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quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Dinastia dos Habsburgos - Áustria e Palácios de Hofburg e Schobrun

I - Casa dos Habsburgos


brasão dos habsburgos
A Casa de Habsburgo é uma família nobre européia, que foi uma das mais importantes e influentes na Europa, entre os séculos XIII e início do século XX. 

A família teve origem no século XI, na Suíça, e seu nome vem de Habichtsburg, o castelo de açor, morada oficial, construída em 1020 no cantão de Argóvia.



II  A Divisão e o fim do Império Romano



Uma divisão política do Império Romano teria início no reinado de Diocleciano. Em 286, com a criação da Tetrarquia, a parte Ocidental foi concedida a Maximiano, que recebeu o título de augusto e Constâncio Cloro foi nomeado seu subordinado (césar) e por fim, também Galério foi nomeado César. Esse sistema efetivamente dividiu o império em quatro partes e criou capitais separadas, além de Roma, como uma forma de evitar agitação civil que havia marcado o terceiro século. 



No Ocidente, as capitais eram Mediolano (Milão), sob o controle de Maximiano, e Augusta dos Tréveros (Tréveris), sob controle de Constâncio. Em 1 de maio de 305, os dois augustos seniores aposentaram-se e foram substituídos .



Teodósio I, foi o último personagem que governou tanto o Oriente quanto o Ocidente por um ano. Ele iniciou em 394 e morreu em 395. A partir daí ocorreu a separação definitiva. 



Em 476, não resistindo aos ataques constantes dos bárbaros, acaba o império romano e o rei Odoacre assume o título de rei da Itália e escolhe Ravena como sua capital.





III - O Sacro Império Romano - Coroação de Carlos Magno


pintura de Carlos Magno feito por Albrecht Durer
Carlos Magno por
 Albrecht Durer, 1512

Carlos Magno, monarca guerreiro, expandiu o Reino Franco através de uma série de campanhas militares, em particular contra os saxões pagãos cuja submissão foi bastante difícil e muito violenta (772-804), mas também contra os lombardos na Itália e os muçulmanos da Península Ibérica, até que este se tornou o Império Carolíngio, que incorporou a maior parte da Europa Ocidental e Central. Durante o seu reinado, ele conquistou o Reino Itálico.



A Itália durante muito tempo ficou dividida entre o império bizantino e o reino lombardo. Sofrendo pressão dos Lombardos, o papa Estêvão II - sucessor de Zacarias que morreu em 752 - veio em pessoa pedir ajuda militar a Pepino (pai de Carlos Magno)  contra os lombardos e o seu rei Astolfo que ameaçavam Roma.


O papa Leão III que havia assumido em 795, sofreu um atentado em 25 de abril de 799, e estava sendo também acusado pelos nobres de adultério e perjúrio.  Ele solicitou ajuda ao Rei dos Francos, Carlo Magno que veio a Roma, prendeu os seus atacantes, procedeu um julgamento baseado nas afirmações de Leão III de inocência. Carlos Magno também concordou em devolver ao papado parte das terras italianas que estavam em poder dos Lombardos.

 coroação de Carlos Magno presidida pelo Papa Leão III
Coroação de Carlos Magno, Friedrich Kaulbach, 1861

Em reconhecimento a ajuda do Rei Carlos Magno e das suas intervenções em favor da fé católica, em 25 de dezembro de 800, durante a missa de Natal em Roma, o papa Leão III coroou Carlos Magno como imperador do Ocidente.

O reinado de Carlos Magno deu origem ao Sacro Império Romano de Nação Germânica, que durou mil anos, até seu ocaso em 1806.

A dinastia Carolingia, iniciada com Carlos Magno ficou no poder do sacro império romano até 899 com Arnulfo I. 

A partir daí tivemos o poder ocupado por Luís III da dinastia bosônida (901 a 905) e Berengário I da dinastia Unruochidas (915 a 924). E então o poder passou para a dinastia Otoniana a partir de 962.

