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domingo, 28 de janeiro de 2018

Grandes Filmes - Lawrence da Arábia

I. - Contexto Histórico 


I.1 - O Mundo Árabe no século XIX e início do século XX 

Já na idade média ou idade de Ouro islâmica foram os Califados árabes  que iniciaram a unificar todo o Oriente Médio como uma região distinta e começaram a criar a identidade étnica dominante que persiste até hoje. Depois vieram os turcos seljúcidas e  o Império Otomano  que dominaram a região. 

foto da bandeira do imperio otomanoAté o início do século XX, a região árabe era totalmente dominada pelo império otomano que apesar de ser um império governado por família de turcos otomanos eles formavam um império com várias etnias juntando turcos, curdos, árabes, gregos, armênios, bósnios, sérvios, persas, árabes e outros. 

Nos anos 1800, uma onda de nacionalismo vinda da Europa começou a chegar no domínio otomano. Em 1832, os gregos (com forte apoio britânico) conseguiram conquistar a independência. Já começava o enfraquecimento do imperio otomano.

A ideia do nacionalismo se instalava inicialmente nos árabes e turcos com educação europeia. Ela não era uma ideologia dominante. A maioria dos árabes e turcos estavam contentes por fazerem parte de um império multiétnico. Eles apenas demandavam mais autonomia para os povos que faziam parte do império.

Apesar da existência de crenças nacionalistas pode-se dizer que era uma pequena minoria que defendia uma ruptura completa do império Otomano. 

foto do canal do SuezEntretanto, em 1839,  esse processo de decomposição continuou com a independência do Egito, através da revolta de Mehmet Ali. 


Posteriormente, o Império Otomano se tornou o "orgão doente da Europa", e se foi salvo de uma invasão imperialista europeia em larga escala, foi apenas porque a Inglaterra e a França estavam interessados em segurá-lo como um tampão para evitar que a Rússia, no norte, se apoderasse dos Balcãs e ganhasse acesso direto para o Mar Mediterrâneo. Em 1869, o processo de invasão ocidental foi acelerado com a abertura do Canal de Suez, que deu ao Egito inestimável valor estratégico na política mundial.


A Primeira Guerra Mundial foi uma oportunidade de ouro para as potências europeias que tentaram com êxito explorar a debilidade do Império Otomano para impor seu próprio domínio imperial nessas regiões. 

Entretanto, no final do século XIX, os europeus tinham inventado o motor de combustão interna e, portanto, encontraram um novo uso para o petróleo, por isso o controle dessas regiões se tornou um objetivo geopolítico. Os britânicos viam os otomanos como o elo fraco da aliança inimiga, e se concentraram em colocá-los fora da guerra. 

Quando um ataque direto falhou em Gallipoli em 1915, eles se voltaram para fomentar uma revolução nos domínios otomanos, explorando a força do despertar do nacionalismo árabe.  Os britânicos encontraram um aliado em Sharif Hussein, o governante hereditário de Meca, que liderou uma Revolta Árabe contra o domínio otomano, tendo recebido a promessa de independência árabe em troca. 

Nessa época, quando existia conflito, as batalhas eram desproporcionais entre tribos árabes que se movimentavam a cavalo e lutavam com sabres e a máquina de guerra turca, com o uso de metralhadoras e aviões.

O Governo Inglês enviou então um jovem capitão inglês, T. E. Lawrence,  para trabalhar como  contato com as forças árabes da região. 

A grande contribuição de Lawrence foi convencer os lideres árabes a trabalharem juntos e em coordenação com a estratégia britânica. Lawrence desenvolveu uma forte relação com Faisal e influenciou bastante as táticas e os objetivos de guerra dos árabes e ingleses. 
 

I.2 - T.E. Lawrence


Thomas Edward Lawrence, nasceu em Tremadog, Páis de Gales em 16 de Agosto de 1888. Já na adolescência se submetia a um regime espartano de treino físico que haveria de o tornar extremamente resistente. Era frequente fazer jejuns prolongados ou alimentar-se pobremente.  Tinha o gosto da velocidade e passava o seu tempo livre em longos passeios de bicicleta pelas estradas campestres. 

foto de T.E. LawrenceEm 1911, foi assistente nas escavações arqueológicas promovidas pelo Museu Britânico em Carquemis, no rio Eufrates, e foi nessa ocasião que se tornou agente secreto do governo britânico, pela mão do seu mentor e amigo D.G. Hogarth, recolhendo informações sobre a construção das estradas-de-ferro otomanas. Foi também nesse período que conheceu e se tornou amigo de Selim Ahmed, um jovem árabe, que segundo alguns seria o misterioso "S.A.", a quem os Sete Pilares da Sabedoria foram dedicados.
 
