulamentação urbanística foi decretada em 1500 a propósito da nova ponte de Notre-Dame, sobre a qual se construíram casas uniformes de tijolo e pedra com o estilo Luís XII.
La joute de mariniers entre le pont Notre-Dame et le Pont-au-Change, por Nicolas-Jean-Baptiste Raguenet, de 1756, o quadro mostra claramente as casas em cima da ponte já de pedra. |
A ponte anterior
Em 31 de maio de 1412, Carlos VI de França ordenou a construção da primeira versão da ponte a ser chamada de "Notre-Dame". Esta estrutura era composta de madeira maciça e conectada a Île de la Cité pela rue Saint-Martin. A ponte levou sete anos para ser construída e tinha sessenta casas em cima dela, trinta de cada lado. As casas foram observadas por Robert Gauguin como "notáveis para sua altura, e a uniformidade da construção" e foram chamadas de as "mais bonitas na França." A ponte de madeira do rei Carlos desabou em 25 de outubro de 1499 perto das 9 horas, provavelmente devido a instabilidades estruturais causadas pela falta de reparos.
A nova ponte
Desta vez, a ponte foi construída com pedra, como uma ponte em arco sob a direção do arquiteto, erudito e frade franciscano italiano Giovanni Giocondo, que também tinha supervisionado a construção do Petit Pont. A construção foi concluída em 1507, com construções de tijolos sobre ela e se tornaria um local de comércio.
I.2 - Hotel de Ville
O Hôtel de Ville de Paris, é a sede do governo municipal de Paris desde 1357. A sua arquitetura é da época renascentista, período em que sofreu uma grande remodelação por obra do arquitecto italiano Domenico da Cortona. Foi ainda totalmente reconstruído depois de um incêndio em 1871, mantendo o aspecto original. Encontra-se na margem norte do Sena e é considerado um marco turístico tanto pelos franceses como pelos estrangeiros.
Hôtel de Ville, foto HistoriacomGosto |
Paris teve diversas insurreições, e o Hôtel de Ville foi frequentemente ponto de reunião de insurgentes, amotinados e revolucionários. O Hôtel de Ville é um lugar cheio de história, tendo servido de palco a vários acontecimentos que vão da revolução francesa aos dias revolucionários de 1830 e 1848.
I.3 - Ponte Neuf
A Pont Neuf é a ponte mais antiga de Paris, que existe nos dias atuais, e também a mais longa. Ela possui 232 m de comprimento e é decorada com belos candelabros negros. É uma das pontes mais bonitas da cidade.
Construída entre 1597 e 1607, foi a primeira ponte de pedra que se edificou em Paris e que atravessa todo o Sena, já que as anteriores foram construídas com madeira.
pont neuf, foto de Bargotiphotography |
A ponte foi uma novidade para a época, já que se tornou a primeira a cruzar o Sena em toda a sua largura, conectando as duas margens do rio e a parte mais ocidental da Île de la Cité.
I.4 - Palácio de Luxemburgo
O Palácio do Luxemburgo foi construído por Marie de Médicis, mãe do rei Luís XIII, no local de um antigo hotel particular pertencente a François, duque de Luxemburgo, de onde vem o seu nome. Marie de Médicis comprou a estrutura e a sua grande área em 1612, e encomendou o novo edifício, em 1615. O seu arquiteto foi Salomon de Brosse.
Catarina de Médicis
Marie de Médicis era parente remota de Catarina de Médicis, que foi casada com Henrique II e que a antecedeu no trono. Catarina foi rainha consorte de 1547 a 1599. Depois da morte do marido, e do seu filho sucessor Francisco após um ano, ela tornou-se regente de seu filho, o rei Carlos IX, de dez anos, com amplos poderes. Depois que Carlos morreu em 1574, Catarina teve um papel fundamental no reinado de seu terceiro filho, Henrique III, que dispensou os conselhos da mãe somente em seus últimos meses de vida em 1589.
Henrique II, o rei esposo de Catarina, manteve um relacionamento amoroso com Diane de Poitiers durante toda a sua vida.
Maria de Médici
Maria de Médici foi a segunda esposa do rei Henrique IV e rainha consorte da França de 1600 até 1610, além de regente durante a menoridade de seu filho Luís XIII, entre 1610 e 1614, permanecendo no poder até 1617. Era filha de Francisco I de Médici, Grão-Duque da Toscana com sua primeira esposa, a arquiduquesa Joana da Áustria.
