I - Livraria do Lello e Irmão
A Livraria Lello e Irmão, situa-se na Rua das Carmelitas 144, na freguesia da Vitória da cidade do Porto, em Portugal.
Em virtude do seu valor histórico e artístico, a Lello tem sido reconhecida como uma das mais belas livrarias do mundo por diversas personalidades e entidades, casos do escritor espanhol Enrique Vila-Matas, do jornal britânico The Guardian e da editora australiana de guias de viagens Lonely Planet. (wikipedia)
As fotos que exponho aqui foram adquiridas de sites oficiais de fotógrafos.
Livraria do Lello é o pequeno edifício branco - Rua das Carmelitas, 144 - Porto
Livraria do Lello é o pequeno edifício branco - Rua das Carmelitas, 144 - Porto
Projetado pelo engenheiro Xavier Esteves, a Livraria Lello é um edifício bastante representativo do neogótico da cidade do Porto, e traz um certo destaque com relação aos outros edifícios que o cercam. No conjunto da livraria, a arquitetura e a decoração deixam transparecer o estilo dominante do início de século XX.
A fachada apresenta um arco abatido de grandes dimensões, com entrada central e duas vitrines laterais. Acima, três janelas retangulares são ladeadas por duas figuras pintadas por José Bielman, representando a "Arte" e a "Ciência". A decoração é complementada por motivos vegetais, formas geométricas e a designação "Lello e Irmão", sob as janelas.
II - Histórico
A empresa remonta à fundação da "Livraria Internacional de Ernesto Chardron", em 1869, na Rua dos Clérigos, n.º 96-98, no Porto. Antigo empregado da Livraria Moré, o cidadão francês Ernesto Chardron alcançou projeção como editor, sendo o primeiro a publicar grande parte das obras de Camilo Castelo Branco e outras de relevo na época.
Em 1881 José Pinto de Sousa Lello abriu um estabelecimento, nos números 18-20 da Rua do Almada, dedicando-se ao comércio e edição de livros. A 30 de junho de 1894 Mathieux Lugan vendeu a antiga Livraria Chardron a José Pinto de Sousa Lello.
Com projeto do engenheiro Francisco Xavier Esteves, no dia 13 de janeiro de 1906 inaugurou-se o novo edifício da Livraria Lello, no número 144 da Rua das Carmelitas, causando grande impacto no meio cultural da época.
A 24 de maio de 1919, a razão social do estabelecimento foi alterada para "Livraria Lello e Irmão, Ltda."
Com o objetivo de se adaptar aos tempos presentes, a livraria modernizou-se, criando-se uma nova sociedade — Prólogo Livreiros, S.A. —, da qual faz parte um dos herdeiros da família Lello. Todo o espaço foi restaurado em 1995, o serviço foi atualizado e informatizado, tendo também sido criado um espaço de galeria de arte e de tertúlia que se tem afirmado como um importante polo cultural da cidade do Porto.
A partir de 23 julho de 2015 a entrada na livraria passou a ter um custo de três euros, que são descontados na compra de livros. Esta taxa destina-se a conter o número elevado de turistas que lá vão (mais de mil por dia), e também para facturar, porque, no futuro, a Livraria terá de custear obras de restauro. Em consequência da aplicação desta taxa, em apenas três meses, as vendas da Lello triplicaram.
III - Características Internas
No interior, os arcos quebrados apoiam-se nos pilares em que, sob baldaquinos rendilhados, o escultor Romão Júnior esculpiu os bustos dos escritores Antero de Quental, Eça de Queirós, Camilo Castelo Branco, Teófilo Braga, Tomás Ribeiro e Guerra Junqueiro.
Escadaria
As escadarias da Lello também são conhecidas por ser a inspiração das escadas de Hogwarts nos livros de Harry Potter, já que J.K. Rowling chegou a morar na cidade do Porto.
Vitral
Os tetos trabalhados, o grande vitral que ostenta o monograma da livraria "Decus in Labore", aliados a escadaria de grandes dimensões são as marcas mais significativas da livraria.
IV - A minha experiência na Lello
O que você diria de uma livraria onde logo ao chegar você prepara o celular para tirar uma foto e o dono e seus auxiliares te dizem que é proibido. Aí você circula pelas estantes escolhe um monte de livros e quando vai pagar escuta a conversa do dono com um cliente japonês e ele está dizendo que não aceita cartão de crédito. Ao ser questionado, o dono explica que não aceita porque não vai dar dinheiro para a administradora de cartões ganhar sem trabalhar. Quando perguntado se isso não afasta clientes, ele responde que "tem cento e cinquenta anos que funciona assim e é assim que vai continuar".
Bem essa foi a minha experiência na livraria do Lello. Eu não sabia que ela era famosa e entrei porque gosto de livros e livrarias. Não saí com raiva do dono por causa do cartão, entretanto, fiquei frustrado porque não pude comprar mais livros e tirar fotos da livraria que realmente é uma das mais bonitas do mundo.
V - Referências a Lelo
A livraria Lello é frequentemente mencionada e homenageada nos mais diversos meios de comunicação. Vejamos algumas delas:
- O escritor espanhol Enrique Vila-Matas descreveu-a como "A mais bonita livraria do mundo".
- O jornal inglês The Guardian, em 2008, considerou-a a terceira mais bela domundo.
- A editora australiana de guias de viagens Lonely Planet, no seu guia Lonely Planet's Best in Travel 2011, considerou-a como a terceira melhor livraria do mundo, sendo descrita como "uma pérola de arte nova", destacando as "prateleiras neo-góticas" e a "escadaria vermelha em espiral" semelhante a "uma flor exótica".
- A revista Travel + Leisure, em janeiro de 2015, colocou a Lello, no Porto, no topo da lista das 15 livrarias mundiais mais estilosas, referindo que o átrio coloca o enfoque na escadaria encarnada, "espetacular o suficiente para te fazer parar".
- A Revista «Time» considerou a livraria uma das 15 livrarias mais interessantes do mundo, salientando o valor histórico e artístico da livraria portuguesa.
- A CNN, em 2014, considerou-a a livraria mais bonita do mundo.
- Em 2016, o ministro da Cultura, João Soares, disse no Porto que a Cultura pode ser motor de desenvolvimento e afirmação no plano comercial para Portugal e apontou a histórica Livraria Lello como bom exemplo.
VI - Fontes
Texto: wikipedia em português - Livraria Lello e Irmão
Fotos: www.shutterstock.com
Observações: Notas de Viagem - HistoriacomGosto