Ele que também é conhecido como Lawrence da Arábia, e entre os árabes Aurens ou El Aurens, foi arqueólogo, militar, agente secreto, diplomata e escritor.

Tornou-se famoso pelo seu papel como oficial britânico de ligação durante a Revolta Árabe de 1916-1918. A sua fama como herói militar foi largamente promovida pela reportagem da revolta feita pelo viajante e jornalista estadunidense Lowell Thomas, e ainda devido ao livro autobiográfico de Lawrence, Os Sete Pilares da Sabedoria.
 
Primeira Guerra Mundial e a Revolta Árabe 

Lawrence foi convocado para as Forças Armadas da Inglaterra no início da Primeira Guerra Mundial e em 1917 seria oficialmente destacado para a força expedicionária do Hejaz, sob o comando do General Wingate, sendo transferido em 1918 para o estado-maior do General Allenby.


foto de guerreiros árabes montados em seus camelos
É como tenente do serviço secreto inglês que Lawrence inicia, em 1914, sua carreira militar no Oriente Médio. A identificação de Lawrence com a causa árabe, cultivada quando ainda trabalhava como arqueólogo, torna-o peça importante da manobra britânica para vencer o Império Turco Otomano, aliado da Alemanha na guerra. Como oficial inglês e admirador da cultura árabe, aproxima-se de Faisal, um dos líderes da revolta e filho do Califa de Meca, Hussein ibn Ali. Seus conhecimentos sobre a geografia local e o exército turco, somados aos ideais de soberania da nação árabe, logo conquistam Faisal e fazem de Lawrence o conselheiro logístico do movimento, comandante de um exército de dez mil homens.

Grande articulador, ele consegue reverter a ocupação do território árabe, impedindo a retaliação turca, através de ações de guerrilha, como explosões de trens e estradas de ferro e aniquilação de reservas materiais, que culminam com a tomada de Damasco em outubro de 1918. Nesse ano, Lawrence foi promovido ao posto de tenente-coronel.
 


O episódio de Deraa


No livro VI, capítulo 80 dos Sete Pilares da Sabedoria, Lawrence descreve um controverso episódio que teria ocorrido em 20 de Novembro de 1917, durante uma operação de reconhecimento, sob disfarce, à cidade de Deraa. Segundo o relato, ele teria sido capturado pelos turcos, reconhecido pelo governador turco da cidade, Hajim Bey, que o assediou sexualmente e que, perante a obstinada recusa de Lawrence em ceder aos seus desejos, teria ordenado aos soldados o seu brutal espancamento e açoitamento seguido de violação, como é insinuado no texto.

Depois da Guerra


Lawrence foi feito Companheiro da Ordem do Banho e foi-lhe concedida a Ordem de Serviços Distintos (DSO) e a Legião de Honra francesa, mas em Outubro de 1918 recusou ser feito Comandante Cavaleiro do Império Britânico (que lhe possibilitaria o uso do título de Sir ), das mãos do próprio rei Jorge V.

Em 1919 tornou-se conselheiro da delegação árabe na Conferência de Paz de Paris, onde viu as antigas promessas de reconhecimento da soberania da nação árabe serem desfeitas, com a divisão dos territórios árabes do antigo Império Otomano sob os mandatos da França (Síria e Líbano) e do Reino Unido (Palestina e Mesopotâmia). Foi também nesse ano que o seu pai morreu e que a mãe lhe confirmou que ele e seus irmãos eram filhos ilegítimos, facto chocante para a época e que muito perturbava o próprio Lawrence.

Entre 1921 e 1922 foi consultor de assuntos árabes da Divisão do Oriente Médio do Departamento Colonial, sob a direcção de Winston Churchill, tendo participado, em 1921, na "Conferência do Cairo". 
 

Vida em Anonimato

 
No final de Agosto de 1922, embaraçado em parte com a notoriedade da lenda de "Lawrence da Arábia" (criada pelo jornalista estadunidense Lowell Thomas), mas, sobretudo, completamente desgostoso com o resultado da guerra no  Oriente Próximo e com aquilo que considerou ser uma traição para com os Árabes (a recusa da França e do Reino Unido em lhes conceder plena independência), Lawrence rejeitou inúmeros convites de trabalho para ocupar cargos de destaque.