IV - Sacro Império Romano-Germânico (962 a 1024) (1273 - 1308 )(1440 - 1814)

IV.1 - Dinastia Otoniana (962 a 1024)



A dinastia otoniana, foi uma dinastia de reis da Germânia que governou entre 962 e 1024. Recebeu esse nome devido ao nome do seu primeiro imperador (Otão I), mas também é conhecida como dinastia saxônica devido à origem da família. 



Os governantes otonianos também são consideradas como a primeira dinastia do Sacro Império Romano-Germânico e como sucessores da dinastia carolíngia e de Carlos Magno, que é normalmente visto como o fundador original de um novo Império Romano.

IV.2 - O Primeiro Habsburgo em uma posição de Destaque



O primeiro Habsburgo a ocupar um trono de destaque foi Rodolfo IV de Habsburgo, que reinou como Rei dos romanos de 1273 a 1291 como Rodolfo I. Em 1278, o imperador obteve os ducados da Áustria e da Esrtíria, que deu em feudo aos filhos. Um herdeiro foi assassinado em 1308, sendo os Habsburgos afastados do poder.  Como ele nunca foi coroado pelo Papa ele não consta na lista oficial como Imperador do Sacro Império Romano Germânico. Entretanto a partir dos seus ducados a família passou a ocupar uma posição privilegiada. 



Afastados pela poderosa Casa de Luxemburgo, os Habsburgos foram excluídos dos assuntos do Império até 1378. A partir de 1440 apenas herdeiros da dinastia dos Habsburgos foram eleitos pelos príncipes na chefia do Sacro Império. 



A eleição de Frederico III marcou o início de uma ascensão formidável ao poder universal, expressa na divisa AEIOU: "Austriae est imperare orbi universo" (em português, "À Áustria cabe reinar sobre o universo").


IV.2 - Uniões dinásticas - Incorporação do Reino da Espanha e suas Terras 


A partir de Frederico III, os Habsburgos desenvolveram uma política de expansão através de matrimônios dos herdeiros que lhe foi altamente favorável. 


Frederico III casou-se em Roma em 16 de março de 1452 com a infanta Leonor de Portugal, filha do rei Duarte I.

Maximiliano I (filho de Frederico III) passou a governar possessões holandesas através de seu casamento com Maria de Borgonha.

Casamento Filipe e Joana de Castela


Ao se casar com a infanta Joana de Castela, filha dos Reis Católicos (Fernando II de Aragão e Isabel I de Castela), tornou-se o primeiro membro da casa de Habsburgo a ser rei de Castela. 



Pela morte de Isabel (1504), Joana herda o trono de Castela, tornando-se Joana I de Castela. Todavia, devido à sua instabilidade mental, a regência foi entregue ao marido, Filipe, que assim se tornou, pouco tempo antes de sua morte, o primeiro monarca Habsburgo da Espanha.

Com o casamento de dois netos de Maximiliano, os Habsburgos obtiveram as coroas da Boêmia e da Hungria em 1526.

Carlos I ou Carlos V


Filipe nunca chegaria a se tornar Imperador Romano-Germânico, pois morreu antes do pai. Porém seu filho, Carlos V acabaria por reunir os legados dos Habsburgo, da Borgonha, de Castela e de Aragão.


O auge do poder aconteceu em 1519 com Carlos V que seria Carlos I, rei da Espanha e imperador do Sacro império romano-germânico. 

Carlos V foi o imperador mais poderoso da Europa.



Mapa do domínio dos Habsburgos em 1547

O mapa abaixo mostra o domínio dos Habsburgos na Europa. Não considera-se o domínio espanhol na América.


IV.3 Reforma Protestante / Invasão Turca


A reforma protestante e a invasão turca da Europa Oriental obrigaram os dois ramos dos Habsburgos a juntar forças para preservar o catolicismo  europeu durante toda a Contra-reforma e a guerra dos trinta-anos (1618-1648).

De início religiosa, desenvolveu-se um conflito com a França. Os territórios alsacianos foram perdidos para a França. O Tratado de Vestfália de 1648 consagrou o enfraquecimento do poder imperial na Alemanha.

Em 1627, a Coroa da Boêmia tornou-se hereditária em benefício dos Habsburgos, e numerosas terras foram distribuídas aos nobres que permaneceram católicos e fiéis à Casa de Áustria.

