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sábado, 10 de março de 2018

Quaresma, Fé e Arte - Ciclo B semana 4 - "Entrevista com Nicodemos", James Tissot

I. - Entrevista com Nicodemos - Evangelho (Jo 3,14-21)



A primeira parte do terceiro capítulo de João começa com Nicodemos, um dos "principais" entre os judeus, vindo conversar com Jesus, a quem ele chama de "rabi". Os milagres de Jesus já o tinham convencido de que ele "estava com Deus"'. Em resposta, Jesus declarou, «Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.» (João 3,3). Nicodemos, confuso e cético, pergunta: «Como pode um homem nascer, sendo velho? pode, porventura, entrar novamente no ventre de sua mãe e nascer?» (João 3,4) Jesus em seguida explica o que significa "nascer de novo" e o caminho para o céu. «Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.» (João 3,5). 

Jesus se autodenomina "Filho do homem" e explica como apenas a fé n'Ele é o caminho para a vida eterna. Uma doutrina resumida numa das mais famosas passagens de João, «Pois assim amou Deus ao mundo, que deu seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna.» (João 3:16).

Este  capítulo 3 tem, portanto, o objetivo de mostrar a importância da fé em Jesus como Filho de Deus. Ele aparece como já se declarando o Messias e especificando diversos aspectos da teologia cristã. (fonte: Wikipedia)

II. - O quadro de James Tissot - "Entrevista com Nicodemos"

 

 quadro de James Tissot, entrevista com Nicodemos
Entrevista com Nicodemus, James Tissot, 1886-1894

Tissot pesquisou sua série bíblica viajando a Terra Santa. Ele verificou todos os detalhes de vestimentas, utensílios domésticos e tudo que pudesse transportar o espectador para o mundo bíblico. 

Nesse quadro, o momento de intimidade entre Jesus e Nicodemus comunica hospitalidade, calor e amizade que estão disponíveis entre nós quando Jesus bate a nossa porta.

De tão próximos eles quase podem ouvir as  respirações um do outro. As vozes são baixas para não perturbar o mundo externo. Jesus então explica uma das mais citadas passagem do novo testamento: «Pois assim amou Deus ao mundo, que deu seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna.» (João 3:16).


Não importa para Jesus que Nicodemus o está importunando tarde da noite. Ele o recebe com carinho. Nicodemus ouve atentamente e parece profundamente impactado pelas palavras.

Para nós espectadores de hoje, esse encontro lembra o sacramento da reconciliação, especialmente depois que temos confessado nossos pecados e ouvimos o conselhos do confessor. A vela no contexto mostra a reconciliação.


Com esse entendimento, a retirada dos  sapatos deixados  no tapete tornam-se símbolos de algo mais: A terra sagrada da reconciliação, da cura e do encontro com a verdade;

Comentario de Daniella Zsupan-Jerome, professora assistente de liturgia, catequese e evangelização na Loyola University em New Orleasn. 
fonte:https://www.loyolapress.com/our-catholic-faith/liturgical-year/lent/arts-and-faith-for-lent/cycle-b/arts-and-faith-week-4-of-lent-cycle-b


III - Homilia - Canção Nova

 

Retiramos um pequeno trecho de uma Homilia da Canção Nova.

"Portanto, diria que no Evangelho de hoje, de um diálogo com Nicodemos, Deus quer tocar no mais fundo do seu ser, do seu coração. Trata-se aqui de um diálogo que se traduz num convite à conversão. Coloca em confronto as duas opções: aquele que crê e aquele que não crê, aquele que pratica o mal e ama as trevas e aquele que pratica a verdade e se aproxima da luz. Cabe a cada um fazer sua opção."


«Pois assim amou Deus ao mundo, que deu seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna.» (João 3:16)

Fonte https://homilia.cancaonova.com

 

IV. - James Tissot


James Joseph Jacques Tissot, foi um pintor francês que nasceu em Nantes, 15 de outubro de 1836 e faleceu em Buillon, 8 de agosto de 1902.

Tissot estudou na École des Beaux Arts em Paris com os mestres Ingres, Flandrin e Lamothe, e expôs no Salão de Paris pela primeira vez quando tinha 23 anos. Em 1861 ele exibiu "O encontro de Fausto e Marguerita", que foi adquirido pelo Estado francês para a Galeria de Luxemburgo. A característica do seu primeiro período foi como pintor dos charmes femininos.

 foto de James Tissot
Algum tempo depois, ele chegou ao seu trabalho mais grandioso - a produção de mais de 700 aquarelas ilustrando a vida de Jesus e também o Velho Testamento. Para realizar esse trabalho, ele partiu para a região da Palestina para estudar todos os aspectos bíblicos.

Em 1896 a série de 350 desenhos dos incidentes da vida de Jesus Cristo foi exibida Paris, e no ano seguinte ele as levou para Londres em outra exposição. Foram também publicadas pela firma Lemercier em Paris, que o pagou 1,100,000 francos pelos desenhos.

Hoje mais de 500 desenhos, aquarelas e quadros a óleo fazem parte da coleção do Museu do Brooklyn, em Nova Iorque. Quandoa acabou as ilustrações da vida de Jesus, ele voltou-se para cenas do Velho Testamento, estando ainda envolvido na produção na abadia de Buillon quando morreu.

Os méritos das ilustrações da Biblía por Tissot se encontram mais nos detalhes dos cenários do que ne expressão do sentimento religioso. Ele parecia desejar, acima de tudo, retratar com acurácia, e, com um realismo vívido, que se distanciaria do tratamento convencional dado aos temas sacros. (fonte: wikipedia)

 

V. - Referência



https://www.loyolapress.com/our-catholic-faith/liturgical-year/lent/arts-and-faith-for-lent/cycle-b/arts-and-faith-week-4-of-lent-cycle-b

Canção Nova - Homilia
 
Wikipedia - James Tissot