Em 1925, depois de passar por vários postos subalternos,  conseguiu que o seu amigo e comandante da RAF Hugh Trenchard,  aceitasse o seu regresso à RAF, onde permaneceu tranquilo e protegido, como responsável de arrecadação e depois técnico de lanchas de salvamento, até à sua passagem à reserva em 25 de Fevereiro de 1935, recusando sempre toda e qualquer promoção de posto acima de cabo.


Lawrence foi um soldado exemplar, íntegro, meticuloso na execução dos seus deveres e um excelente camarada, generoso e amável. A maioria dos outros militares sabia que aquele homem modesto e quase insignificante, reservado e com modos aristocráticos era o famoso Lawrence da Arábia, mas respeitavam-lhe a intimidade e não lhe faziam perguntas sobre o seu passado.  Lawrence tinha muitos amigos poderosos entre a elite militar, política e cultural britânica (Winston Churchill, Hugh Trenchard, Lady Astor, George Bernard Shaw, Thomas Hardy, E.M. Forster, Liddell Hart, Robert Graves, Noel Coward etc.), e isso desagradava a alguns dos seus chefes, que temiam que ele pudesse expor-lhes as fragilidades. 
 

Morte


Depois da passagem à reserva, Lawrence planejava levar uma vida tranquila e solitária em Clouds Hill, rejeitando mais uma vez convites para posições importantes. Contudo, em 13 de Maio de 1935, quando Lawrence foi de moto até aos correios de Bovington, para enviar uma encomenda de livros a um amigo e um telegrama a Henry Williamson, sucedeu o imprevisto. De regresso a Clouds Hill, ao desviar-se abruptamente para evitar o choque com dois jovens ciclistas foi projetado violentamente da moto, fraturando gravemente o crânio.

Faleceu em 19 de Maio de 1935.
 

II. - O Filme "Lawrence da Arábia"


II.1 - Sinopse    

O argumento do filme baseia-se na biografia de T.E. Lawrence (1888–1935) descrita no seu livro Sete Pilares da Sabedoria. O filme explora a excentricidade e a personalidade enigmática de Lawrence. 


foto de capa do dvd filme Lawrence da Arábia com Peter O'TooleEm 1916, em plena I Guerra Mundial, o jovem tenente do exército britânico servindo no Cairo pede transferência para a península arábica, onde vem a ser oficial de ligação entre os rebeldes árabes e o exército britânico, aliados contra os turcos, que desejavam anexar ao seu Império Otomano a Península Arábica. Lawrence, admirador confesso do deserto e do estilo de vida beduíno, oferece-se para ajudar os árabes a se libertarem dos turcos. O filme mostra quatro episódios principais da vida de Lawrence durante a sua estada na Arábia: a conquista de Aqaba; o seu rapto e tortura pelos turcos em Deraa; o massacre de Tafas; e o fim do sonho árabe de Damasco.
 

II.2 - Elenco


 

II.3 - Prêmios

Foi indicado para 10 categorias do Oscar em 1963, tendo ganhado 07. É considerado o épico dos épicos e um dos dez melhores filmes de todos os tempos. Venceu o Bafta  nas categorias de melhor ator britânico (Peter O'Toole), melhor filme britânico, melhor roteiro britânico e melhor filme de qualquer Origem.


 II.4 - David Lean


David Lean foi o grande diretor de filmes épicos do século XX. Ele dirigiu além de "Lawrence da Arábia", os grandes filmes "Doutor Jivago", "A Missão", "Passagem para a Índia", "A ponte do rio Kwai".

David Lean é constantemente apontado como o maior cineasta britânico de todos os tempos (ao lado de Alfred Hitchcock), tendo sido aclamado por diretores como Steven Spielberg e Stanley Kubrick. Ele ocupa a nona posição na lista de melhores diretores da história do cinema da revista Sight & Sound, publicada em 2002.

Apesar de ser muitas vezes associado a grandes produções e filmes épicos, David Lean tem uma filmografia bastante diversificada e foi por muito tempo visto como um diretor intimista. 

David Lean é um cineasta sentimental e romântico. Seu cinema é caracterizado por um imenso lirismo e, ao mesmo tempo, uma certa frieza. 