Em 1700 a  linha espanhola extinguiu-se e a herança espanhola passou aos Bourbons 

IV.4 - Maria Teresa (1717 -1780) - Dinastia Habsburgo-Lorena


O século de Carlos VI, de Maria Teresa e de José II foi a época de apogeu da monarquia austríaca. Seus reinados corresponderam ao florescimento da cultura da Europa Central, à qual se mesclavam contribuições italianas, eslavas e magiares. A unidade do império se via assegurada pela língua alemã e pela centralização do poder.

Maria Teresa
O casamento da arquiduquesa Maria Teresa com Francisco de Lorena originou a nova dinastia Habsburgo-Lorena. Maria Teresa fez eleger seu marido imperador do Sacro Império em 1745, como Francisco I. Seu reinado foi dos mais brilhantes. Reforçou a administração central, confiando a gestão das finanças a um diretório central. 

O reinado de Francisco II foi marcado pela luta contra a França revolucionária, napoleônica. A guerra declarada pela França em 1792 continua até 1815. Em 1797, a Austria perde os Países Baixos do Sul (actual Bélgica), a Lombardia, e suas últimas posses no Reno. 

O imperador se viu obrigado a tratar com Napoleão Bonaparte e a aceitar seu casamento com sua filha Maria Luísa.  A criação da Confederação do Reno, por iniciativa da França, obrigou Francisco II a renunciar ao título de imperador do Sacro Império em 1806. Mas Francisco II permaneceu imperador, pois havia tomado o título de Imperador da Áustria em 1804.


IV.5 Maria Leopoldina da Áustria


Também o Brasil foi envolvido na política de alianças dos Habsburgos. A primeira esposa do Imperador Dom Pedro I foi a arquiduquesa Maria Leopoldina de Áustria (Carolina Josefa Leopoldina Francisca Fernanda de Habsburgo-Lorena, Viena, 22 de janeiro de 1797 — Rio de Janeiro, 11 de dezembro de 1826). 

Era filha do imperador Francisco I da Áustria e de sua segunda esposa Maria Teresa das Duas Sicílias. Também foi cunhada do imperador Napoleão Bonaparte, casado com sua irmã mais velha, Maria Luísa.

A cerimônia do casamento, celebrada pelo Arcebispo de Viena, se realizou na terça-feira dia 13 de maio de 1817, data de aniversário de D. João VI. A cerimônia foi realizada por procuração, na Igreja de Santo Agostinho, em Viena. D. Pedro foi representado pelo tio de Dona Leopoldina, o arquiduque Carlos da Áustria-Teschen, grande chefe militar, herói da Batalha de Aspern-Essling, ocorrida em 1809.

Maria Leopoldina e Pedro receberam uma bênção nupcial em 6 de novembro de 1817, no Rio de Janeiro, quando do desembarque da princesa no Brasil.

Ela tornou-se Imperatriz Consorte do Império do Brasil de 1822 até sua morte, também brevemente sendo Rainha Consorte do Reino de Portugal e Algarves entre março e maio de 1826. Seu casamento com Pedro I e sequente independência do Brasil fizeram com que se tornasse a primeira imperatriz consorte do país e a primeira imperatriz do Novo Mundo.


V - Fim do Sacro Império => Início do Império Austríaco (1814 - 1867)


Em 1814-1815, o Império Austríaco estava entre os vitoriosos. O congresso de paz se reuniu em Viena, regido pelo príncipe Metternich, que dirigia sua diplomacia desde 1809. 

Matternich tentou efetivar um equilíbrio europeu durável e evitar o retorno das ideias revolucionárias: a Santa Aliança de 1815 entre a Áustria, a Rússia e a Prússia estava disso encarregada. O tratado de Viena restabeleceu o poder da Áustria na Alemanha e na península Itálica, onde criou-se o Reino Lombardo-Vêneto, confiado aos Habsburgos. 

O Sacro Império não foi restabelecido, mas criou-se uma Confederação Germânica que reunia os Estados alemães sob presidência austríaca.


V.1 - Francisco José I (1848 a 1916)


Francisco José I (Viena, 18 de agosto de 1830 – Viena, 21 de novembro de 1916) foi o Imperador da Áustria e Rei da Hungria, Croácia e Boêmia de 1848 até à data da sua morte. 



