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sexta-feira, 29 de março de 2019

Bartolomé Esteban Murillo - O barroco espanhol

1. - Bartolomé Esteban Murillo 


Bartolomé Esteban Murillo é, quiçá, o pintor que melhor define o barroco espanhol. Nasceu em Sevilha, onde passou a maior parte da sua vida. O dia exato do seu nascimento nos-é desconhecido, mas terá, provavelmente, nascido nos últimos dias do ano, já que foi batizado a 1 de Janeiro de 1618, na Igreja da Madalena. Era costume na Idade Moderna, batizar as crianças somente alguns dias após o seu nascimento, como tal é normal que os especialistas façam tal afirmação.

autorretrato de Bartolomé Murillo  O seu pai chamava-se Gaspar Esteban, que era barbeiro. A sua mãe chamava-se Maria Pérez Murillo. Estes e Esteban Murillo integravam uma família muito numerosa, sendo Murillo o filho número catorze. Mesmo assim, a situação econômica da família era bastante boa e, como tal, formavam uma família feliz.

Porém, o seu pai morreu em 1627 e a sua mãe, poucos meses mais tarde. Assim, Murillo ficou ao cuidado da sua irmã Ana, que era casada com um barbeiro de nome Juan Agustín de Lagares. As relações entre Murillo e o cunhado eram muito boas.

Murillo iniciou a sua aprendizagem artística com o seu (suposto) tio, Juan del Castillo. Del Castillo não era um artista de primeira fila, mas, os seus trabalhos eram respeitados no ambiente artístico sevilhano.

Os primeiros quadros de Murillo eram muito influenciados pelo estilo do seu mestre, Del Castillo, como se pode apreciar no quadro A "Virgem do Rosário, com São Domingo".

Em 1645 recebeu a sua primeira encomenda importante: treze quadros para um claustro do Convento de São Francisco, em Sevilha. Nestas obras demonstrou uma notável influência de <, com uma jovem sevilhana de 22 anos, Beatriz Cabrera y Villalobos, na famosa Igreja da Madalena. Durante os dezoito anos de duração do matrimônio tiveram uma ampla descendência: um total de nove filhos.

O êxito alcançado com as pinturas no claustro do Convento de São Francisco motivou o aumento do número de encomendas. (Texto: Wikipédia)

II. - Quatro obras de Murillo


a) São João Batista e o cordeiro.


quadro São João Batista e o Cordeiro
Saõ João Batista e o cordeiro



b) Madonna  



quadro Madona ou  Virgem com o Menino
Madonna, Amsterdã



c) A Virgem do Rosário



 quadro A Virgem do Rosário
Virgem do Rosário


d) O Retorno do Filho Pródigo (Galeria Nacional de Washington)



O grande talento de Murillo para a pintura dramática é evidente nesta representação monumental da familiar parábola do filho pródigo, uma alegoria de arrependimento e perdão divino. Com jogadores e adereços efetivamente posicionados para sublinhar o drama, é uma reminiscência de uma peça de teatro bem encenada.

O artista selecionou os elementos essenciais do clímax da história: o filho penitente recebido em casa por seu pai que perdoa; as vestes ricas e anel que significam a restauração do filho errante à sua posição anterior na família; e o bezerro cevado sendo levado ao massacre para o banquete comemorativo. O agrupamento piramidal central de pai e filho, maior que a vida, domina o quadro, enquanto a cor mais rica é reservada para o criado que leva as novas vestes. Murillo pode ter escolhido enfatizar esse aspecto da parábola - simbólico da caridade - por causa da natureza da comissão. O Retorno do Filho Pródigo foi uma das oito enormes telas pintadas para a Igreja do Hospital de São Jorge, em Sevilha, um asilo para os sem-teto e famintos.

O modelo de Murillo era a vida ao seu redor; parte do apelo dessa tela está em seus toques humanos - o realismo dos pés sujos do pródigo, o filhote pulando para cumprimentar seu mestre e, talvez, acima de tudo, o sorriso ingênuo do pequeno menino que conduz o bezerro. (Texto: Galeria Nacional de Washington)



quadro O Retorno do Filho Pródigo
O Retorno do Filho Pródigo, Murillo, Galeria Nacional de Washington


III. Referências



Wikipédia - Bartolomé Esteban Murillo

Galeria Nacional de Arte de Washington - Retorno do filho pródigo