II.5. - Curiosidades a respeito do filme "Lawrence da Arábia" 

a) O ator principal


foto de rosto de Peter O'Toole com turbante branco interpretado Lawrence da ArábiaInicialmente, o diretor David Lean havia escalado Albert Finney para o papel de T.E. Lawrence. Apenas após a intervenção de Katharine Hepburn junto ao produtor Sam Spiegel é que Peter O'Toole foi contratado para o papel.

   


b) Um filme masculino

Durante todo o filme, não há um único papel feminino com falas.

c) Vestígios da história real


Enquanto preparavam o material para rodar as cenas da sabotagem do trem, todas elas rodadas em locações próximas às reais, a equipe do diretor David Lean terminou encontrando destroços da sabotagem verdadeira, realizada por T.E. Lawrence.


d) Locações


Os acampamentos e os combates foram recriados na imensidão de paisagens naturais, desérticas e poeirentas, localizadas em países como Espanha, Marrocos e Jordânia. Uma odisseia provocada pelo tipo de produção e pela limitação de recursos tecnológicos dos anos 60, que na atualidade representaria um disparate.

e) Formato de Filmagem

Lean também rodou o filme em 65 milímetros, quase o dobro da largura do formato cinematográfico tradicional de 35 milímetros.

f) A maioria dos personagens são reais mas alguns são adaptações

No filme quatro dos personagens principais são baseados em pessoas reais: Lawrence, General Allenby, Emir Feisal e Auda Abu Tayi.

Já Sherif Ali (Omar Sharif), Dryden (político), Jackson Bentley (jornalista) são adaptações que as vezes misturam vários personagens em um só (Sherif Ali) e as vezes modificam a sua aparência ou participação como o caso do jornalista que representa Lowell Thomas e Dryden.


g) O filme começou sem o final pronto e o roteirista teve que ser resgatado da prisão

Quando o filme começou o final ainda não tinha sido terminado o que não é comum em filmes desse porte. O roteirista Robert Bolt foi preso em uma manifestação anti-nuclear e teve que ser persuadido a assinar um compromisso de bom comportamento para poder ser solto e continuar o filme.

h) O bigode de Omar Shariff

Quando Omar Shariff fez o teste para o papel de Sherif Ali, David Lean queria que ele usasse barba para constratar o tom de sua pele e a barba com  a brancura de Lawrence. O resultado não foi bom e a opção foi por Omar Shariff usar o bigode que até então ele não usava. O resultado foi tão bom que Omar Shariff incorporou o bigode para o resto de sua carreira.

i) Movimentação dos camelos

As cenas do deserto foram filmadas na Jordânia e na Espanha. Quando as filmagens mudaram da Jordânia para a Espanha os camelos foram transportados de navio com as pernas esticadas debaixo deles para não enjoarem. Quando eles chegaram na Espanha, eles necessitaram de um dia de recuperação antes de se dirigirem para os locais de filmagem. 

j)  Contribuição do Rei Hussein


O Rei Hussein da Jordania emprestou uma brigada inteira de sua Legião Arabe como extra para os filmes, logo a maioria dos soldados são soldados reais.  Hussein visitava frequentmente os sets de filmagem e lá se apaixonou por uma jovem secretaria britânica, Antoinette Gardiner, que tornou-se sua segunda esposa em 1962. Seunfilho mais velho, Abdullah II King Of Jordan, subiu ao trono em 1999. 

k) Proibição nos países árabes

O filme foi banido em muitos países árabes, pois eles sentiram que estavam mal representados. Omar Shariff organizou uma apresentação do filme com o Presidente do Egito Gamal Abdel Nasser para mostrar que não havia nada errado com a forma que haviam sido retratados. Nasser adorou o filme e permitiu que ele fosse exibido no Egito onde tornou-se um sucesso estrondoso.

II.6 - Cenas Maravilhosas

 

a) - Cena de Encontro entre Lawrence e Sherif Ali


A inventividade do Diretor David Lean e seus auxiliares,  renderam cenas antológicas, como aquela em que Omar Sharif (Sherif Ali) surge no horizonte como se fosse uma miragem. Para guiar o olho do espectador até aquele pontinho na tela, pintou-se uma faixa branca na areia, com centenas de metros de extensão, na sua direção. O efeito é imperceptível, mas decisivo.




O diálogo entre Sherif e Lawrence, após Sherif matar o ajudante de Lawrence é ilustrativo do pensamento na região.