De maio de 1850 a agosto de 1866, também foi presidente da Confederação Germânica. Reestabeleceu a ordem no império e restaurou o domínio da Áustria na Confederação Germânica. 



Seu reinado, que durou 68 anos, é o terceiro mais longo da história europeia, depois de Luís XIV de França e de João II de Liechtenstein. É o mais famoso monarca europeu do Século XIX, atrás apenas de Napoleão I da França.



O imperador impôs a língua alemã na administração de todos os territórios e apoiou-se fortemente sobre o exército e a Igreja Católica, que recuperou certa liberdade. Mas os fracassos da Áustria em política externa acarretaram uma reorientação do regime. Os Habsburgos foram expulsos de duas regiões onde sua presença era antiga: a Itália e a Alemanha. Isolada diplomaticamente, a Áustria foi vencida pelo rei da Sardenha-Piemonte em 1859. A derrota marcou a unidade italiana e acarretou para o império a perda da Lombardia.


V.2 - Imperatriz Elizabeth ( 1854 ~1898 ) - A Sissi da Austria e Hungria


Isabel Amália Eugénia da Baviera (em alemão: Elisabeth Amalie Eugenie von Bayern; Munique, 24 de dezembro de 1837 — Genebra, 10 de setembro de 1898) apelidada de Sissi foi a esposa do imperador Francisco José I e Imperatriz Consorte da Áustria e seus demais domínios de 1854 até sua morte. 



Além disso, ela foi Rainha Consorte de Lombardo-Vêneto entre 1848 e 1866. No mundo germanófono é mais conhecida como Isabel da Áustria.



Em agosto de 1853, a tia materna de Sissi, a arquiduquesa Sofia, esposa do segundo filho do imperador Francisco I da Áustria, convidou a irmã, Luísa, a visitá-la em companhia da sua filha Helena, a irmã mais velha de Sissi. 



O objetivo da arquiduquesa com esse encontro, ocorrido numa estância de Verão em Ischl, era casar o filho, o imperador Francisco José I, com a prima, de dezessete anos. Contudo, Isabel, de quinze anos, foi também ao encontro e acabou conquistando o imperador. Até hoje, acredita-se que foi amor à primeira vista.



No dia 24 de abril de 1854, na Igreja de Santo Agostinho, em Viena, Sissi, com dezesseis anos, desposou o seu primo Francisco José, então com quase vinte e quatro anos. Isabel teve dificuldades em se adaptar à estrita etiqueta da corte dos Habsburgo. O casamento gerou quatro filhos:


Sissi sofria de depressão por causa do seu casamento infeliz e da rígida vida na corte austríaca. Não tinha um bom relacionamento com a sogra, a arquiduquesa Sofia nem com a aristocracia da corte, que desprezava a sua informalidade. A arquiduquesa escolheu o próprio nome para a primeira filha de Sissi, sem a consultar. Além disso, Sofia impedia-a de ver a criança, que morreu dois anos depois durante uma viagem a Budapeste.

O marido estava quase sempre ocupado com a política do império, o que contribuiu para a sua solidão.

Alcançou o seu único objetivo político em 1867, quando ela e o imperador Francisco José foram coroados rei e rainha da Hungria. Dez meses depois, nasceu a sua outra filha, a arquiduquesa Maria Valéria. Isabel foi impedida de exercer qualquer influência sobre os seus filhos mais velhos. Eles foram criados pela avó, Sofia, que se referia a Isabel como "a vossa tola mãe". Após o nascimento de Maria Valéria, o casamento começou a se deteriorar, aumentado pelo comportamento errado de Isabel. 

A sua dificuldade de adaptação às rígidas regras da corte de Viena e a sua preferência pela Hungria chocaram a Áustria e isolaram cada vez mais Isabel da vida familiar e dos compromissos oficiais, que procurou abandonar desde o seu casamento, por detestar o protocolo e as obrigações impostas pelo título do marido.
Coroação de Sissi como rainha da Hungria
A coroação de Sissi como rainha da Hungria

Isabel, então, começou uma vida de viagens, visitando a ilha da Madeira, Hungria, Inglaterra e Corfu. Não ficou conhecida somente pela beleza, mas também pelo seu gosto pela moda, dietas e exercícios físicos, paixão por cavalgadas e vários amantes.