Palácio de Luxemburgo, foto de Nadiia_foto |
No século XIX o palácio foi extensamente remodelado, com uma nova fachada para o jardim, obra de Alphonse de Gisors realizada entre 1836 e 1841), e um ciclo de pinturas, realizado entre 1845 e 1847 por Eugène Delacroix, o qual foi adicionado à biblioteca.
Durante a ocupação germânica de Paris (1940-1944), Hermann Göring ocupou o palácio, usando-o como quartel general da Luftwaffe em França.
Atualmente o Palácio é a sede do Senado Francês.
I.5 - Jardins de Luxemburgo
O maior parque de Paris e com certeza o mais bonito para passear tanto no verão como no inverno são os jardins do palácio de Luxemburgo. Um verdadeiro Oásis verde no coração de Paris.
Jardins de Luxemburgo, foto de Brian Kinney |
1.6 - Jardins de Tuileries
O jardim das Tuileries, é um jardim típicamente francês, e é o mais antigo de Paris. Ele fazia parte do "Palais des Tuileries" na época em que foi construído.
Inicialmente ele era um jardim à moda italiana, que a rainha Catarina de Medicis, que era da nobreza italiana e nascida em Florença, construiu em paralelo com o palácio no século XV.
I.7 - A Universidade de Sorbonne
A Sorbonne foi fundada como colégio integrante da Universidade de Paris, em 1257, por Robert de Sorbón, capelão e confessor do rei São Luís, com a intenção de facilitar o ensino da teologia para estudantes pobres.
Três séculos depois, converteu-se em lugar privilegiado para a realização de debates teológicos e teve um papel importante nas querelas religiosas contra os jesuítas, no século XVI, e contra os jansenistas, no século XVII. Já no século XVI, por ser a faculdade mais importante, a Sorbonne era considerada como o núcleo principal da Universidade. Sorbonne e Universidade de Paris passaram a ser sinônimos.
Capela de Santa Ursula, foto HistoriacomGosto |
Em 1622, o cardeal de Richelieu, que havia sido aluno da Sorbonne em 1606-1607, torna-se o seu provedor e, em 1627, promove a renovação dos edifícios, além de construir a magnífica capela de Santa Úrsula. A localização atual data dessa época. Posteriormente, os edifícios construídos por Richelieu foram demolidos, com exceção da capela, onde está seu túmulo. A nova construção forma um retângulo de 21.000 metros quadrados, três vezes maior que a Sorbonne erguida pelo cardeal.
Sob a Revolução Francesa, os prédios foram fechados aos estudantes, em 1791. Em 1794, a capela é transformada em templo da deusa da Razão. Napoleão Bonaparte transforma o local em ateliês de artistas. A partir de 1806, Napoleão reorganiza o sistema de ensino francês e cria em Paris as faculdades de Ciências, Letras, Teologia, Direito e Medicina. A Sorbonne torna-se sede das três primeiras bem como da reitoria da Academia de Paris. Atualmente, suas salas, reconstituídas em sua totalidade entre 1885 e 1901, são destinadas sobretudo ao ensino de Humanidades - História, Geografia, Filosofia, Direito e Línguas.
Sorbonne, foto de historiacomgosto |
Entre os estudantes conhecidos que passaram por esta universidade incluem: Balzac, Simone de Beauvoir, Jean-Luc Godard, Bento XVI, Erasmus, Pierre e Marie Curie, Jean-Paul Sartre ...
Ao longo dos anos, a Sorbonne desempenhou um papel importante no desenvolvimento da França com, por exemplo, as primeiras obras de impressão da França colocadas nessas instalações em 1470.
Anfiteatro da Sorbonne, crédito foto - flickr |
A Sorbonne nos dias de hoje é mais conhecida por seu papel no QG dos estudantes no tumultuado período de maio de 68. Foi após uma intervenção policial no pátio da Sorbonne que ocorreram as primeiras manifestações. A sequência de eventos entrou para a história.
I.8 - Palais Royal
O Palácio Real é um imponente edifício de frente para o Louvre , no primeiro distrito de Paris. Inclui um palácio que agora abriga o Conselho de Estado, o Conselho Constitucional e o Ministério da Cultura, um jardim, galerias e um teatro.
Embora nunca tenha sido um palácio real, apesar do nome enganoso, o Palais Royal foi construído pelo arquitecto Jacques Lemercier, a mando de Richelieu, a partir de 1624.