Lawrence: Por que o matou ?
Sherif: Ele não é Harita e estava bebendo do meu poço.
Lawrence: Isso é motivo para matá-lo ?
Sherif: Ele não é nada, o poço é tudo.
 

b) Cena - Wadi Rum

Wadi Rum, também conhecido como O Vale da Lua é um vale cortado no arenito e rocha de granito, no sul da Jordânia de 60 km (37 milhas) ao leste de Ácaba. É o maior uádi da Jordânia. O nome Rum mais provável vem do aramaico que significa 'alto' ou 'elevado'. Para refletir a pronúncia árabe adequada, os arqueólogos transcrevem-no como Wadi Ramm.

A maior elevação em Wadi Rum é o monte Dami Um com mais de 1800 m (5900 pés) acima do nível do mar.





No filme, após um encontro com Faissal e Sherif Ali, Lawrence informa aos árabes que é possível derrotar os turcos na grande cidade de Aqaba, se eles chegarem por terra. Os árabes informam que

 

c) - Cena Ataque a Aqaba


Na célebre seqüência do ataque à cidade de Ácaba, a excitação que se vê nos olhos deles é mais do que verídica: atrás dos atores vinha uma tropa de beduínos em disparada, todos empunhando sabres, e qualquer acidente seria fatal. 


 

d) Cena -  A sombra do Profeta


À medida que via conseguindo obter as vitórias nas batalhas contra o exército otomano, Lawrence vai sendo cada vez mais reconhecido como um grande líder pelos árabes, e isso tudo parece que também vai cada vez mais aumentando a sua auto-confiança e misticismo próprio. Lawrence parece acreditar que ele é capaz de libertar o povo árabe e dar-lhes um país. Isso também o vai envaidecendo cada vez mais.

 

 

e) Retorno ao Cairo


Quando Lawrence visita a cidade de Deraa, ocupada pelo inimigo, com Ali, ele é levado, juntamente com vários residentes árabes, ao quartel turco. Lawrence é despojado, torturado e violentado. Então, para apagar vestíigos ele é ainda mais flagelado antes de ser jogado na rua. 

A experiência deixa Lawrence abalado. Ele quer abandonar tudoe retorna à sede britânica no Cairo, mas não se encaixa às atividades do local.

Pouco tempo depois, em Jerusalém, o general Allenby o exorta a apoiar o "grande impulso" em Damasco. Lawrence hesita em retornar, mas finalmente concorda. 


 

e) Cena - "No Prisoners"


Lawrence recruta um exército que é mais motivado pelo dinheiro que a causa árabe. No caminho para Damascos eles encontram uma coluna de soldados turcos que acabaram de massacrar os moradores de Tafas. Um dos homens de Lawrence é de Tafas; ele exige: "Sem prisioneiros!" Quando Lawrence hesita, o homem ataca os turcos sozinhos e é morto. 
Lawrence toma o grito de guerra do morto; O resultado é um massacre em que o próprio Lawrence participa. Depois, ele se arrepende profundamente de suas ações.



g)  Cena "Conferência de Damasco"


Os homens da Lawrence tomam Damasco antes das forças britânicas chegarem na cidade. Os árabes estabelecem um conselho administrativo mas os homens acostumados a vida no deserto não estão acostumados com o exercício dassa tarefas. A despeito de todos os esforços de Lawrence os fracassos são constantes. Incapazes de manter os serviços de utilidades públicas como fornecimento de água, luz, telefone, hospitais, os árabes logo abandonam a cidade aos britânicos.


 

IV - Referências


Wikipedia: T.H. Lawrence / Filme Lawrence da Arábia / Os sete pilares da sabedoria / Revolta àrabe / Imperio Otomano;

Crônica de Veja 25/04/2001, Isabela Boscov: https://veja.abril.com.br/blog/isabela-boscov/david-lean-lawrence-da-arabia-e-alem/ 

Contexto Histórico - Iqara Islam: https://iqaraislam.com/a-revolta-arabe-da-primeira-guerra-mundial 

personagens adaptados:
 https://www.telstudies.org/discussion/film_tv_radio/lofa_or_sid_1.shtml

Curiosidades: www.adorocinema.com.br / www.virgula.com.br
Youtube: Trailer Movie Clip
Youtube: Filme completo https://www.youtube.com/watch?v=HjWEma8V1eo

fun facts: https://www.tcm.com/this-month/article/26965%7C0/Trivia-Lawrence-of-Arabia.html