A 10 de setembro de 1898, em Genebra, Suíça, Sissi foi assassinada por um anarquista italiano, Luigi Lucheni. Inicialmente, o anarquista não tinha intenção de assassinar a imperatriz, mas sim qualquer personalidade que se encontrasse na cidade. Irritou-se quando soube que o príncipe d'Orleans, herdeiro do trono da França - o alvo perfeito - havia saído de Genebra na véspera.


VI - Império Austro-Húngaro (1867 - 1918)


Em 1886,  irrompeu a guerra entre a Prússia e o Império Austríaco, cuja derrota provocaria o fim da Confederação Germânica e abriu o caminho para a formação de uma "pequena Alemanha" dominada pela Prússia de Bismarck. 

O Reino da Itália, aliado oportunamente à Prússia, obteve o Vêneto. Francisco José I hesita entre duas políticas opostas, a centralização e o federalismo.  As minorias, é claro, sobretudo os húngaros, recusaram a centralização. O ministro Schmerling reagiu com violência e dissolveu a dieta húngara, mas foi forçado a se retirar em 1865. 



Francisco José I começou negociações com os húngaros, que resultaram no compromisso de 1867, que levou à instauração de uma monarquia dualista que agrupava dois Estados, a Cisleitânia ou "Império Austríaco" e a Transleitânia ou reino da Hungria, sob a direção única de Francisco José I, no chamado Império Austro-Húngaro. Os Habsburgos continuaram a governar a Áustria até 1918.


VII - Fim do Império - 1918


Abalada pelas lutas de nacionalidades que uma política deliberadamente federalista não conseguiu evitar, a Casa dos Habsburgos perdeu esplendor e influência. Em matéria de política externa, sua decisão de se alinhar à política germânica foi determinante para o futuro do império, pelo apoio dado pela Alemanha no momento da ocupação da Bósnia  e da Herzegovina em 1878.


República da Áustria
A ambiciosa política balcânica da Áustria-Hungria fez crescer o antagonismo do Império Russo e da Sérvia, e depois, pelo jogo das alianças, desembocar na Primeira Guerra Mundial. 

Com a morte de Francisco José I em 1916, Carlos I assumiu o poder em um Estado sem forças, perto da dissolução. A pressão checa e iugoslava e as ambições territoriais dos aliados não permitiram ao jovem imperador qualquer esperança. 

As derrotas militares de 1918 e a fuga de Carlos I para o estrangeiro, que renunciou a participar dos assuntos do Estado, marcaram a derrubada da dinastia e o fim da monarquia na Áustria.


VIII - Palácio de Hofburg  



O Hofburg Palace foi a residência oficial e centro do poder dos Habsburgo, soberanos do Ducado da Áustria entre 1278 e 1918, que o usaram como sua principal residência de Inverno, enquanto o Schloss Schönbrunn era o seu palácio preferido para o Verão. Entre as personalidades históricas que nasceram no Hofburg destaca-se Maria Antonieta, em 1755. 



Com mais de 2600 salas e ocupando uma área de 20 hectares, a sua grandiosidade arquitectónica e os seus grandes jardins dominam a paisagem da região central de Viena.





Palácio de Hofburg
O Palácio Hofburg
Atualmente, o vasto complexo abriga a Biblioteca Nacional Austríaca, a Escola Espanhola de Equitação, os gabinetes do Presidente da Áustria e Museus, dentre os quais se destacam as alas preservadas dos antigos aposentos imperiais, as salas usadas durante o Congresso de Viena e a coleção de tesouros sacros e obras de arte acumuladas pelos Habsburgo durante os quase sete séculos de reinado.



Escola espanhola de equitação






Quem visita Viena não deve deixar de assistir pelo menos uma vez a um espetáculo da famosa Spanische Hofreitschule — Escola Espanhola de Equitação da Corte.