A partir de 1643, depois da morte de Luís XIII, abrigou a Rainha-Mãe Ana da Áustria, o Cardeal Mazarino e o jovem Luís XIV. Nesta época passou a ser chamado de Palais Royal, nome que iria manter.
A partir de 1643, depois da morte de Luís XIII, abrigou a Rainha-Mãe Ana da Áustria, o Cardeal Mazarino e o jovem Luís XIV. Nesta época passou a ser chamado de Palais Royal, nome que iria manter.
Em 1648, na época da Fronda, os parisienses invadiram o palácio para assegurar que o jovem Luís XIV e a sua mãe não voltariam a fugir.
palais royal, foto de Nadiia_foto |
II. - O Conflito religioso na França
"As Guerras religiosas na França constituem uma série de oito conflitos que devastaram o reino da França na segunda metade do século XVI, opondo católicos e protestantes calvinistas, conhecidos como huguenotes, marcando um período de declínio do país. Os conflitos se iniciaram a partir de dezembro de 1562.
O desenvolvimento do humanismo durante o Renascimento provocou o surgimento de uma corrente reformista que questionou os princípios tradicionais da religião católica, conforme ensinava a Igreja de Roma. Portanto, o catolicismo tradicional teve a oposição do protestantismo, e isso desencadeou uma terrível guerra civil.
As discórdias começaram devido a destruições iconoclastas, cometidas por protestantes, de objetos do ritual romano que os católicos consideravam sagrados: relíquias, Custódias e estátuas de santos.
O Caso dos Cartazes começou em 1534, quando os protestantes começaram a colocar cartazes anti-católicos. Os cartazes eram extremos em seu conteúdo anticatólico – especificamente, a rejeição absoluta da doutrina católica da “Presença Real”.
No final do reinado de Henrique II, o conflito se politizou, e após a morte do rei em 1559, os partidos religiosos se organizaram para preparar suas estruturas militares.
Um dos eventos mais infames das guerras foi o Massacre do Dia de São Bartolomeu em 1572, quando milhares de huguenotes foram mortos por católicos.
As guerras se prolongaram até 1598, e se encerraram com a promulgação do Édito de Nantes, por Henrique IV com a subseqüente proteção dos direitos dos huguenotes."
(fonte https://seuhistory.com/hoje-na-historia/guerras-religiosas-na-franca)
O desenvolvimento do humanismo durante o Renascimento provocou o surgimento de uma corrente reformista que questionou os princípios tradicionais da religião católica, conforme ensinava a Igreja de Roma. Portanto, o catolicismo tradicional teve a oposição do protestantismo, e isso desencadeou uma terrível guerra civil.
As discórdias começaram devido a destruições iconoclastas, cometidas por protestantes, de objetos do ritual romano que os católicos consideravam sagrados: relíquias, Custódias e estátuas de santos.
O Caso dos Cartazes começou em 1534, quando os protestantes começaram a colocar cartazes anti-católicos. Os cartazes eram extremos em seu conteúdo anticatólico – especificamente, a rejeição absoluta da doutrina católica da “Presença Real”.
No final do reinado de Henrique II, o conflito se politizou, e após a morte do rei em 1559, os partidos religiosos se organizaram para preparar suas estruturas militares.
Um dos eventos mais infames das guerras foi o Massacre do Dia de São Bartolomeu em 1572, quando milhares de huguenotes foram mortos por católicos.
As guerras se prolongaram até 1598, e se encerraram com a promulgação do Édito de Nantes, por Henrique IV com a subseqüente proteção dos direitos dos huguenotes."
(fonte https://seuhistory.com/hoje-na-historia/guerras-religiosas-na-franca)
III. - Os Personagens da França/Paris, nesse período
- Henrique II
Henrique II (Saint-Germain-en-Laye, 31 de março de 1519 – Paris, 10 de julho de 1559) foi o Rei da França de março de 1547 até sua morte. Segundo filho de Francisco I, tornou-se Delfim de França após a morte de seu irmão mais velho Francisco III, duque da Bretanha, em 1536. Foi casado com Catarina de Médici, da Casa dos Médici, com quem teve dez filhos e filhas.
Sucedeu as políticas de seu pai em assuntos ligados à arte, guerra e religião. Perseverou nas Guerras Italianas contra a Casa de Habsburgo e tentou suprimir a Reforma Protestante. No seu reinado os huguenotes se tornaram cada vez mais uma grande minoria na França.