Trata-se de uma escola de equitação que trabalha com a raça de cavalos Lipizzaner, cujas origens se encontram no fim do século XVI, por volta de 1580.


Museu Sissi


Desde 2004, o Museu Sisi está instalado nos apartamentos Stephan, assim nomeado após o arquiduque Stephan Viktor. Aqui, numerosos itens pessoais que pertenceram a Elisabeth são usados ​​para ajudar a ilustrar a verdadeira personalidade da imperatriz freqüentemente incompreendida.  






Imperial rooms


O cerimonial da corte determinou que cada membro da família tivesse seu próprio apartamento ou suíte em uma das numerosas alas do palácio. Enquanto a maioria desses apartamentos hoje abriga uma série de museus, além de escritórios, ministérios e chancelaria presidencial, a Ala da Chancelaria Imperial e a Residência Amalia, que continham os apartamentos de Franz Joseph e Elisabeth, estão hoje abertos ao público.








- Biblioteca Nacional Austríaca





O State Hall, o coração da Biblioteca Nacional da Áustria, é um dos salões de biblioteca mais bonitos do mundo. É a maior biblioteca barroca da Europa.


A antiga Biblioteca do Tribunal foi criada na primeira metade do século XVIII como uma ala particular da residência imperial de Hofburg. O Imperador Karl VI. ordenou a sua construção. A biblioteca foi construída por Joseph Emanuel Fischer von Erlach, de acordo com os planos de seu pai, Johann Bernhard Fischer von Erlach.



O impressionante salão estadual da biblioteca tem quase 80 m de comprimento e 20 m de altura e é coroado por uma cúpula magnificamente decorada com afrescos do pintor da corte Daniel Gran. Mais de 200.000 volumes são exibidos aqui, entre eles a abrangente biblioteca do príncipe Eugênio de Sabóia, bem como uma das maiores coleções dos escritos de Martin Luther da Era da Reforma.

Entre as exposições estão dois requintados globos barrocos venezianos: um para a terra e outro para o céu, cada um com um diâmetro de mais de um metro.

IX - Palácio de Schonbrunn


O Palácio de Schönbrunn (em alemão, Schloss Schönbrunn), é um dos principais monumentos históricos e culturais da Áustria. Está localizado no Hietzing, o 13º distrito de Viena. 



O seu nome deriva de uma frase atribuída ao imperador Matias, que teria "descoberto" um poço enquanto caçava por ali, exclamando "Welch' schöner Brunn" ("Que bela nascente").


Palácio de Schonbrunn, foto HistóriacomGosto


Construído como residência para a imperatriz Leonor Gonzaga entre 1638 e 1643, foi severamente danificado durante o segundo cerco turco a Viena, em 1683. Em 1687, Leopoldo I encomendou a Johann Bernhard Fischer um novo edifício representativo para o seu sucessor, José I.



O palácio e o parque só foram reconstruídos e expandidos para a sua forma atual em 1743, sob a imperatriz Maria Teresa, por Nikolaus von Pacassi e Johann Ferdinand Hetzendorf von Hohenberg.



O palácio barroco foi residência de verão da família imperial austríaca desde meados do século XVIII até ao final da Segunda Guerra Mundial. Nesse período, o edifício foi habitado quase continuamente por várias centenas de pessoas da vasta corte, tornando-se num centro cultural e político do império Habsburgo. 

Em Schonbrunn nasceu e viveu até 1817, data de seu casamento com o futuro imperador brasileiro Pedro I, a arquiduquesa D. Leopoldina de Habsburgo, que teve tão grande papel na independência do Brasil.


Palácio de Schonbrunn, foto HistóriacomGosto

O Interior do Palácio (fotos do site oficial)


a) Salão Oficial de Recepções

salão oficial, grand gallery, foto: site oficial 


b) Sala de Convivência

sala de convivência, foto site oficial



c) Quarto de Dormir

quarto de dormir, foto site oficial

X - Referências


Wikipédia - Habsburgos / Hosfburg Palace / Scohnbrunn Palace / Maria Leopoldina 

Série Carlos, Rei Imperador com 17 capítulos -
https://www.nowonline.com.br/series-programa-de-tv/carlos-rey-emperador/1002611806