- Catarina de Médicis (1547 a 1574)
Catarina Maria Romola di Médici nasceu em Florença, 13 de abril de 1519 e faleceu no Castelo de Blois, 5 de janeiro de 1589. Filha de Lourenço II de Médici e de Madalena de La-Tour de Auvérnia, foi uma nobre italiana que se tornou rainha consorte da França de 1547 até 1559, como a esposa do rei Henrique II.
Em 1533, com quatorze anos de idade, casou-se com Henrique, o segundo filho do rei Francisco I e da rainha Cláudia de França. Ela foi a rainha consorte da França de 1547 até a morte de seu marido. Ao longo de seu reinado, Henrique não permitiu que ela participasse dos assuntos do Estado e, em vez disso, favoreceu sua principal amante, Diana de Poitiers, que tinha grande influência sobre ele.
A morte de Henrique a empurrou para a arena política como a mãe do frágil rei Francisco II, de quinze anos de idade. Quando ele morreu, em 1560, ela tornou-se regente de seu filho, o rei Carlos IX, de dez anos, com amplos poderes. Depois que Carlos morreu em 1574, Catarina teve um papel fundamental no reinado de seu terceiro filho, Henrique III, que dispensou os conselhos da mãe somente em seus últimos meses de vida.
Seus três filhos reinaram na França em uma época de guerra civil e religiosa quase constante. Os problemas enfrentados pela monarquia eram complexos. Inicialmente, ela aceitou uma solução de compromisso e fez concessões aos rebeldes huguenotes, como ficaram conhecidos os protestantes na França.
Ela não conseguia, no entanto, compreender as questões teológicas por trás da revolta e, mais tarde, recorreu a políticas de linha dura, com frustração e raiva, contra os rebeldes. Por conta disso, chegou a ser responsabilizada pelas perseguições excessivas realizadas sob o reinado de seus filhos, em especial pelo massacre de São Bartolomeu, no qual milhares de huguenotes foram mortos em Paris e em toda a França.
Henrique III (1574 a 1589)
Era o quarto filho do rei Henrique II e da rainha Catarina de Médici. Sob o reinado de seu irmão Carlos IX, tornou-se chefe do exército real e derrotou os protestantes nas batalhas de Jarnac e Moncontour. Ele foi eleito ao trono polaco-lituano aos 21 anos de idade em maio de 1573. Seu governo na Polônia foi curto, tendo deixado o reino para tornar-se rei da França em 1574 após a morte de seu irmão, que morreu sem descendência masculina.
Ao tornar-se rei da França, Henrique III herdou um reino dividido, onde a sua autoridade é apenas parcialmente reconhecido. Seu reinado foi marcado pela crise religiosa, política e econômica. Quatro guerras religiosas ocorreram durante o seu reinado
- Henrique IV (1589 a 1610)
Henrique IV (Pau, 13 de dezembro de 1553 - Paris, 14 de maio de 1610), também conhecido como "o Bom Rei Henrique", foi o Rei de Navarra como Henrique III de 1572 até sua morte, e também Rei da França a partir de 1589. Era filho de Antônio, Duque de Vendôme e Joana III de Navarra, sendo o primeiro monarca francês da Casa de Bourbon.
Em 1589, quando morreu seu primo e cunhado Henrique III de Valois, rei de França, Henrique de Bourbon, então rei da Navarra, do ramo Vendôme dos Bourbon, tornou-se Henrique IV e levou ao trono francês sua Casa.
A dinastia foi continuada em seu filho Luís XIII, que teve por sua vez dois filhos: o delfim Luís e Filipe. O delfim Luís tornou-se o rei Luís XIV de França.
Henrique IV reinou a partir de 1589. Como protestante, esteve envolvido nas Guerras religiosas na França antes de subir ao trono. Para conseguir o apoio que lhe permitisse tornar-se rei, converteu-se ao catolicismo e assinou o Édito de Nantes, que concedia liberdades religiosas aos protestantes e que na prática acabou com a guerra civil.
Henrique IV reinou a partir de 1589. Como protestante, esteve envolvido nas Guerras religiosas na França antes de subir ao trono. Para conseguir o apoio que lhe permitisse tornar-se rei, converteu-se ao catolicismo e assinou o Édito de Nantes, que concedia liberdades religiosas aos protestantes e que na prática acabou com a guerra civil.
Foi assassinado em 1610 por um homem com perturbações mentais, o fanático católico François Ravaillac.
Maria de Médicis
Maria de Médici (Florença, 26 de abril de 1575 — Colônia, 3 de julho de 1642) foi rainha consorte de França como a segunda esposa do rei Henrique IV, o primeiro da Casa de Bourbon no trono francês. Mais tarde, viria a ser regente do reino durante a menoridade do seu filho Luís XIII de França. Foi também Rainha-Mãe de França.
Henrique IV de França precisava casar-se urgentemente, devido, principalmente, às preocupações financeiras e dinásticas do Reino. Os Médici, credores do Rei da França, prometeram um dote de 600 000 coroas, o que fez Maria de Médici ser apelidada de "Grande Banqueira".
Quando Henrique IV foi assassinado em 14 de maio de 1610, o duque de Epernon foi ao Parlamento e conseguiu que Maria de Médici fosse declarada regente, pois Luís XIII tinha nove anos.
Henrique IV de França precisava casar-se urgentemente, devido, principalmente, às preocupações financeiras e dinásticas do Reino. Os Médici, credores do Rei da França, prometeram um dote de 600 000 coroas, o que fez Maria de Médici ser apelidada de "Grande Banqueira".
Quando Henrique IV foi assassinado em 14 de maio de 1610, o duque de Epernon foi ao Parlamento e conseguiu que Maria de Médici fosse declarada regente, pois Luís XIII tinha nove anos.
A política de Henrique IV, que se tivesse vivido teria lutado cada vez mais por assegurar alianças com os Estados protestantes, foi substituída por uma política católica. Ela destituiu os conselheiros do rei, mas não conseguiu impor a obediência aos nobres. Para recuperar o poder da França não encontrou nenhuma solução melhor do que fazer a paz com a Espanha, e seu primeiro passo nessa direção foi começar a planejar um casamento entre seu filho e a primogênita de Felipe III de Espanha
Luís XIII
Luís ascendeu ao trono alguns meses antes de seu aniversário de nove anos, com sua mãe atuando como regente durante a minoridade. O mau gerenciamento do reino aliado às intrigas políticas de Maria e seus favoritos italianos, levaram o jovem rei a tomar o poder em 1617, exilando-a e aos seus seguidores.
Taciturno e desconfiado, Luís muito dependia do Cardeal de Richelieu, seu principal ministro, para governar seus reinos. O rei e o cardeal são lembrados por estabelecerem a Academia Francesa e por colocarem um fim em uma revolta na vila francesa. Seu reinado também foi marcado por conflitos contra os Huguenotes e a Espanha.
- Cardeal Richelieu (1585 a 1642)
Consagrado Bispo de Luçon em 1607, foi orador do clero nos Estados Gerais de 1614, passando a fazer parte do conselho da regente Maria de Médici por volta de 1616 e tornou-se cardeal em 1622.
Em 10 de novembro de 1630 Richelieu derrotou seus adversários.
Chefiando o Conselho do rei, ou Conseil d'État, desde 1624, Cardeal Richelieu, tinha levado a nobreza a se rebelar.
Combateu também com eficácia os protestantes do interior do país e seus aliados ingleses. Depois do sítio de La Rochelle e do Edito de Alès, pouco restava da antiga grandeza dos protestantes franceses. Richelieu desejava assegurar a tranquilidade da França nas fronteiras e se dispôs portanto a combater os Habsburgos, católicos, que governavam a Espanha de um lado da fronteira e os Estados austríacos do outro. Assim, o cardeal se aliou a protestantes alemães que combatiam o Imperador.
IV. - Referências
Quase todo o texto retirado da Wikipédia.
Guerras religiosas na França:
https://aulazen.com/historia/guerras-religiosas-na-franca/
https://seuhistory.com/hoje-na-historia/guerras-religiosas-na-franca
https://historiacomgosto.blogspot.com/2018/07/historia-de-paris-franca-01.html
Guerras religiosas na França:
https://aulazen.com/historia/guerras-religiosas-na-franca/
https://seuhistory.com/hoje-na-historia/guerras-religiosas-na-franca
V. - Outras Publicações da Série
História de Paris, França - 01 (fundação ao século XV)
História de Paris, França - 02 (Século XV ao Século XVII)
História de Paris, França 03 século XVII ao século XVIII
História de Paris, França - 04 (Quase cem anos de revoltas, guerras e transformações)